Para evitar o reaparecimento da doença após a gravidez, recomenda-se a ingestão de uma alimentação rica em fibras e líquidos
Quase tão comum quanto o enjôo, é o aparecimento de hemorroidas durante a gestação. Seu aparecimento está diretamente relacionado com o aumento da pressão intra-abdominal, motivada pela expansão do útero e também pela dilatação de todos os vasos do corpo da mãe, provocados pela ação da progesterona, hormônio que tem sua produção aumentada durante o período gestacional.
De acordo com o Dr. Vladimir Schraibman, especialista em cirurgia geral, gastrocirurgia no Hospital Israelita Albert Einstein, se a mulher já apresentava prisão de ventre antes da gravidez, por causa de uma dieta pobre em fibras, então o risco de hemorroidas aumenta ainda mais.
As temidas hemorroidas são formadas por músculos e vasos sanguíneos que se localizam no canal anal. Quando hemorroida inflama, podem surgir vários outros sintomas incômodos, como dor, inchaço e sangramento.
“Há aparecimento do mamilo hemorroidário com sangramento eventual durante a evacuação. Além disso, há casos nos quais existe risco de trombose da hemorroida, com maior dor e, eventualmente, necessidade de cirurgia”, diz a ginecologista Dra. Rosa Maria Neme, doutora em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo e Diretora do Centro de Endometriose São Paulo.
O tratamento inicial é o mesmo para pacientes gestantes e não gestantes: cuidados higiênico-dietéticos, pomadas locais, banho de assento e analgésico oral
A diferença está na restrição ao uso de antiinflamatórios que são proibidos durante o período gestacional e em relação ao tratamento cirúrgico que deve ser evitado ao máximo durante a gravidez, ficando restrito para alguns casos de trombose e exteriorização hemorroidária
Com o término da gravidez, geralmente as hemorroidas diminuem de tamanho e o processo inflamatório termina.
De qualquer modo, se os cuidados com higiene e uma alimentação rica em fibras associada à ingestão de líquidos, não forem sempre mantidos haverá um risco de aparecer uma nova crise. “Após várias crises, entretanto, as hemorroidas tornam-se maiores e o tratamento cirúrgico pode ser necessário”, finaliza o Dr. Vladimir.
Fonte Band
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