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domingo, 29 de maio de 2011

Vegetais e azeite de oliva diariamente para um coração saudável

Um grupo de pesquisadores italianos descobriu que mulheres que consumiram pelo menos uma porção diária de vegetais folhosos, como salada ou espinafre, apresentaram probabilidade 40% menor de desenvolver doenças cardíacas ao longo de oito anos, comparadas às mulheres que consumiram semanalmente duas porções, ou menos, dos mesmos vegetais.


As mulheres que consumiram diariamente pelo menos três colheres de sopa de azeite de oliva – em saladas, por exemplo – também apresentaram probabilidade 40% mais baixa de desenvolver doenças cardíacas.

Não está bem clara a razão pela qual os vegetais folhosos e o azeite de oliva provavelmente protegem o coração, declarou à Reuters Health o autor do estudo, Domenico Palli, do Instituto de Pesquisa e Prevenção do Câncer de Florença. “É provável que os mecanismos responsáveis pelo efeito protetor dos alimentos de origem vegetal sobre as doenças cardiovasculares estejam relacionados a micronutrientes como o folato, as vitaminas antioxidantes e o potássio – todos eles presentes nos vegetais folhosos”.

O folato reduz os níveis sanguíneos de homocisteína, explicou Palli, o que aparentemente aumenta os riscos de doenças cardiovasculares por prejudicar a camada interior das artérias. Estudos anteriores mostraram que pessoas que consomem mais potássio têm pressão sanguínea mais baixa, o que pode proteger o sistema cardiovascular. O azeite de oliva virgem pode ser especialmente eficaz para diminuir os riscos de doenças cardíacas por conter altos índices de componentes vegetais antioxidantes, complementou o especialista.

Dieta mediterrânea

Este não foi o primeiro estudo a relacionar o azeite de oliva ou os vegetais à saúde do coração. O mais famoso deles mostrou que a dieta mediterrânea tradicional – rica em vegetais e gorduras monoinsaturadas do azeite de oliva e das castanhas, mas baixa em gorduras saturadas das carnes e laticínios – foi relacionada a riscos mais baixos de doenças cardíacas.


A alimentação ao estilo mediterrâneo também foi creditada a riscos mais baixos de desenvolver alguns tipos de câncer, diabetes e, mais recentemente, à desaceleração do envelhecimento cerebral (Vide matéria da Reuters Health de 29 de dezembro de 2010).

As doenças cardiovasculares são um grande vilão, responsável por 30% das mortes em todo o mundo e principal causa da morte de homens e mulheres nos Estados Unidos.

O estudo

Para analisar com mais detalhes o papel dos alimentos na proteção contra as doenças cardíacas, Palli e seus colegas revisaram dados sobre alimentação, coletados de aproximadamente 30.000 italianas participantes de um amplo estudo nacional sobre a saúde. Durante oito anos os pesquisadores acompanharam as participantes, que tinham em média 50 anos no início do estudo, para observar o desenvolvimento de doenças cardíacas.

Durante aquele período, as mulheres apresentaram 144 casos de doenças cardíacas graves, como infarto e cirurgia de bypass, relataram os autores do estudo ao American Journal of Clinical Nutrition.
As mulheres que consumiram pelo menos uma porção diária (cerca de 56 gramas) de vegetais folhosos – como o alface ou a endívia crus, ou ainda folhas cozidas de espinafre ou couve – apresentaram riscos 46% mais baixos de desenvolver doenças cardíacas do que as mulheres que consumiram no máximo duas porções semanais.

O consumo de pelo menos 28 gramas de azeite de oliva por dia diminuiu o risco destas mulheres em 44%, comparadas às que consumiram 14 gramas ou menos diariamente, constataram os autores do estudo.

O consumo de outros tipos de legumes, como os tubérculos e o repolho, assim como de tomates e frutas, aparentemente não teve relação com o risco das mulheres desenvolverem casos graves de problemas cardíacos.

Palli ressaltou em um email que outra questão do estudo é que as mulheres tiveram de relatar a quantidade de diversos alimentos que consumiam, e pode ser que algumas delas não tenham se lembrado exatamente do que comeram, ou ainda podem ter mudado seus hábitos alimentares durante o estudo. Além disso, muitas vezes as pessoas superestimam seus comportamentos em relação à saúde, acreditando que têm uma alimentação melhor do que na verdade têm.

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