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terça-feira, 3 de maio de 2011

Novas regras para fitoterápicos entram em vigor na Europa New rules for herbal drugs come into force in Europe

Novas regras que proíbem centenas de remédios fitoterápicos entraram em vigor na União Europeia no último fim de semana. As leis visam proteger os consumidores de medicamentos "tradicionais" potencialmente prejudiciais.

A informação foi publicada no site do jornal britânico "The Guardian" nesta segunda-feira.

Segundo os novos termos, os fitoterápicos terão de ser registrados. Os produtos devem atender aos padrões de qualidade, segurança e produção, e apresentar informações que descrevem possíveis efeitos colaterais.

Fitoterapeutas e fabricantes dizem temer as novas regras.

Uma pesquisa realizada pela agência que controla produtos de saúde e medicamentos no Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) em 2009 mostrou que 26% dos adultos no Reino Unido havia tomado um medicamento herbal nos últimos dois anos. A maioria tinha sido comprada no balcão de lojas de produtos naturais e farmácias.

Os ingredientes mais usados já registrados incluem equinácea --para resfriados; erva de St. John --depressão e ansiedade, e valeriana, para aliviar a insônia.

A agência disse que espera promover uma abordagem mais cautelosa do uso de fitoterápicos, depois que o estudo constatou que 58% dos entrevistados acreditam que esses produtos são seguros porque são "naturais". Na verdade, eles podem ter efeitos colaterais prejudiciais.

Em fevereiro, a MHRA emitiu um alerta sobre o produto para perda de peso à base de plantas Herbal Flos Lonicerae (Herbal Xenicol), depois que testes mostraram que continha mais de duas vezes a dose prescrita de uma substância proibida.

A última lei de medicamentos foi criada em 1968, quando apenas um punhado de ervas medicinais estava disponível.

A partir de agora, os fabricantes terão que provar que seus produtos foram feitos de acordo com as novas normas e contêm uma dose consistente e claramente marcada.

Os remédios que já estão à venda serão autorizados a permanecer nas prateleiras até a data de expiração.

A agência disse que recebeu 211 pedidos de aprovação de remédios de ervas desde então, sendo que 105 foram concedidos e os demais ainda estão em estudo. Os aprovados serão comercializados com o logotipo THR.

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