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sábado, 31 de outubro de 2015

Os microrganismos transmitidos durante o sexo

Vírus GBV-C, transmitido sexualmente, poderia ajudar no
combate ao HIV e ao ebola
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que, todos os dias, mais de 1 milhão de pessoas no mundo adquirem uma doença sexualmente transmissível (DST)
 
Algumas dessas infecções afetam a fertilidade, enquanto outras provocam complicações ainda mais graves. Por isso, há inúmeras razões para evitar que esses visitantes indesejados acabem se instalando no nosso corpo. A má reputação das DSTs é provavelmente o motivo pelo qual cientistas vinham prestando pouca atenção à ideia de que alguns desses micróbios que viajam pelos fluidos sexuais podem, na realidade, ser benéficos. Mesmo assim, é sempre importante ressaltar a importância do sexo seguro. Será que ao nos protegermos dos germes ruins que conhecemos não estamos evitando microrganismos que poderiam fazer bem à saúde? É cada vez maior o número de evidências que sugere que o assunto deveria ser mais explorado.
 
Questão de equilíbrio
Não é novidade que vírus e bactérias são incrivelmente importante para a nossa saúde. Dentro de cada um de nós está uma combinação de minicriaturas tanto benéficas quanto potencialmente causadoras de doenças. Se o equilíbrio entre os dois lados se perde, os problemas surgem.
 
Um exemplo: o gênero de fungo Candida é um micróbio que ocorre naturalmente na vagina. Sua procriação é controlada por outro microrganismo, a bactériaLactobacillus. Se algo impede a bactéria de fazer o seu trabalho, ocorre uma proliferação de fungos, o que causa os desconfortáveis sintomas da candidíase.
 
Nossos organismos evoluíram junto com os micróbios. Essas bactérias, fungos e vírus vivem em nossa pele, nos intestinos e em parte de nossos genitais. Apesar de a ideia ser um pouco desconfortável, é cada vez mais evidente que esses seres têm um papel fundamental na nossa fisiologia. O primeiro passo para entender esse papel é identificar os microrganismos. Aqueles que são transmitidos durante as relações sexuais são chamados de micróbios sexualmente transmissíveis (MSTs).
 
“Apesar de ainda não sabermos muito sobre eles, há alguns exemplos que deveriam motivar os pesquisadores a examiná-los mais de perto”, afirma Chad Smith, biólogo evolucionista da Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
 
Pensemos no pulgão-da-ervilha, uma praga que sobrevive em todo o planeta alimentando-se de leguminosas. O sucesso desse inseto pode em parte ser atribuído a micróbios benéficos transmitidos entre eles no acasalamento, tornando-os mais resistentes a parasitas, mais tolerantes ao calor e mais adaptados a sobreviver em plantas que não são leguminosas até encontrarem sua próxima refeição.
 
Os mosquitos também são habitados por bactérias sexualmente transmissíveis que se espalham por seus intestinos, testículos e óvulos. Essa camada bacteriana serve de alimento para as larvas do mosquito, permitindo que elas se desenvolvam de dois a quatro dias mais rapidamente do que se ela não existisse. Em fungos, micróbios benéficos aumentam sua tolerância ao calor e ajudam seu hospedeiro a crescer mais rapidamente.
 
Contra HIV e ebola
Mas e nós, humanos? Bem, sabemos de um exemplo convincente de micróbio sexualmente transmissível que pode nos trazer vantagens: o vírus GBV-C, antes conhecido como vírus da hepatite G (ou HGV). Trata-se de um vírus sexualmente transmissível que, sozinho, não causa sintomas graves, apesar de ser encontrado geralmente com vírus maléficos como o HIV.
 
Uma revisão de seis estudos científicos descobriu que o GBV-C está ligado a uma redução de 59% da taxa de mortalidade dos pacientes com o HIV. Cientistas acreditam que o vírus faz isso ao reduzir a capacidade do HIV de prejudicar as células de nosso sistema imunológico.
 
O GBV-C também pode estimular outras partes do sistema imunológico a combater ativamente a infecção. Esse vírus também pode ser transmitido de mãe para filho, e com isso reduz as chances de mulheres com o HIV passarem a infecção para seus bebês.
 
Mais recentemente, o GBV-C também foi identificado com um dos responsáveis pela redução da mortalidade em pessoas infectadas com o vírus ebola, de certa maneira reduzindo o impacto desse microrganismo em seu hospedeiro. A maior compreensão da ação GBV-C poderia salvar vidas.
 
Menos antibióticos?
“Descobertas extraordinárias como essas deveriam nos fazer pensar nos outros microrganismos estamos deixando de conhecer melhor”, afirma Betsy Foxman, epidemiologista da Universidade de Michigan.
 
“No passado, caracterizamos os micróbios sexualmente transmissíveis como ruins”, diz ela. “As medidas preventivas que adotamos para nos protegermos deles podem também contribuir para que hoje nos faltem aqueles que são potencialmente benéficos.”
 
Para Foxman, é possível que alguns micróbios ajudem o organismo a combater outros tipos de infecções, o que poderia reduzir nossa dependência de medicamentos como os antibióticos. Estes normalmente matam um amplo espectro de microrganismos para poder erradicar aquele que é problemático. “É claro que antibióticos são muitas vezes necessários para salvar vidas, mas seria bom ter algo mais criterioso e direcionado”, afirma a especialista. Cientistas ainda não sabem com certeza quais micróbios sexualmente transmissíveis potencialmente benéficos estão sendo passados entre parceiros, mas Foxman acredita que os Lactobacilus sejam um deles.
 
Proteção ainda é crucial
Tudo isso parece ser uma ótima notícia, certo? Poderia haver um monte desses micróbios viajando de um lado para outro e sendo bons para a saúde. Mas há um problema. Se o jeito de contraí-los é fazer sexo sem proteção, também estaríamos abrindo a porta para as infecções ruins.
 
No futuro, entretanto, poderá haver maneiras de conseguir esses microrganismos sem precisarmos nos arriscar. Uma vez identificados, cientistas poderiam desenvolver vacinas ou outros métodos de inoculação. Poderemos saber mais sobre esses micróbios no futuro. Segundo Smith, o aumento do interesse e das pesquisas sobre o microbioma humano fizeram surgir novas técnicas para conhecer a função desses microrganismos. Até lá, no entanto, o melhor é continuar fazendo sexo seguro.
 
BBC Brasil

Dicas para correr de bolhas e lesões

Sabe como evitar bolhas e assaduras? Com vaselina. Veja essa e outras dicas para correr – Foto: ShutterstockCuidados simples, como aplicar vaselina nos mamilos, evitam bolhas e assaduras em um longão. Veja outras dicas para correr
 
Correr é uma delícia e faz um bem danado, mas requer alguns cuidados simples. Separamos algumas dicas para correr que podem evitar pequenas lesões, assaduras, bolhas e dores, que quando aparecem atrapalham (e muito!) o corredor.
 
Vale a pena ficar atento ao movimento correto das pernas para evitar lesões; aos tênis, que têm prazo de validade e são efetivos por uma certa quilometragem e até à pisada, que também afeta o movimento muscular durante a corrida.
 
Se esquecer das meias, vai ganhar bolhas nos pés; ou, no caso dos homens, correr com uma camiseta suada atritando na pele pode causar assaduras, o que seria facilmente evitado com vaselina ou band-aid nos mamilos.

Confira outros cuidados e mais dicas para correr:
 
- Em treinos longos, use vaselina em todos os lugares onde houver atrito, até entre os dedos dos pés. Isso vai ajudar a prevenir machucados, assaduras (e bolhas);

- Atenção ao movimento correto dos braços durante a corrida.  Sabia que eles têm influência direta na forma como você corre – e, consequentemente, na sua saúde também?

- Mantenha as unhas dos pés curtas. Além de mais higiênico, uma unha quebrada pode incomodar muito no meio de uma prova e até machucar os pés;

- Para os homens: se não tiver vaselina, band-aids nos mamilos antes de corridas longas é uma boa dica para fugir das assaduras que costumam acontecer depois de longas corridas ;

- Atenção ao tênis: O ideal é trocar depois de, em média, 600 km de uso.  

