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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pneumonia: pode faltar tratamento Pneumonia may miss treatment

Mariana Lenharo

A crescente resistência bacteriana aos antibióticos, sobretudo pelo uso inadequado desses medicamentos, pode limitar as opções de tratamento que os médicos têm contra as infecções pneumocócicas, entre as quais a pneumonia é a de maior importância para os adultos brasileiros. A doença, aparentemente simples, é a principal causa das internações no País, segundo o Ministério da Saúde.

O assunto foi tema do XV Congresso Panamericano de Infectologia, realizado na primeira semana de abril, no Uruguai, e acompanhado pelo Jornal da Tarde. “Hoje, há bactérias dentro dos hospitais contra as quais não temos mais antibióticos para prescrever.

Nos EUA, a cada seis crianças que consultam um médico, uma sai com prescrição de antibióticos. Esse exagero é uma preocupação no mundo todo”, diz a infectologista Rosana Richtmann, médica do Instituto Emílio Ribas e presidente da Associação Paulista de Infectologia.

Rosana, que também é vice-presidente da Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH), afirma que as crianças estão entre os pacientes mais atingidos pelo exagero de prescrições. Ela planeja uma campanha de conscientização da população, incentivando que os pacientes cobrem explicações dos médicos sempre que eles prescreverem um antibiótico.

“Se você morasse na Suécia, levasse seu filho ao médico e ele prescrevesse um antibiótico, ele teria de explicar muito bem por que está indicando aquele remédio porque lá a população foi treinada para saber que antibiótico só deve ser tomado quando realmente necessário”, explica.

Na conferência Doenças pneumocócicas: ônus na América Latina, Rosana debateu com outras autoridades em infectologia da Argentina, Uruguai e EUA as estratégias de prevenção contra a pneumonia. A doença também preocupa o Brasil porque o risco de morte e a incidência são maiores nos idosos e a população brasileira está envelhecendo.

A infectologista diz, citando dados do Banco Mundial (Bird), que até 2050 a população idosa brasileira terá triplicado, o que significa que “haverá também três vezes mais potenciais pacientes de pneumonia.”

Durante o evento, o médico Alejandro Cané, professor da Universidade Austrau da Argentina, frisou que a prescrição inadequada de antibióticos é muito comum. “Muitas infecções são virais e não necessitam de antibiótico. Para evitar o mau uso dos medicamentos, é preciso que exista uma educação médica contínua e que as sociedades científicas estabeleçam tratamentos adequados para cada situação.”

Além dos idosos e das crianças menores de dois anos, pacientes com enfermidades crônicas – como diabete, insuficiência renal ou aids – também são mais suscetíveis às doenças pneumocócicas, segundo o médico Eduardo Savio Larriera, assessor na área de doenças infecciosas no Ministério de Saúde Pública do Uruguai.

Fumantes e pessoas que já tiveram uma doença desse tipo formam um outro grupo que apresenta grande vulnerabilidade.

A repórter viajou a convite do laboratório Pfizer

Bacterial resistance to antibiotics, especially by improper use of these medications may limit treatment options that physicians have against pneumococcal infections, including pneumonia is the most important for Brazilian adults. The disease, apparently simple, is the leading cause of hospitalizations in the country, according to the Ministry of Health

The matter was the subject of the XV Panamerican Congress of Infectious Diseases, held the first week of April, Uruguay, and accompanied by the Jornal da Tarde. "Today, there are bacteria in hospitals against which we have no antibiotics to prescribe.

In the U.S., six children who consult a doctor comes out with a prescription of antibiotics. This exaggeration is a concern worldwide, "says Rosana Richtmann infectious disease, medical Emilio Ribas Institute and president of the Paulista Association of Infectious Diseases.

Rosana, who is also vice president of the Paulista Association for the Study and Control of Hospital Infection (APECIH) says that children are among the patients most affected by the exaggeration of prescriptions. She plans a campaign of public awareness, encouraging patients to cover doctors' explanations that they always prescribe an antibiotic.

"If you lived in Sweden, took his son to the doctor and he prescribed an antibiotic, it would explain very well why you are indicating that remedy because there was a population trained to know that antibiotics should only be used when really necessary," explains .

At the conference Pneumococcal Disease: Burden in Latin America, Rosana discussed with other authorities on infectious diseases in Argentina, Uruguay and the U.S. strategies for preventing pneumonia. The disease is also an issue in Brazil because the risk of death and incidence is higher among the elderly and the Brazilian population is aging.

The infectious disease specialist says, citing data from the World Bank (IBRD), which by 2050 the elderly population will have tripled, which means that "there will be three times more potential patients with pneumonia."

During the event, the doctor Alejandro Cane, professor at the University of Austrau Argentina, stressed that inappropriate prescribing of antibiotics is very common. "Many infections are viral and do not require antibiotics. To prevent the misuse of drugs, there must be a continuing medical education and scientific societies to establish appropriate treatment for each situation. "

Besides the elderly and children under two years, patients with chronic illnesses - such as diabetes, renal failure or AIDS - are also more susceptible to pneumococcal disease, said Dr. Eduardo Savio Larrieu, advisor in the area of ​​infectious diseases at the Ministry of Public Health Uruguay.

Smokers and people who have had a disease such form another group that has great vulnerability.

The reporter traveled at the invitation of Pfizer

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