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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Papel do estrógeno no câncer de mama pode variar Role of estrogen in breast cancer may vary

No momento adequado, diz especialista, este hormônio pode tanto ser bom quanto ruim
In due course, expert says, this hormone can be both good and bad

The New York Times

Um estudo recente do Journal of the American Medical Association, que analisou dados da extensa pesquisa americana Women’s Health Initiative, sugere que a segunda opção é a correta ao constatar um risco menor de câncer em mulheres que passaram por tratamento com estrógeno em curto prazo.

Esta ideia parece contradizer anos de advertências de que o tratamento à base de estrógeno – antes amplamente prescrito como um antídoto contra os sintomas da menopausa e para prevenir doenças crônicas – alimenta um tipo de câncer de mama muito suscetível ao estrógeno.

Na verdade, este hormônio pode desempenhar os dois papéis, segundo um editorial publicado na edição de 10 de abril do periódico Cancer Prevention Research.

“No momento adequado, o estrógeno pode tanto ser bom quanto ruim”, disse um dos autores do trabalho, V. Craig Jordan, considerado o “pai” do tamoxifeno e de outros tratamentos anti-estrógeno para o câncer de mama.

É verdade que o estrógeno é necessário para que as células cancerígenas cresçam e se multipliquem, mas quando as mesmas se desenvolvem em um ambiente onde o estrógeno não esteve presente por algum tempo, elas são mortas por uma inundação inesperada do hormônio, ele explicou.

Um estado de privação de estrógeno pode ocorrer anos após a menopausa, quando a produção do hormônio é interrompida naturalmente depois da mulher ter passado por tratamento anti-estrógeno para o câncer de mama.

Em tal estado de privação, Jordan diz que as células aprendem a crescer com uma quantidade mínima do hormônio. “É como se elas estivessem sobrevivendo em estado de inanição”.

“Quando elas começam a formar tumores e voltamos para a dosagem normal de estrógeno, as células interpretam isso como um sinal de morte, pois subitamente estão recebendo uma concentração massiva de combustível de alta capacidade – é uma verdadeira overdose.

É como uma pessoa em estado de inanição, nós não podemos lhe dizer para comer tudo o que quiser no McDonald’s porque assim a matamos”, complementou Jordan, diretor científico do Lombardi Cancer Center da Georgetown University.

É importante lembrar que o tratamento a base de estrógeno só é recomendado para mulheres que passaram por uma histerectomia, cirurgia de retirada do útero, pois o hormônio pode aumentar o risco de câncer do endométrio. Para as mulheres que ainda têm o útero, a recomendação é de um tratamento de hormônios combinados (estrógeno mais progestina), que mesmo assim apresenta riscos de câncer de mama.

É também importante observar que as células do câncer de mama não são estáticas. “Como as bactérias, de certa forma estas células são um alvo em movimento. Elas estão sempre mudando e reagindo ao ambiente”, disse Jennifer Litton, professora de medicina do câncer do Anderson Cancer Center da Universidade do Texas.

“É como uma mini seleção natural. Se elas são expostas a um determinado agente, elas entram em mutação e encontram uma forma de resistir ao mesmo”.

É por isso que muitas mulheres se tornam resistentes a determinados tratamentos e precisam de alternativas que possam tapear estas células em constante evolução.

Os autores do novo estudo concluíram que as mulheres não precisam se preocupar com o alto risco de câncer de mama com o uso do estrógeno em curto prazo. Mesmo assim, o histórico familiar e outros fatores de risco da mulher devem ser considerados antes de recomendar a terapia hormonal.

Entretanto, Jordan adverte que para as mulheres que já têm um tumor na mama, o tratamento com estrógeno não deve ser considerado de forma alguma.

“Se elas estão na pós-menopausa, elas devem optar pelo tamoxifeno ou por um inibidor de aromatase. Estes são os melhores tratamentos a prescrever, pois são de excelente qualidade”.

Jordan complementou que, em padrão experimental, médicos têm a autoridade de receitar o estrógeno para tratar mulheres com câncer de mama metastático que desenvolveram resistência aos tratamentos anti-hormonais.

A recent study by the Journal of the American Medical Association, which analyzed data from extensive research American Women's Health Initiative suggests that the second option is correct in noting a lower risk of cancer in women who have undergone treatment with estrogen in the short term.

This seems to contradict years of warnings that treatment based on estrogen - once widely prescribed as an antidote to the symptoms of menopause and prevent chronic diseases - feeds a type of breast cancer very susceptible to estrogen.

In fact, this hormone may play both roles, according to an editorial published on April 10 of the journal Cancer Prevention Research.

"At the appropriate time, estrogen can be both good and bad," said one of the authors, V. Craig Jordan, considered the "father" of tamoxifen and other anti-estrogen for breast cancer.

It is true that estrogen is required for cancer cells grow and multiply, but when they develop in an environment where estrogen was not present for some time, they are killed by an unexpected flood of the hormone, he said.

A state of deprivation of estrogen may occur years after menopause, when hormone production is interrupted naturally after the woman passed by anti-estrogen treatment for breast cancer.

In such a state of deprivation, Jordan says that the cells learn to grow with a minimal amount of the hormone. "It's like they're surviving in a state of starvation."

"When they start to form tumors and returned to the normal dosage of estrogen, cells interpret this as a sign of death, because suddenly they are getting a massive concentration of high octane fuel - is a true overdose.

It's like a person in a state of starvation, we can not tell you to eat whatever they want at McDonald's because then kill it, "added Jordan, scientific director of the Lombardi Cancer Center at Georgetown University.

It is important to remember that the basis of estrogen treatment is only recommended for women who have undergone a hysterectomy, surgery to remove the uterus, because the hormone may increase the risk of endometrial cancer. For women who still have the womb, the recommendation is a combined hormone treatment (estrogen plus progestin), which still poses risks of breast cancer.

It is also important to note that breast cancer cells are not static. "As the bacteria in a way these cells are a moving target. They are always changing and reacting to the environment, "says Jennifer Litton, professor of medicine for cancer of the Anderson Cancer Center, University of Texas.

"It's like a mini natural selection. If they are exposed to a particular agent, they enter the changing and find a way to resist it. "

That is why many women become resistant to certain treatments and need alternatives that can fool the cells in constant evolution.

The new study's authors concluded that women need not worry about the high risk of breast cancer with the use of estrogen in the short term. Still, the family history and other risk factors of women must be considered before recommending hormone therapy.

However, Jordan warns that for women who already have a tumor in the breast, estrogen treatment should not be considered in any way.

"If they are postmenopausal, they should opt for tamoxifen or an aromatase inhibitor. These are the best treatments to prescribe, since they are of excellent quality. "

Jordan added that, in standard experimental, doctors have the authority to prescribe estrogen to treat women with metastatic breast cancer who develop resistance to anti-hormonal treatments.

http://delas.ig.com.br/saudedamulher/papel+do+estrogeno+no+cancer+de+mama+pode+variar/n1596844789227.html

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