- Dor muscular? Gelo no local imediatamente. Mas não faça compressas por mais de 20 minutos, para não machucar a pele;

- Não faça treinos muito intensos de corrida por dois dias seguidos; forçar demais o corpo sem deixá-lo se recuperar pode causar lesões;

- Não aumente as distâncias mais de 10% por semana para não sobrecarregar as articulações e o coração;

- Preste atenção em como você pisa enquanto corre. Existem diferenças de carga que agem no corpo em cada um dos tipos de pisada, assim como as articulações respondem de formas diferenciadas em cada um dos casos;

- Faça exercícios educativos para ensinar o corpo a correr com postura adequada e equilíbrio, melhorando as capacidades físicas e motoras. Corra suavemente e evite pisadas muito pesadas no asfalto.

- Se for correr em trilhas e montanhas não esqueça o repelente contra insetos;

- Evite banhos muito quentes depois da corrida. A água quente aumenta a inflamação e atrasa a recuperação muscular.
 
(fontes: Cristina Carvalho, Diretora Técnica do Projeto Mulher e do Núcleo Aventura, Maurício Garcia, coordenador do setor de fisioterapia do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte e fisioterapeuta do Centro de Traumatologia do Esporte da Unifesp e Marcel Sera, fisioterapeuta)
 

Dois terços da população mundial têm herpes tipo 1

herpes 30100Dados da OMS alertam para aumento da infecção genital
 
Rio - Dois terços da população mundial com menos de 50 anos têm o vírus altamente infeccioso da herpes, que provoca feridas ao redor da boca, segundo a Organização Mundial da Saúde. Ao todo, mais de 3,7 bilhões de pessoas portam o vírus simples tipo 1 (HSV-1), geralmente depois de um contágio na infância.
 
Também há 417 milhões de pessoas na faixa etária dos 17 aos 49 anos que têm o outro tipo de doença, o HSV-2, que provoca herpes genital. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, através da primeira estimativa de prevalência global da doença feita pela entidade, em estudo publicado no jornal científico “Plos OnE”.
 
Segundo os cálculos da agência, na região das Américas, por exemplo, 49% das mulheres com até 49 anos e 39% dos homens na mesma faixa etária tinham o HSV-1 em 2012. Já na África, no mesmo ano, 87% das mulheres e dos homens com menos de 50 anos teriam o vírus.
 
O HSV-1 normalmente provoca apenas feridas na boca. Mas as novas estimativas destacam que o vírus também é uma causa importante de herpes genital, que tem crescido nos países ricos. Estima-se que isso acontece porque melhorias na higiene estão baixando as taxas de infecção na infância, deixando os jovens com mais risco de contrai-lo via sexo oral, quando se tornam sexualmente ativos.
 
O HSV-2 pode aumentar o risco de contrair e transmitir o HIV. Pouco se sabe sobre qualquer ligação entre o HSV-1 e o HIV, embora ele possa levar a outras complicações graves, como encefalite.
 
- Realmente precisamos acelerar o desenvolvimento de vacinas contra o vírus da herpes simples. E, se uma vacina desenvolvida para prevenir a infecção pelo HSV-2 também impedisse o HSV-1, os benefícios teriam um enorme alcance - disse Sami Gottlieb, médico oficial da OMS.
 
Globo Online

Programa viVER+ Allergan oferece descontos nos medicamentos para o tratamento do glaucoma

Benefício especial é válido até o dia 31 de dezembro de 2015

O programa de apoio e de relacionamento viVER+ Allergan dá benefícios especiais nos medicamentos para o tratamento do glaucoma. Os portadores da doença poderão encontrar nas farmácias e drogarias cadastradas descontos que podem chegar à até 53% nos medicamentos Lumigan® RC e Ganfort® – para cinco meses de tratamento – e Combigan® – para mais três meses de tratamento. Chamado de EconoKIT, esse benefício especial é válido até o dia 31 de dezembro de 2015.

A participação no programa é gratuita e aberta a todos os interessados que tenham a prescrição médica de um dos colírios para glaucoma pertencentes ao viVER+ Allergan. Para ter os benefícios do EconoKIT, é necessário cadastrar-se novamente no programa em um dos canais de atendimento: SACC (0800 204 2020), Site (www.vivermaisallergan.com.br) e/ou pelo aplicativo em smartphones: viVER+ Allergan – Alerta de Colírio.
 
Guia da Pharmacia

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

EUA devem mudar regras para financiamento de pesquisas médicas

Getty Images
Recentemente, os cardiologistas comemoraram os resultados prévios de um estudo que sugere que muitas vidas podem ser salvas se pessoas com pressão sanguínea alta conseguirem diminuí-la para níveis bem abaixo do que hoje é recomendado. Eles previram mudanças rápidas nas práticas de tratamento. E os pacientes correram atrás de seus médicos
 
Mas o interesse intenso nesse teste clínico grande e rigoroso mascara uma verdade surpreendente sobre as pesquisas do coração: muitos estudos nunca são publicados, e suas descobertas ficam esquecidas.
 
Essa questão está surgindo em outras partes da medicina também, mas as doenças cardíacas são uma área em que o fenômeno é especialmente bem documentado. Centenas de milhões de dólares tem ido para estudos do coração que são muito pequenos e pouco abrangentes para dar resultados significativos o suficiente para chegar a um jornal especializado. Em uma era de orçamentos cada vez mais apertados, autoridades federais da saúde reconhecem que esse dinheiro está sendo dilapidado em trabalhos que não fazem diferença para os pacientes e mesmo para os pesquisadores.
 
Agora, poucos anos depois de chegar a essa verdade chocante, a influente agência federal que custeia a maior parte das pesquisas nacionais sobre o coração está revendo suas práticas, uma mudança com implicações de longo alcance para o modo como a pesquisa médica é financiado nos EUA. O resultado será o patrocínio de menos estudos, mas mais profundos, para focar recursos em esforços que tenham impacto no mundo real e que façam diferença efetiva na saúde das pessoas.
 
"Estamos muito mais dispostos a recusar propostas de testes", afirma o doutor Michael Lauer, cardiologista que se tornou o novo diretor adjunto para pesquisas externas da agência, o Instituto Nacional de Saúde. Na verdade, conta ele, "já estamos negando".
 
A mudança profunda está agitando um campo onde alterações são normalmente muito pequenas. Alguns questionam a nova direção.
 
"Se você quer coisas que são verdadeiramente inovadoras e de vanguarda, algumas vezes tem que fazer algo de alto risco e com grande ganho", explica o doutor Steven A. Webber, cardiologista pediatra da Vanderbilt, argumentando pela necessidade de que se continue financiando pequenos estudos exploratórios, como um que ele conduziu e que não pode terminar por causa de questões técnicas inesperadas.
 
Essa nova maneira de pensar como estudar doenças cardíacas, que matam mais de 600 mil americanos todos os anos, começou com uma epifania há três anos: Lauer e seus colegar do Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue descobriram que haviam gastado mais de US$2 bilhões em cerca de 200 testes clínicos em uma década. Mas os resultados de 2 em cada 5 estudos nunca se tornaram públicos ou demoraram muito para ser publicados, segundo os cientistas.
 
"Se um projeto de pesquisa não for publicado, é como se ele nunca tivesse existido", afirma Lauer.
Assim, a partir do próximo ano, o instituto do coração exigirá que todos os resultados de pesquisas sejam relatados em um banco de dados federal mesmo que nenhum periódico os publique. Além de diminuir o número de estudos menores, está insistindo que os custos de pesquisas maiores caiam – mesmo que isso signifique sacrificar dados como, por exemplo, não colher resultados de laboratório sobre questões periféricas que os pesquisadores acham interessantes.
 
Apesar de alguns pesquisadores terem dúvidas sobre as novas práticas, muitos concordam que o dinheiro era frequentemente desperdiçado no sistema antigo. Cinco estudos pequenos custam menos do que um grande, então, a tentação, como reconhecem as autoridades federais, era de encher o currículo de testes clínicos com pequenos estudos, especialmente dada a realidade do orçamento federal. Desde 2006, os fundos do Instituto Nacional de Saúde caíram em 20 por cento em valores já ajustados à inflação.
 
"Vale a pena entender quão perverso – e essa é a palavra certa – o ambiente tem sido para os testes clínicos", diz o doutor Salim Yusuf, cardiologista da Universidade McMaster, em Ontário.
 
