Pacientes que participaram de estudo ganharam peso e sofreram retenção de líquido. Outros riscos também estão sendo pesquisados
As pessoas que possuem alto risco de desenvolver diabetes podem ser capazes de afastar a doença ao tomar a droga pioglitazona, como sugere um novo estudo. Porém, críticos afirmam que os potenciais efeitos colaterais da medicação podem ofuscar os benefícios para aqueles indivíduos que ainda não têm a doença.
A pioglitazona, cujo nome comercial é Actos, pertence ao mesmo tipo de drogas que o remédio para diabetes rosiglitazona, vendido como Avandia, que, como se descobriu, aumenta o risco de ataque cardíaco. O uso de rosiglitazona tem sido bastante restringido nos Estados Unidos.
Acredita-se que a pioglitazona seja mais segura que a rosiglitazona, mas ela tem sido associada a um aumento no risco de insuficiência cardíaca congestiva. A Food and Drug Administration está investigando uma possível associação ao câncer de bexiga.
No novo estudo, uma equipe liderada por pesquisadores do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, em San Antonio, acompanhou pacientes que possuíam níveis elevados de açúcar no sangue, monitorando-os por pouco mais de dois anos, em média.
A incidência anual média da progressão para o diabetes foi de 7,6% para um grupo placebo e 2,1% para pacientes que tomaram pioglitazona, representando uma redução no risco de 72%, afirmaram os pesquisadores. O médico Ralph A. DeFronzo, principal autor do estudo, classificou os resultados como “impressionantes”.
Entretanto, os pacientes que tomaram a droga ganharam peso e sofreram retenção de líquido. Críticos disseram que não está claro se a droga prevenia o diabetes ou simplesmente diminuía os níveis de açúcar no sangue.
O estudo, publicado no The New England Journal of Medicine, foi financiado em parte pela Takeda Pharmaceuticals, fabricante da pioglitazona.
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