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domingo, 24 de julho de 2011

Portugal: Dadores devem ultrapassar listas de espera caso acabe isenção nas taxas moderadoras - IPS

O presidente do Instituto Português do Sangue (IPS), Álvaro Beleza, defendeu hoje o fim das listas de espera nos hospitais para os dadores de sangue, caso o Governo decida acabar com a isenção das taxas moderadoras para estes utentes.

Tal como obriga o acordo assinado com a ‘troika’, o Governo vai rever até setembro as isenções de taxas moderadoras e atualizar o seu valor, mas não está definido de que forma.

Dadores devem ultrapassar listas de espera caso acabe isenção nas taxas moderadoras - IPS | © DRO presidente do IPS admite que o Executivo de Pedro Passos Coelho possa vir a acabar com a isenção das taxas moderadores para os dadores de sangue “por imposição da ‘troika’”, apesar de ainda não ter conhecimento de qualquer decisão nesse sentido.

“Penso que aqui o Governo tem uma margem de manobra mínima”, afirmou Álvaro Beleza, lembrando que Portugal é dos poucos países que têm isenção de taxa moderadora para os dadores de sangue, porque se considera que “acaba por ser um pagamento indireto”.

No entanto, se isso vier a acontecer, Álvaro Beleza defende outros tipos de apoio do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para os dadores de sangue, como “o acesso imediato aos hospitais quando necessitam de ser tratados”.

“Os dadores têm de ser tratados de uma forma amigável e mais simpática pelo SNS”, defendeu o presidente do IPS, sugerindo ainda a existência de parques de estacionamento para os dadores quando vão dar sangue ou visitar os doentes aos hospitais.

Álvaro Beleza falava à Lusa em Aveiro, à margem da primeira Convenção Nacional de Dadores de Sangue, promovida pela Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro (ADASCA), que reuniu cerca de 50 pessoas entre representantes de associações e dadores individuais.

Quanto à polémica sobre o subaproveitamento do plasma do sangue em Portugal, este responsável reafirmou que a câmara de frio destinada a armazenar plasma, inativada há vários anos, já está a funcionar, assegurando que, neste momento, o plasma “está a ser todo aproveitado”.

Álvaro Beleza reconheceu ainda que a notícia de que Portugal destruía o plasma do sangue que era recolhido devido a problemas com um concurso criou “algum alarme” entre os dadores, mas garante que não houve uma quebra nas colheitas de sangue, comparativamente com os anos anteriores.

“Estamos com uma tendência exatamente igual à do ano passado. Há sempre quebra em julho e agosto, e por isso é que estamos a fazer a campanha de verão, mas não mais do que aquela que houve sempre”, acrescentou.

O presidente do IPS manifestou ainda o desejo de que os hospitais distritais de Aveiro, Leiria e Covilhã voltem a fazer colheitas de sangue.

“A nossa política é que haja colheitas de sangue nos hospitais, aproveitando a capacidade instalada que estas unidades têm, centralizando as análises e o processamento do sangue no IPS”, sustentou o mesmo responsável, sublinhando que isso permitiria ao País poupar cerca de quatro milhões de euros por ano.

Fonte Destak

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