The New York Times / UOL

Repasses para hospitais e Farmácia Popular atrasarão, diz ministro da saúde

Em sua primeira entrevista após assumir o cargo, o novo ministro da Saúde, o médico e deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI), disse à Folha que, diante da restrição orçamentária, deve atrasar o repasse de recursos para hospitais e programas como o Farmácia Popular já em dezembro deste ano
 
A previsão é que 50% da verba destinada para a área de média e alta complexidade, que abrange o atendimento em pronto-socorro e realização de cirurgias e exames, seja paga apenas no início de janeiro.
 
Segundo castro, o novo modelo de cálculo de financiamento da Saúde, aprovado neste ano pelo Congresso, deve trazer um déficit de ao menos R$ 7,5 bilhões em recursos para 2016. ‘‘O que hoje está ruim vai piorar.’’
 
 
Para obter recursos, o ministro defende a aprovação de uma nova CPMF compartilhada entre União, Estados e municípios – em uma nova proposta na qual os últimos, porém, teriam a arrecadação exclusivamente para a saúde.
 
Na entrevista, o ministro defendeu ‘‘intensificar’’ o Mais Médicos e disse que novos programas como o Mais Especialidades, bandeira de Dilma Rousseff na sua campanha, dependerão da liberação de recursos.
 
 
Folha de São Paulo

Centro promove testes de glicemia, pressão e treinamento de ressuscitação gratuitos em SP

Dia Nacional de Prevenção de Arritmias Cardíacas e Morte
Súbita é lembrado no dia 12 de novembro
Ação ocorre no dia 12 de novembro no vão livre do Masp, entre 10h e 16h
 
No Dia Nacional de Prevenção de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, lembrado no dia 12 de novembro,  o Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim) fará uma ação no vão livre do Masp, em São Paulo, em que será possível medir a glicemia e pressão arterial, além de receber treinamento de RCP (ressuscitação cardiopulmonar). O objetivo do evento é conscientizar a população sobre os fatores de risco para o desenvolvimento de arritmias cardíacas e morte súbita.
 
No Brasil a cada dois minutos uma pessoa morre em decorrência de arritmias cardíacas, de acordo com a Sobrac (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas). Por ano, são 300 mil brasileiros acometidos pela doença.
 
Na grande maioria dos casos, a morte súbita ocorre por conta de uma parada cardíaca. Segundo o gerente assistencial de urgência e emergência Cejam, Sergio Martuchi, as chances de sobrevivência estão relacionadas diretamente ao tempo para se iniciar a RCP (ressuscitação cardiopulmonar).
 
— A cada um minuto perdido em iniciar as compressões torácicas, perde-se 10% de chance de sobrevida. São manobras simples, que não exigem a presença de um profissional de saúde, apenas pessoas treinadas.
 
O treinamento e a capacitação de leigos e equipes especializadas em RCP é um dos principais elementos de sucesso no atendimento às vítimas de parada cardiorrespiratória, diz Martuchi.
 
— Além das compressões torácicas, é importante saber administrar o choque terapêutico com desfibrilador externo automático (DEA) e, claro, nunca se esquecer de acionar o socorro especializado por meio do SAMU 192 ou Corpo de Bombeiros 193.
 
O que é arritmias cardíacas?
As arritmias cardíacas são alterações elétricas que provocam irregularidade no ritmo das batidas do coração. Ele pode acelerar ou bater mais devagar que o normal ou, ainda, apresentar ambas as irregularidades. Quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia cardíaca pode provocar parada cardíaca, doenças no coração e a morte súbita. Os sintomas mais comuns são: palpitações, desmaios, tonteiras, confusão mental, fraqueza, pressão baixa, dor no peito.
 
Morte súbita
A incidência é maior no sexo masculino. Entre 80% a 90% dos casos de morte súbita são provocados por arritmias cardíacas. A maior prevalência se dá na faixa etária entre 45 e 75 anos. Ela pode acometer desde recém-nascidos até adultos, nos quais as principais causas são as doenças do coração, sendo o infarto agudo do miocárdio a mais importante.
 
Serviço
Data: 12/11, quinta-feira
Hora: 10h às 16h
Local: MASP — avenida Paulista, 1578 – São Paulo-SP
 
R7

Tanorexia: quando o bronzeado se transforma em um vício

Reprodução
Brasil foi o primeiro país a proibir o bronzeamento artificial
 
A Espanha é um dos países mais ensolarados da Europa, mas mesmo assim, homens e mulheres de pele tostada visitam com frequência um centro de bronzeamento de Madri, totalmente viciados por raios UV. A cidade tem uma média de 2.749 horas de sol por ano, o dobro que Londres, mas isso não impede Macarena García, uma estudante de 24 anos, de usar a câmara de bronzeamento.  "Minha família não gosta muito que eu me bronzeie (...) dizem que não é natural, que é insano, mas eles vivem na praia e eu aqui, trabalhando, também quer ter uma cor", afirma ao sair do salão Solmanía, no centro de Madri.

Parar? "Faria se não tivesse mais opção, mas não gostaria", admite entre risos José Manuel Rodríguez, um exagerado bailarino de 36 anos que se submete a três sessões semanais para "não perder a cor" que conseguiu durante as férias.

José Carlos Moreno, da Academia Espanhola de Dermatologia e Venereologia, não duvida que se trata de um vício.  É uma pessoa "que está obsessiva com ter sua pele bronzeada e por mais que se bronzeie não está satisfeita, como as meninas e os meninos que têm anorexia e sempre se vêem gordos", explica.

Seu perfil: principalmente mulheres com menos de 40 aos, que se expõem aos raios mais de duas vezes por semana, até o ponto de adquirir uma cor excessivamente laranja ou achocolatada.

Droga
As cabines de bronzeamento surgiram nos anos 1980 nos Estados Unidos. Os pesquisadores americanos foram os primeiros a abordar esse vício, batizado de "tanorexia", nos anos 2000.

Desejo de se bronzear ao acordar, necessidade de "doses" crescentes, ansiedade ao parar, culpabilidade, ultrasensibilidade aos comentários dos outros: estes sintomas são similares aos do vício em heroína, diz Joel Hillhouse, pesquisador da Universidade de East Tennessee.

Totalmente dependentes, algumas pessoas "continuam utilizando as cabines apesar de terem câncer de pele, roubam dinheiro das pessoas próximas ou compram camas de raios UV para se bronzearem quando acordam no meio da noite", explica.

"Uma das razões que os leva a se bronzear é não como se vêem, mas como se sentem", diz Steve Feldman, dermatologista da Universidade Wake Forest da Carolina do Sul.É uma droga? "Completamente", responde.

Os raios UV, procedentes do sol ou de uma lâmpada, estimulan a produção de melanina, pigmento que colore a pele, e este fenômeno libera endorfinas, hormônios similares à morfina que produzem uma sensação de bem-estar e inibem a dor.

A isso é acrescentada a pressão social: as top-models de pele cor caramelo, os jogadores de futebol ricos, bonitos e bronzeados como o astro do Real Madrid Cristiano Ronaldo, são figuras que os jovens querem imitar.

Mentalidade
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou em 2012 os aparelhos de raios UV como cancerígenos. O Brasil foi o primeiro país a proibi-los por completo em 2009, seguido pela Austrália que tem a maior taixa de melanoma (câncer de pele mais agressivo) do mundo, com 11.000 casos por ano. Mas a doença tende a estabilizar entre a população menor de 45 anos graças a "campanhas públicas de sensibilização e uma maior conscientização", comemora Vanessa Rock, do comitê australiano de luta contra este câncer.

Na Espanha, onde foram diagnosticados 3.600 casos de melanoma por ano, "há cada vez mais cabines de bronzeamento, assim como centros específicos e como serviço complementar em centros de beleza ou academias", alerta o doutor Moreno. Mas "a população consulta os médicos cada vez mais cedo" graças às campanhas de informação, lembra.

Ainda não existem tratamentos específicos para os tanoréxicos. Nos Estados Unidos, os pesquisadores sugerem a criação de grupos de apoio, similares aos alcoólicos anônimos, e tentar substituir o bronzeamento por alternativas relaxantes como massagem ou ioga.

Moreno gostaria de uma advertência explícita nos centros de UV, "como nos maços de cigarro, onde aparecem claramente que você pode acabar desenvolvendo doenças como consequência".
 
