Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Efeitos de medicamento usado para combater a calvície causam controvérsias

Finasterida, remédio que controla a queda, também é famoso pelo efeito colateral, ligado à função sexual


Mesmo que a cultura popular diga que as mulheres preferem os carecas, a maior parte dos homens que sofrem calvície — aproximadamente metade de quem já passou dos 50 anos — gostaria de resolver o problema, por não se sentirem atraentes. Porém, quando os médicos indicam o medicamento conhecido para reviver as madeixas, a solução gera uma série de discussões. A finasterida, medicamento que controla a queda, também é famoso pelo efeito colateral, ligado à função sexual.

Um recente estudo, realizado com 71 voluntários da Universidade George Washington (EUA), concluiu que a diminuição de libido provocada pela finasterida permanece em alguns pacientes até 40 meses depois da interrupção do tratamento.

— Em outro trabalho, muitos manifestaram diminuição da libido apenas por acreditarem ter tomado finasterida — diz Adriano Almeida, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo.

Segundo o especialista, a fama do medicamento está incrustado no subconsciente de algumas pessoas, e que o efeito não seria assim tão grave. Não há dúvidas de que a finasterida age sobre a testosterona, substância associada ao desejo. A droga inibe uma enzima que promove a transformação desse hormônio masculino em dihidrotestosterona (DHT), molécula que, além de aumentar o apetite sexual, causa nos homens com pré-disposição genética o enfraquecimento dos cabelos.Logo, esse bloqueio pode reduzir a vontade de fazer sexo, ou até diminuir o volume ejaculatório.

Uma boa notícia é que a suspensão da finasterida é uma prática comum e eficaz. Segundo a Merck Sharp & Dome (MSD), laboratório que fabrica o remédio desde 1998, as consequências persistem por, no máximo, três meses após a interrupção do tratamento. Somente 1,8% dos participantes tiveram diminuição da libido, 1,3% padeceram com a disfunção erétil e 0,8% apresentaram diminuição do volume ejaculatório. Porém, há quem não queira correr riscos, mesmo que sejam mínimos. A solução, neste caso, são as drogas de uso tópico, que promovem a dilatação vascular e aumentam o aporte sanguíneo e de nutrientes para o couro cabeludo. Outra saída é o transplante capilar, uma das cirurgias plásticas mais realizadas pelos brasileiros. Novas técnicas são seguras e se mostram bastante eficazes.

Por que ocorre

A alopecia androgenética, o mais frequente tipo de calvície, atinge homens com DNA propenso ao quadro. Há fatores externos, como oleosidade excessiva do couro cabeludo. Já o estresse crônico pode culminar na chamada alopecia areata, que atinge severamente apenas uma pequena área da cabeça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário