Os bebês Isabella e Mateus nasceram com só três minutos de diferença, anteontem, em Três Pontas (MG). Mas a família ainda duvida que sejam gêmeos.
Agnaldo Leopoldino e Jucéa de Andrade, de Três Pontas (MG), seguram os gêmeos Denis Pereira/Blog da Equipe Positiva
Devido a uma malformação congênita, o útero da mãe, a comerciante Jucéa Maria de Andrade, 38, é dividido em duas cavidades. Cada bebê cresceu em uma.
A obstetra Márcia Andrea Mesquita Mendes, que fez o parto, teve de fazer duas incisões para retirar os bebês. Havia risco de aborto espontâneo ou de parto prematuro.
A mãe fez repouso a partir do terceiro mês de gravidez. Os gêmeos nasceram com 37 semanas de gestação. Passam bem e devem ter alta hoje.
Segundo o obstetra Fernando Reis, da Universidade Federal de Minas Gerais, a malformação, conhecida como útero didelfo, estreita o espaço disponível para o bebê e aumenta o risco de problemas na gravidez.
Ele ressalta que o caso é "raríssimo" porque, além do útero didelfo, dois óvulos foram fecundados ao mesmo tempo e a gestação foi quase completa.
Segundo o comerciante Agnaldo de Paula Leopoldino, pai dos bebês, os médicos disseram que dificilmente sua mulher conseguiria engravidar novamente. O casal já tem uma filha de sete anos.
"Quando soubemos que eram dois bebês, foi uma preocupação. Agora, é alegria total", afirmou.
Para os médicos, as crianças são gêmeas, sim. Já a família está balançada. O pai diz que está "quase" convencido pelos médicos.
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