AFP - Agence France-Presse

Além da sensação de saciedade, cientistas descobrem nova função da insulina

Substância regula a liberação de dopamina que gera sensação de bem-estar e prazer
 
A insulina, hormônio essencial para controlar o nível de açúcar no sangue e gerar a sensação de saciedade após se alimentar, tem um outro importante papel que, até agora, era subestimado pelos cientistas. A substância, aponta estudo do NYU Langone Medical Center, nos Estados Unidos, regula a liberação da dopamina, neurotransmissor que ajuda no controle do centro de prazer do cérebro. “Nós descobrimos que, quando há mais insulina no cérebro, há mais liberação de dopamina”, afirma a neurocientista Margaret Rice, líder do estudo, feito com ratos. Os resultados foram publicados na edição desta semana na revista especializada Nature Communications.

Segundo a especialista, os experimentos feitos por ela e colegas não só reafirmam que a insulina ajuda a ativar a recaptação de dopamina, mas são os primeiros a mostrar que a maior presença do hormônio aumenta a quantidade do neurotransmissor que gera a sensação de bem-estar e prazer.

Um dos pontos mostrados no estudo é que uma dieta exagerada pode privar as pessoas de bem-estar. Roedores com uma dieta balanceada se tornam mais sensíveis à elevação da insulina. Para eles, um acréscimo de 10% do hormônio já provoca a liberação da dopamina. Já os animais que recebem uma dieta supercalórica perdem a capacidade do cérebro de responder à insulina.

Os resultados também indicam que a relação entre as duas substâncias parece estar ligada à escolha de alimentos. Os autores acreditam que, como foi observado nos ratos, as pessoas buscam, por exemplo, comidas com muito carboidrato porque eles elevam a produção de insulina e, consequentemente, a liberação de dopamina. “Nossas análises sugerem que, quando as pessoas falam da sensação agradável que sentem ao ingerir açúcar, elas estão, na verdade, se referindo à recompensa provocada pela dopamina. E há maneiras saudáveis de obter essa sensação, com escolhas mais inteligentes na alimentação”, diz Rice.
 
Correio Braziliense

Fosfoetanolamina: Jarbas Barbosa assegura que estudos clínicos sobre a substância terão prioridade na análise

O Diretor-Presidente da Anvisa, Dr. Jarbas Barbosa, participou na manhã desta quinta (29), no Senado Federal, de uma Audiência Pública destinada a debater a substância fosfoetanolamina, que, segundo seus pesquisadores, seria eficaz na cura do câncer
 
Realizada conjuntamente por deputados e senadores, a sessão recebeu pesquisadores, cientistas e pessoas interessadas no tema. Questionado sobre o papel da Anvisa em torno de toda a polêmica envolvendo a Fosfoetanolamina, Jarbas Barbosa foi enfático: “A Anvisa está no lado de proteger a saúde da população. Essa é a nossa missão legal e a de qualquer agência regulatória do mundo. Se nos forem apresentados todos os estudos necessários, eles serão priorizados em nossa análise. Mas não podemos liberar medicamentos que não passaram por esse crivo. Isso seria colocar em risco a saúde da população”.
 
O Diretor-Presidente explicou que, para a liberação de um medicamento, se faz necessária uma série de ensaios clínicos, estudos que são exigidos por agências regulatórias do mundo inteiro e que comprovam se uma substância é segura e eficaz.
 
Os detentores da patente da Fosfoetanolamina ainda não apresentaram qualquer tipo de estudo à Anvisa. Porém, o Dr. Jarbas explicou a todos que, iniciados os ensaios clínicos, a agência poderá apoiar e esclarecer qualquer dúvida que os pesquisadores tenham relação ao protocolo necessário para o registro da substância.
 
“A Anvisa está de portas abertas para apoiá-los”, ressaltou o Diretor-Presidente. “Mas é impossível nós termos, não só no Brasil, mas em qualquer país civilizado do mundo, um medicamento utilizado na população sem que todos os ensaios clínicos comprovem que ele é absolutamente seguro e eficaz”.
 
Dr. Jarbas explicou, ainda, que dentro dos nossos critérios da Anvisa, qualquer medicamento que seja desenvolvido no Brasil ou que seja destinado a uma doença que não disponha de outras alternativas, ele imediatamente vai para o começo da fila de pedidos de registros. Tem total prioridade.
 
“Nós temos hoje, na fila de análise de pesquisas clínicas da Anvisa, apenas 26 estudos. O mais antigo ingressou em julho passado. Ou seja, a Anvisa faz essa análise com muita rapidez”, assegurou. No entanto, alertou: “Sem a comprovação de que uma substância é segura, não podemos liberá-la. Já houve, no mundo, medicamentos que foram retirados do mercado exatamente porque, ao serem usados em larga escala, foram verificados efeitos adversos graves e que podem, inclusive, levar à morte”.
 
ANVISA

Anvisa disponibiliza protocolo físico para notificação de cosméticos

O sistema de notificação de Cosméticos, Produtos de Higiene e Perfumes isentos de registro está indisponível desde o último dia 15 devido a um problema na infraestrutura de TI da Anvisa
 
Uma falha no equipamento denominado Storage, da empresa EMC, danificou o referido sistema, impedindo a sua utilização. Os dados de produtos regularizados na Anvisa estão preservados. Entretanto, será necessário o lançamento de uma nova versão do sistema, que está sendo testada.
 
Uma vez concluídos os testes, o sistema será aberto para o público externo. Para garantir que o processo de notificação de produtos isentos de registro não fique suspenso por mais tempo, a Anvisa disponibilizará, a partir do dia 03 de novembro de 2015, o protocolo físico das notificações.
 
Para isso os interessados deverão seguir o seguinte procedimento descrito aqui.
 
ANVISA

Em seis meses, hospitais revertem taxas de cesáreas de 10 anos

Grafico finalOs primeiros resultados das ações para incentivar o parto normal e melhorar a assistência à saúde de gestantes e bebês nos hospitais que integram o projeto Parto Adequado já mostram avanços significativos
 
Em seis meses de implantação, a iniciativa, desenvolvida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Hospital Albert Einstein e Institute for Healthcare Improvement (IHI) ajudou a aumentar em 7,4 pontos percentuais a taxa de partos normais nos estabelecimentos participantes, iniciando a reversão dos altos números de cesáreas registrados nos últimos 10 anos no Brasil.
 
Os resultados parciais foram apresentados nesta terça-feira (27), em São Paulo, durante encontro dos participantes do projeto. Nos 42 hospitais públicos e privados que estão desenvolvendo a iniciativa, a taxa de partos normais está em uma curva ascendente: passou de 19,8% em 2014 (média) para 27,2% em setembro de 2015. A redução da taxa de cesáreas para 72,8% após a implantação do projeto equivale ao salto que o índice deu em praticamente uma década – de 2006 a 2015 -, período em que passou de 75,5% para 85,5%. Veja, abaixo, o gráfico com as percentagens de partos normais e cesáreas na saúde suplementar.
 
“Esses resultados são muito animadores. Significa que em menos de um ano nós conseguimos reverter a escalada de uma década no número de cesáreas. Se continuarmos nesse caminho, não teremos apenas menos partos cirúrgicos sendo feitos: teremos gestantes e bebês mais saudáveis e menos mortes relacionadas à prematuridade, que são consequências de cesáreas desnecessárias”, afirma Martha Oliveira, diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS. “Além desses resultados imediatos, outras importantes conquistas virão, como o aperfeiçoamento do modelo de assistência à saúde, com a construção de uma rede de assistência à saúde mais eficiente e resolutiva, beneficiando os consumidores e todo o sistema. Trata-se de um conjunto de mudanças profundas na lógica de organização dos prestadores de serviços de saúde”, completa a diretora, destacando que a ANS está monitorando o setor com um grupo controle para avaliar se fatores externos ao projeto estão afetando os resultados. Desde que foi implementado, não houve mudança dos números anteriores.
 
O engajamento dos participantes do projeto foi um fator determinante para os resultados obtidos. “Há um ano assinamos o Acordo de Cooperação entre IHI, ANS e Einstein para redução da taxa de cesáreas desnecessárias e melhoria da atenção ao parto no Brasil. Como líder clínico deste projeto, o Hospital Israelita Albert Einstein, que apesar da alta complexidade da maternidade já contava com 22% de partos normais em 2014, assistiu à pronta adesão dos 42 hospitais como se uma necessidade geral fosse atendida”, afirma Miguel Cendoroglo Neto, diretor superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor do projeto Parto Adequado. “Ainda há muito trabalho pela frente, mas estamos confiantes de que atingiremos resultados ainda melhores até setembro de 2016, quando passaremos da fase piloto para a disseminação das mudanças que apresentaram resultados”, completa.
 
percentual partos
Paulo Borem, representante do IHI, também comemora os primeiros resultados do projeto: “Pela primeira vez no Brasil, várias organizações reúnem-se em torno de um objetivo comum, que é melhorar o cuidado materno-infantil utilizando o modelo de melhoria contínua do IHI”, disse.
 
Medidas - As estratégias para redução de partos cirúrgicos desnecessários desenvolvidas pelo Projeto Parto Adequado tiveram início em outubro do ano passado, com a assinatura do termo de compromisso que deu origem à iniciativa. Em março, após um período de inscrição voluntária, foram selecionados os hospitais (37 privados e quatro com atendimento pelo Sistema Único de Saúde, além do Hospital Albert Einstein) participantes do projeto e as atividades tiveram início.
 
Para estabelecer as mudanças, os estabelecimentos estão fazendo adequações de recursos humanos e da ambiência hospitalar para a incorporação de equipe multiprofissional nos hospitais e maternidades; capacitação dos profissionais para ampliar a segurança na realização do parto normal; engajamento do corpo clínico, a equipe e as próprias gestantes; e promovendo a revisão das práticas relacionadas ao atendimento das gestantes e bebês, desde o pré-natal até o pós-parto. “Uma das medidas mais importantes nesse processo foi a proposição de uma nova organização do cuidado, pois só mudando o modelo de prestação de serviços os resultados poderão ser alcançados”, destaca a diretora.
 
“Precisamos mudar a assistência passo a passo, sem que haja aumento de eventos adversos”, comenta Claudia Garcia, diretora de qualidade do Einstein e integrante da equipe do Projeto. O Einstein subsidiou o treinamento para 280 profissionais dos hospitais participantes no Centro de Simulação Realística da Unidade Morumbi, para que o retorno às taxas de partos normais se dê com segurança na prática obstétrica.
 
“O investimento nas ações de mudança propostas para todos os hospitais piloto foi surpreendente, como contratação de plantonistas e enfermagem especializadas para melhoria na qualidade e segurança nas maternidades, reformas para acomodar acompanhantes durante o trabalho de parto aumentando o conforto das gestantes, reuniões científicas para revisar diretrizes da assistência ao parto e espaço para ouvir as gestantes. Com infraestrutura e excelência na assistência, o Einstein também experimentou a subida nas taxas de partos normais. O engajamento dos médicos nos novos modelos assistenciais propostos foi muito satisfatório, com a idéia do trabalho em equipe vindo ao encontro do início da mudança no sistema”, afirma Rita Sanchez, coordenadora da maternidade do Hospital Israelita Albert Einstein e obstetra do Projeto.
 
Três modelos assistenciais foram sugeridos aos hospitais, que puderam escolher o que melhor atende as necessidades: no primeiro, o parto é realizado pelo plantonista do hospital; no segundo modelo, o parto é realizado por médico pré-natalista do corpo clínico, com suporte da equipe multidisciplinar de plantão, que faz o acompanhamento inicial da parturiente até a chegada de seu médico; e no terceiro, o parto é assistido por um dos membros de uma equipe de médicos e enfermeiras, composta por três ou mais médicos e enfermeiras obstetras. A parturiente se vincula à equipe que terá sempre um médico e uma enfermeira obstetra de sobreaviso para realizar a assistência do trabalho de parto e parto.
 
“O Breakthrough Series (BTS), também chamado de Colaborativa, é uma metodologia que já foi utilizada em várias partes do mundo com grande sucesso, conseguindo alcançar o aumento de partos vaginais de forma segura”, ressalta Paulo Borem. “O IHI sente-se muito honrado em participar desse projeto junto com a ANS e o Hospital Israelita Albert Einstein”, diz ele.
 
Mais de 30 operadoras de planos de saúde também se engajaram à iniciativa. O apoio se dá com a orientação e direcionamento das beneficiárias que desejarem o parto normal na rede de prestadores, criação do Espaço Parto Adequado em seu portal eletrônico, priorização dos interesses das gestantes e suas famílias na organização e avaliação de viabilidade financeira dos modelos assistenciais inovadores a serem implementados nos hospitais apoiados, com a construção de propostas para financiamento. “O mais importante é que as operadoras se colocaram na posição de protagonistas nesse processo de mudança do modelo de pagamento por procedimento. Só assim as mudanças terão perenidade, pois se reforçará o modelo correto de prestação de serviço”, avalia Martha Oliveira.
 
Outros indicadores
Além da melhoria na taxa de parto normal e redução de cesarianas desnecessárias, a implantação do Projeto Parto Adequado tem acompanhado outros indicadores de saúde nos hospitais envolvidos no projeto, como as admissões e custos em UTI neonatal, satisfação da gestante com a equipe e o hospital e taxa de eventos adversos. O monitoramento desses indicadores também permite avaliar os resultados das medidas. Eles serão divulgados futuramente a partir da consolidação de uma série histórica mais longa. Apesar do pouco tempo de aplicação, entretanto, já é possível verificar êxito na redução de admissões em UTI neonatal e satisfação das gestantes.
 
“O projeto tem uma duração prevista de 18 meses, estamos ainda no início desta jornada, mas a curva de partos normais se mostra ascendente, com resultados expressivos. Quando poderíamos imaginar que apenas após seis meses de implantação do projeto já teríamos uma queda para 72,8% na taxa de cesarianas nos hospitais privados participantes? Esses resultados nos dão ânimo para seguir em frente, mas há ainda muito trabalho pela frente”, destaca a diretora da ANS.
 
Confira no gráfico abaixo os percentuais de parto normal alcançados pelos hospitais participantes em 2014, antes do início do projeto, e a partir de março de 2015, quando tiveram início as ações.
 
Fonte: Ans

Maioria dos diabéticos desconhece retinopatia, doença que provoca cegueira

Reprodução
Sete em cada dez pacientes diabéticos desconhecem a retinopatia diabética, doença que mais causa cegueira nas pessoas que tem diabetes
 
É o que revela pesquisa divulgada ontem (29) pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV). Segundo a pesquisa, 60% dos pacientes do tipo 2 não sabem que o diabetes pode causar perda da visão e 62% não fazem acompanhamento com um especialista em retina.

“O desconhecimento da possível cegueira entre os [diabéticos do] tipo 2 seria uma surpresa. Enquanto acima de 90% dos [pacientes do] tipo 1 têm essa consciência, o estudo traz um alerta preocupante e a necessidade de maior informação. Todos precisam ficar bem atentos e podem se beneficiar pela eficácia dos tratamentos atuais, apontados por 90% das pessoas como responsáveis pela melhora da visão”, disse o presidente da SBRV, André Gomes.
 
Quanto ao tratamento, 89% do total de entrevistados disseram não ter conhecimento das terapias atualmente disponíveis para tratar a doença, mas 87% dos que fazem tratamento revelaram ter tido melhora significativa da visão, depois de começaram a ser acompanhados por um oftalmologista especialista em retina.
 
A pesquisa foi feita com 932 pacientes diabéticos, sendo 37% homens e 63% mulheres, entre 20 e 65 anos. A maioria dos pesquisados é portadora de diabetes tipo 2 (66% dos casos).
 
“Seis em cada dez diabéticos tipo 2 desenvolverão a retinopatia diabética ao longo da vida”, afirmou Jorge Rocha, diretor da SBRV. Rocha recomenda que pessoas com diabetes e maiores de 60 anos busquem acompanhamento periódico de um especialista em retina “para diagnosticar e tratar a doença, diminuindo o real risco de cegueira”.
 
Retinopatia diabética
Segundo a Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, a retinopatia diabética é causada pelo acúmulo de açúcar nos vasos sanguíneos que irrigam a retina e é a principal causa de cegueira na população adulta entre 19 e 60 anos. De acordo com a instituição, 90% dos pacientes com diabetes tipo 1 e 60%, com o tipo 2, devem desenvolver a retinopatia diabética ao longo da vida.

A SBRV recomenda que eles visitem regularmente um oftalmologista, porque os sintomas da doença podem demorar anos para aparecer. A identificação da doença no estágio inicial é fundamental para  preservar a visão. Os sintomas, em geral, são visão embaçada, visão dupla, dificuldade para ler, perda de visão periférica, sensação de pressão nos olhos, perda repentina da visão e "moscas" ou flashes flutuantes.

De acordo com a SBRV, a ocorrência de manchas na visão pode indicar um estágio mais avançado da doença, e o paciente deve procurar imediatamente um especialista em retina. Mais informações sobre a doença podem ser obtidas por meio do site http://vejaparasempre.com.br/
 
Agência Brasil

90% dos pacientes de hospital no AP compram os próprios remédios

Vistoria identificou falta de remédios nas farmácias do Hcal (Foto: MP/Divulgação)
Foto/MP Divulgação
Vistoria identificou falta de remédios nas farmácias do HCAL
Afirmação consta em relatório do Ministério Público do Amapá. Governo informou que está providenciando a compra de medicamentos
 
Cerca de 90% dos pacientes internados no Hospital de Clínicas Doutor Alberto Lima (HCAL), em Macapá, precisam utilizar recursos próprios para comprar medicamentos e levar adiante o tratamento, segundo o Ministério Público Estadual (MP) do Amapá. Reclamações de familiares sobre a falta dos remédios motivaram uma nova vistoria da Promotoria de Defesa da Saúde ao hospital, na terça-feira (27).
 
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que "todas as providências relacionadas à compra de medicamentos e correlatos para o abastecimento da rede e aquisição de equipamentos estão sendo tomadas".
 
Na visita da promotoria, foram constatadas, segundo o MP, falta de remédios para tratamento dos pacientes internados no hospital, tanto na farmácia de internação quanto na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon).
 
Cinco leitos estão em desuso na UTI do Hcal (Foto: MP/Divulgação)
Foto/MP Divulgação
Cinco leitos estão em desuso na UTI do HCAL
De acordo com o promotor de Saúde André Araújo, os pacientes são obrigados a comprar a medicação prescrita no hospital. Faltam, conforme Araújo, medicamentos específicos para a realização de quimioterapia em pacientes com câncer.
 
A inspeção também encontrou antigos problemas, segundo o MP, como a quantidade de leitos inativos por falta de manutenção na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O problema havia sido identificado em março, durante vistoria que gerou uma ação judicial para obrigar o Estado a ativá-los.
 
Na vistoria realizada na terça-feira, segundo a promotoria, estariam desativados 5 dos 11 leitos existentes na UTI, dedicados a atender pacientes graves, ou que precisem de cirurgias de grande porte.
 
O MPE informou que a ação judicial continua pendente de julgamento pelo Tribunal de Justiça do Amapá. Após a vistoria, a promotoria deve decidir se irá ou não pedir uma nova intervenção no HCAL para solucionar os problemas encontrados.
 
“Tal fato vem acarretando o cancelamento de diversas cirurgias e certamente a morte de pacientes graves que não podem receber o tratamento intensivo necessário por falta de vagas na UTI”, afirmou o promotor André Araújo.
 
A Secretaria de Estado da Saúde informou através da nota que uma "compra emergencial foi efetuada e parte dos medicamentos já começaram a ser entregues".
 
A Sesa também informou que deve fazer a compra regular de medicamentos para suprir as necessidades da população por um ano.
 
Sobre os leitos da UTI, a secretaria afirmou que "o processo licitatório de compra [desses equipamentos] encontra-se em análise jurídica para homologação".
 
G1

TCU aponta 'grave' falta de remédios em postos de saúde de Macapá

Unidade Básica Marcelo Cândia, no Jardim Felicidade, em Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
Foto: John Pacheco/G1
UBSs de Macapá estavam sem remédios, diz TCU
Diagnóstico encontrou falta de 115 de 123 medicamentos em UBSs. Prefeitura diz que comprou R$ 27 milhões em remédios, em 2014
 
Um relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em outubro de 2015 aponta que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Macapá enfrentaram “grave” falta de medicamentos.
 
O diagnóstico é referente a janeiro de 2013 a setembro de 2014. De 123 remédios selecionados, segundo o TCU, existiam apenas sete no período.
 
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que ainda não teve acesso ao relatório completo, mas que alguns pontos fiscalizados pelo TCU foram solucionados, a exemplo da aquisição de medicamentos e reestruturação das UBSs na capital amapaense.
 
Para o Tribunal de Contas da União, “a Semsa não exerce de forma adequada suas atribuições no planejamento, na coordenação e na execução das atividades da AFB [Assistência Farmacêutica Básica]”.
 
O relatório ainda apontou que foram avaliados se “os recursos são geridos com eficiência de modo a evitar o desperdício e assegurar a oferta tempestiva e suficiente de medicamentos nas unidades básicas de saúde”.
 
“Além de colocar em risco a saúde e a vida dos pacientes, a falta de medicamentos nas unidades de saúde geralmente custa caro aos cofres públicos. Muitas vezes, a doença vai se agravar e levará o paciente a um hospital, cabendo observar que os custos com internação e outros procedimentos serão muito maiores que os gastos com medicamentos adquiridos de forma tempestiva”, observou no relatório o conselheiro Benjamim Zymler
 
De acordo com a secretária de Saúde de Macapá, Silvana Vedovelli, a prefeitura fez uma licitação para compra de R$ 27 milhões em medicamentos e reformou 18 unidades desde o início de 2013.

“Em 2014 fizemos licitação para aquisição de medicamentos no valor de R$ 27 milhões. Temos remédios nas unidades. Então é um relatório que vamos conseguir responder gradativamente.
 
Conseguimos reformar 18 unidades, sendo uma delas é o Marcelo Cândia, com auxílio de recurso federal e emendas da bancada. Fizemos bastante melhoria na saúde”, afirmou a secretária.
 
G1

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dia Mundial da Psoríase é lembrado com resultados inéditos de pacientes no Brasil

Dia Mundial da Psoríase é lembrado com resultados inéditos de pacientes no Brasil
Uma pesquisa patrocinada pela companhia biológica Abbvie mostra que mais de 60% dos pacientes com a doença têm complicações decorrentes de dores, mal-estar e distúrbios emocionais
 
Uma pesquisa inédita foi apresentada hoje, no Dia Mundial de Conscientização contra Psoríase, doença sistêmica e crônica identificada por lesões na pele, e aponta que 63,7% dos pacientes relatam ter dificuldades no dia a dia associada à dor e aspectos emocionais,  podendo causar artrite e problemas cardiovasculares.

O foco do estudo ‘Beyond’, patrocinado pela companhia biofarmacêutica Abbvie, foi identificar quantos dos pacientes possuíam complicações causadas pela doença em 113 pacientes acompanhados para a amostra da pesquisa.

A psoríase é uma doença inflamatória crônica e sistêmica, que se manifesta na pele, e sabe-se que o sistema imunológico desenvolve algum papel para o seu surgimento; caracteriza-se por lesões avermelhadas e que escamam, normalmente em placas, que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos.

Dentro dessa amostra,  63,1% apresentam sintomas de dor e mal estar e 54,1% têm sinais de depressão e ansiedade, quadros clínicos sérios que podem complicar a instabilidade da psoríase, que por ser crônica pode melhorar ou piorar dependendo do dia, segundo explicou a médica à Efe.

Segundo a médica, a síndrome metabólica é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e, estima-se, que afete 30-40 por cento dos pacientes com psoríase, independente do grau de atividade da doença.

De acordo com a Associação Psoríase Brasil (www.psoríase.org.br), atualmente, cerca de 5 milhões de brasileiros têm a doença.

Entre os pacientes com psoríase que participaram da pesquisa, a maioria é composta por homens (55,8 por cento), com idade média de 52 anos, e fazem parte de um estudo maior, o Beyond, que inclui um total de 300 pacientes das regiões Norte, Sudeste e Sul do Brasil.

O estudo foi estruturado para medir a prevalência da síndrome metabólica e artrite psoriásica em pacientes com psoríase, em diferentes estágios da doença.

A pesquisa continua sendo feita e os resultados completos devem estar concluídos em meados de 2016 e o foco principal do estudo são pacientes adultos com psoríase (homens e mulheres não grávidas), com a doença ativa em qualquer estágio. As avaliações foram baseadas na resposta a questionários específicos, exames clínicos e de imagem.

São nove centros de tratamento e pesquisa em psoríase – a maioria associada a hospitais universitários que fazem parte do estudo pela especialista.

Ainda não são totalmente conhecidas as razões da associação da psoríase com a síndrome metabólica; mas sabe-se que o risco é maior entre os pacientes com psoríase do que os pacientes  sem a doença.

Dados da Associação Psoríase Brasil através de pesquisas, enquetes e banco de dados com 2.108 pacientes voluntários mostram que os portadores da doença são vítimas constantes de preconceito e discriminação.

De acordo com a pesquisa, mais de 37% dos psoriásicos já foram tratados com diferença em alguns ambientes e 48% mudaram hábitos de rotina para evitar constrangimentos, onde 81% tiveram autoestima e vaidade afetadas.

Em 52% dos casos, a Psoríase interfere em seus relacionamentos interpessoais. A doença também interfere no tipo de roupa que essas pessoas utilizam (72%). E, ainda, um total de 73% dos psoriásicos se sentem envergonhados com a doença.

Mais sobre psoríase e artrite psoriásica
A psoríase é uma doença inflamatória, sistêmica, que se manifesta na pele, na maioria das vezes, por lesões róseas ou avermelhadas cobertas por escamas esbranquiçadas. É uma doença que pode ser controlada, resultando na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.  Pode afetar homens e mulheres indistintamente e surgir em qualquer idade da vida.  Dados internacionais estimam que cerca de 15 por cento dos pacientes com psoríase podem desenvolver artrite psoriásica.

A artrite psoriásica é uma forma de artrite associada à psoríase e pode afetar qualquer articulação do corpo e também causar edema em forma de “salsicha” nos dedos das mãos e dos pés, chamado de dactilite.   As características clínicas da artrite psoriásica podem variar de individuo para individuo. Cerca de 40 por cento das pessoas com artrite psoriásica têm histórico familiar de psoríase ou artrite.

Além dos efeitos da doença, o paciente de psoríase pode ser estigmatizado e ser vítima de atitudes preconceituosas, levando-o ao isolamento social.

Causas
São muitas e ainda estão sendo descobertas e analisadas, mas pode-se destacar:
- predisposição genética
- estresse emocional
- infecções
- traumas físicos e psíquicos
- efeito colateral de alguma medicação
- Tabagismo e Alcoolismo
 
Tratamentos
Psoríase não tem cura, mas tem tratamento, que pode ser tópicos, isto é localizados e específicos, ou constante. Não há como prevenir a doença, que é crônica e autoimune.

De acordo com a Psoríase Brasil, existem 4 (quatro) tipos principais de terapia para psoríase: Tópicos, Fototerapia, Terapia Sistêmica e Terapias Biológicas.

Tópicos:
Os tratamentos tópicos são normalmente prescritos para psoríase leve a moderada, ou seja, quando a psoríase afeta 30% ou menos, da área da superfície corporal. São utilizados cremes e pomadas diretamente nas regiões afetadas.

São eles: Antralina, coaltar, tarazoteno, derivados da vitamina D3 (Calcipotriol), corticóides, (Pimecrolimus e Tracolimus).

Fototerapia:
Técnica terapêutica que consiste na emissão artificial e indolor de radiação ultravioleta (UVA e UVB), fornecida através de aparelhos especiais sob a forma de cabine com lâmpadas fluorescentes. Quando associada com medicamentos, os psoralenos, que são substâncias foto ativas, recebe o nome de PUVATERAPIA.  Pode ser usada apenas a radiação UVB sob forma usual ou em um tipo conhecido como NARROW-BAND.

São cabines com lâmpadas especiais onde o paciente permanece por poucos minutos com a pele doente exposta e a pele sadia protegida por roupas especiais ou filtros solares.  As sessões são semanais e o tempo de tratamento vai depender do grau de melhora das lesões.

A Fototerapia tem como vantagem, em relação ao sol, não depender de fatores climáticos, como estação do ano, nuvens e horário para melhor continuidade e bom resultado do tratamento, além de maior segurança na dosagem de radiação ultravioleta; sendo assim, a ocorrência de queimadura pode ocorrer, mas é excepcional.

Os efeitos colaterais mais comuns da fototerapia são o envelhecimento da pele e o risco aumentado de câncer de pele.

Terapia Sistêmica:
Consiste na utilização de um medicamento por um período de tempo, seja via oral ou em forma de injeção. Indicados nos casos moderados e graves e nos pacientes em que não se obteve resultado com tratamento tópico.

Os mais utilizados são: Metrotexate, Ciclosporina (são imunossupressores), Acitretina (medicamento que melhora a queratinização da pele) e Retinóides via oral.

A maior parte das terapias sistêmicas, não deve ser utilizada por mulheres grávidas uma vez que, podem causar anomalias congênitas no feto. Entretanto é preciso usar de bom senso para avaliar a relação risco/benefício da terapia e individualizar a terapia para cada gestante.

Terapias Biológicas:
Os biológicos destinam-se a uma parte bastante específica da resposta imunológica, ao contrário das terapias sistêmicas (imunossupressores) que suprimem todo o sistema imunológico. Em virtude disto, devem, teoricamente, ter menos efeitos colaterais do que os fármacos sistêmicos; contudo, não houve um prazo suficiente de investigação para provar isto.

Além disso, alguns biológicos são bastante efetivos no controle da artrite psoriática.

Existem atualmente 5 (cinco) biológicos em desenvolvimento para o tratamento da psoríase moderada a grave:
  • Alefacepte;
  • etarnecepte;
  • infliximabe;
  • adalimumabe;
  • ustekinumabe.
Quanto mais informações você reunir acerca das terapias disponíveis e o que esperar, mais será capaz de controlar sua psoríase.

A doença requer controle permanente, a fidelidade ao procedimento adotado contra a psoríase, aliás, é fundamental. Por terem uma doença crônica, os psoriáticos não podem desistir na primeira tentativa. “É como se tivessem diabetes ou hipertensão. O controle é permanente e um rodízio de tratamentos pode evitar efeitos colaterais”.
 
EFE Saúde

Usuários terão 21 novos procedimentos cobertos por planos de saúde

Entre novidades estão teste rápido para dengue e medicamento oral para tratamento de câncer de próstata
 
A partir de janeiro de 2016, os beneficiários de planos de saúde individuais e coletivos terão direito a mais 21 procedimentos, incluindo exames laboratoriais, além de mais um medicamento oral para tratamento de câncer em casa e ampliação do número de consultas com fonoaudiólogo, nutricionistas, fisioterapeutas e psicoterapeutas. CLIQUE AQUI para ver todos os 21 novos procedimentos.
 
A medida é resultado do processo de revisão periódica do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que contou com reuniões do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (COSAÚDE) e de consulta pública realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e vai beneficiar 50,3 milhões de consumidores em planos de assistência médica e outros 21,9 milhões de beneficiários com planos exclusivamente odontológicos.
 
Entre as novidades do novo Rol de Procedimentos estão: teste rápido para dengue (o exame atualmente disponível demora 7 dias), teste para febre chikungunya, implante de Monitor de Eventos (Looper) utilizado pra diagnosticar perda da consciência por causas indeterminadas; implante de cardiodesfibrilador multissítio, que ajuda a prevenir morte súbita; implante de prótese auditiva ancorada no osso para o tratamento das deficiências auditivas; e a inclusão do Enzalutamida medicamento oral para tratamento do câncer de próstata, entre outros procedimentos.
 
Ampliação
Além de inclusões, a ANS ampliou o uso de outros procedimentos já ofertados no rol da agência. Entre os quais, a ampliação do tratamento imunobiológico subcutâneo para artrite psoriásica e a ampliação do uso de medicamentos para tratamento da dor como efeito adverso ao uso de antineoplásicos. Também houve aumento do numero de sessões com fonoaudiólogo, de 24 para 48 ao ano para pacientes com gagueira e idade superior a sete anos e transtornos da fala e da linguagem; de 48 para 96, para quadros de transtornos globais do desenvolvimento e autismo; e 96 sessões, para pacientes que se submeteram ao implante de prótese auditiva ancorada no osso. Vale destacar ainda a ampliação das consultas em nutrição, de seis para 12 sessões, para gestantes e mulheres em amamentação. Além da ampliação das sessões de psicoterapia de 12 para 18 sessões; entre outros. 
 
Consulta pública
Na nova revisão do rol de procedimentos e eventos em saúde, chamou a atenção a grande participação dos consumidores na consulta pública realizada entre 19/06/2015 a 18/08/2015. Foi um total de 6.338 contribuições online. Sendo, 66% de consumidores, 12% de representantes de operadoras de planos de saúde, e 11% de prestadores de serviços de saúde.
 
Para esta revisão, a ANS instituiu o Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (COSAÚDE), que contou com a participação de órgãos de defesa do consumidor, ministérios, operadoras de planos de saúde, representantes de beneficiários, de profissionais da área de saúde, de hospitais, entre outros.
 
A Resolução Normativa editada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre o novo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde será publicada nesta quinta-feira (29/10) no "Diário Oficial da União". A medida é válida para consumidores com planos de saúde de assistência médica contratados após 1º de janeiro de 1999 no país e também para os beneficiários de planos adaptados à Lei nº 9.656/98.

O Dia

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Síndrome de Hulk: o que é o Transtorno Explosivo Intermitente?

Você sabe o que é a síndrome de Hulk? Entenda o problemaTranstorno que causa agressividade afeta vida do paciente e das pessoas que o cercam

Dr. Ivan Mario Braun 
Psiquiatria - CRM 57449/SP

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), também popularizado como "Síndrome de Hulk",de acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana, é caracterizado como episódios abruptos de perda de controle de impulsos agressivos. Estes impulsos se manifestam através de agressões verbais, falas, discussões ou agressões físicas contra pessoas, animais ou propriedade alheia.
 
Critérios de diagnóstico
Estas explosões podem ter uma gravidade menor - sem lesões ou destruição - com uma frequência grande, pelo menos duas por semana, ou maior, e neste caso, basta que ocorra uma agressão por ano, para que se faça este diagnóstico. Outra exigência para se poder dizer que alguém tem TEI é que a magnitude da agressividade nas explosões é muito desproporcional à gravidade da provocação. A agressão, no TEI, não é premeditada, porém impulsiva e não tem nenhum objetivo claro. Frequentemente, a pessoa sente uma grande raiva concomitantemente.
 
Só se pode dizer que um indivíduo tem TEI se já tiver pelo menos seis anos de idade, pois nesta idade, normalmente, a pessoa já tem um controle da agressividade. Pessoas com TEI podem ter sintomas de outros transtornos psiquiátricos, mas quando estes são graves e a agressividade ocorre somente na presença deles, não se pode fazer o diagnóstico de TEI. A ideia por trás desta exigência é que o TEI precisa ser a principal causa da agressão. O mesmo vale para outros problemas que afetam o cérebro, como traumas cranianos, tumores e efeitos de drogas, que também podem levar a comportamentos agressivos. 
 
Finalmente, se pessoas na infância ou adolescência têm episódios de agressividade súbita apenas na vigência de um distúrbio de adaptação a uma situação estressante, não se pode dizer, em caráter definitivo, que apresenta TEI. 
 
Incidência
Não há estatísticas brasileiras, porém se sabe que, nos Estados Unidos, ocorre em cerca de 2,7% das pessoas, sendo mais frequente nos mais jovens e de menor nível educacional - a prevalência é menor em pessoas que têm curso universitário). (1) No Iraque, calculou-se a prevalência entre 1,5 e 1,7%, porém a idade de início foi menor que nos EUA (2).  
 
Consequências para o dia a dia
O Transtorno Explosivo Intermitente, ou "Síndrome de Hulk", traz graves prejuízos para a pessoa sejam nos âmbitos ocupacionais, interpessoais, legais ou financeiros. O transtorno também pode levar a um grave desconforto para a pessoa (1) e um grande sentimento de culpa, após seus episódios agressivos (3).                            
 
Procurando ajuda
Devido às consequências do TEI, as pessoas que apresentam este problema podem procurar ajuda e contar ao profissional que consultam que têm estes episódios, que lhe causam um grande incômodo. Porém, por vezes, a pessoa ainda não se deu conta de seu comportamento e são os familiares, amigos e colegas de trabalho que reclamam. Nestes casos, é interessante que se estimule o portador deste transtorno a procurar um profissional habilitado, de modo que se possa fazer um tratamento que, sendo bem sucedido, trará melhoras na qualidade de vida de todos os envolvidos. 
 
Como sempre, quanto menor a percepção que alguém tem da origem de seus problemas, maior é a necessidade de que a procura de tratamento seja estimulada por outros. Não existe nenhuma forma definitiva de fazer com que alguém se trate mas, geralmente, faz-se uma mistura de pressão para que isto ocorra e reconhecimento e gratificação quando a pessoa se esforça para se tratar e melhorar. Orientações mais específicas devem ser obtidas em consultas diretas com profissionais, que poderão avaliar caso a caso.  
 
Tratamento
Ainda não se conhecem tratamentos específicos para o transtorno e, muito menos, há uma cura definitiva. Mas, o controle a longo prazo pode ser feito através de psicoterapias (4) direcionadas no sentido de a pessoa aprender a detectar aquelas situações que desencadeiam as crises e evitá-las, ou aprender a enfrentá-las de modo menos agressivo. 
 
Em relação aos tratamentos medicamentosos, existem alguns estudos que sugerem que possam ser úteis os estabilizadores de humor (5), que são medicações usadas também no transtorno bipolar e em casos de depressão.        
 
Referências
1. American Psychiatric Association: Diagnostic and statistical manual of mental disorders, fifth edition. Arlington, VA, American Psychiatric Association, 2013. 947 p.   
 
2. Al-Hamzawi A, Al-Diwan JK, Al-Hasnawi SM, Taib NI, Chatterji S, Hwang I, Kessler RC, McLaughlin KA. The prevalence and correlates of intermittent explosive disorder in Iraq. Acta Psychiatr Scand. 2012 Sep;126(3):219-28. doi: 10.1111/j.1600-0447.2012.01855.x. Epub 2012 Mar 22.    
 
3. Kulper DA, Kleiman EM, McCloskey MS, Berman ME, Coccaro EF. The experience of aggressive outbursts in Intermittent Explosive Disorder. Psychiatry Res. 2015 Feb 28;225(3):710-5. doi: 10.1016/j.psychres.2014.11.008. Epub 2014 Nov 11.    
 
4. McCloskey MS, Noblett KL, Deffenbacher JL, Gollan JK, Coccaro EF. Cognitive-behavioral therapy for intermittent explosive disorder: a pilot randomized clinical trial. J Consult Clin Psychol. 2008 Oct;76(5):876-86. doi: 10.1037/0022-006X.76.5.876.    
 
5. Jones RM, Arlidge J, Gillham R, Reagu S, van den Bree M, Taylor PJ. Efficacy of mood stabilisers in the treatment of impulsive or repetitive aggression: systematic review and meta-analysis. Br J Psychiatry. 2011 Feb;198(2):93-8. doi: 10.1192/bjp.bp.110.083030. Review.
 
Minha Vida

Aumenta número de casos de AVC em pessoas mais jovens

Doença mata mais que dengue, Aids e câncer de mama. Hábitos saudáveis ajudam na prevenção
 
‘Quem imaginaria que uma pessoa nova pode ter um AVC?” O questionamento, que poderia ser da grande maioria dos brasileiros, é de Lucélia dos Santos, a auxiliar de 33 anos que sofreu um AVC hemorrágico aos 32. “Eu trabalho na saúde há 13 anos e não sabia que a doença acontecia em jovens”, conta. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 13 mil pessoas entre 15 e 39 anos morreram com a doença nos últimos cinco anos.
 
Para Eduardo Fávero, cirurgião vascular do Hospital Souza Aguiar, o estresse pode ser um dos principais fatores para a doença entre jovens. “O controle da pressão e do açúcar no sangue é feito pelo estresse. Assim, a pessoa tende a fumar mais e a fazer menos exercícios físicos, ficando mais exposta aos fatores de risco”. O médico lembra ainda que comodidades como carro, controle remoto e fast food fazem com que as pessoas se movimentem cada vez menos.

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Popularmente conhecido como “derrame”, o AVC pode ser isquêmico, mais comum, é um entupimento de artérias responsáveis pela circulação do sangue no cérebro, ou hemorrágico, quando uma artéria se rompe, geralmente, por causa de pressão alta.
 
A doença é uma das que mais matam no mundo, superando a Aids, a dengue e o câncer de mama. No Brasil, a cada cinco minutos, um brasileiro morre por causa do AVC. São mais de 100 mil óbitos por ano. Nesta quinta-feira (29), Dia Mundial de Combate ao AVC, a ONG Rede Brasil AVC promove ações de mobilização nas principais capitais. Com o lema ‘AVC. Eu me importo. E você?’, a ideia é aumentar a prevenção e melhorar o tratamento e a reabilitação das vítimas. A cantora Ivete Sangalo gravou um vídeo para a campanha, que circula nas redes sociais.
 
O Dia