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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Finasterida causa impotência?

Especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre medicamento contra calvície

Foi o barbeiro do gaúcho José Peixoto de Souza Coelho que chamou a atenção do professor para a intensa queda de cabelos. Na época, ele tinha 25 anos. Ansioso para não perder os fios, resolveu seguir o conselho do profissional: usar um óleo feito à base de alho. O efeito ficou longe do esperado: “Não serviu de nada e ainda deixava um cheiro forte no cabelo. Os amigos tiraram sarro”, relata.

Depois da experiência desastrada, José resolveu consultar um dermatologista e desde então faz uso da finasterida. Há cinco anos tomando a medicação, ele afirma que a queda diminuiu, mas o volume de cabelos não sofreu alteração substancial.

O resultado é o mesmo alcançado pela maioria dos homens. “O mais comum é que o paciente tenha uma estabilização, ou seja, ele para de perder fios, mas não está ganhando mais cabelo”, esclarece Ademir Junior, tricologista (médico especializado nas doenças do couro cabeludo).

Mas o medicamento mais indicado para o tratamento da calvície pode trazer efeitos colaterais ainda mais temidos do que a careca: a redução da libido, do volume ejaculatório e, em alguns casos, disfunção erétil (uma das grandes inimigas do homem).

“Tenho amigos que tomam e outros que pararam o tratamento por falta de disciplina, mas todos têm o mesmo medo”, afirma José Peixoto de Souza Coelho.

No entanto, apenas 2% dos homens apresentam algum desses problemas. “Como a finasterida bloqueia determinados hormônios, pode trazer certa dificuldade, mas é bem pouco comum”, explica Andre Guilherme Cavalcanti, urologista e diretor do Centro Integrado de Saúde do Homem, no Rio de Janeiro. Quando utilizada contra a queda de cabelo, a dosagem costuma ser pequena (1mg), tornando ainda mais improvável o aparecimento de efeitos adversos.

Segundo o médico, antes do início do tratamento, é aconselhável realizar exames como espermograma e função hepática, para garantir que tudo esteja bem. O urologista ressalta que, havendo qualquer problema, basta interromper o tratamento.

“Os sintomas desaparecem e logo a ereção ou a libido são recuperadas”, diz.

O medicamento

O uso dessa substância contra a calvície está liberado no País desde 1997 e são três as três possibilidades de sucesso com o tratamento.

“Se esse homem ia ficar calvo em cinco anos, mas levou 10, consideramos um bom resultado. Se há estabilização, também. E existem casos, mais raros, em que há ganho de cabelo”, elucida o tricologista.

Para garantir um resultado melhor, os médicos associam remédios de uso local como o minoxidil. Segundo os especialistas, o uso pode ser constante e não há limitador de tempo.

“Tenho pacientes que já tomam há mais de 10 anos”, diz Ademir Junior. Há, apenas, a indicação de exames de função hepática periódicos e, em homens com mais de 60 anos, de toque retal.

Vale frisar que a consulta médica é essencial e somente um profissional poderá indicar ou não se esse é o tratamento mais adequado para esse caso, até porque nem toda queda de cabelo é calvície.

Um alerta

O urologista Andre Guilherme Cavalcanti aconselha pacientes que apresentem alguma disfunção erétil durante o tratamento a procurarem um médico. “Como esse efeito colateral é incomum, é importante investigar se não há outras causas para aquele problema. Às vezes, o remédio só potencializou uma dificuldade já existente.”

É preciso ficar atento: uma pesquisa francesa divulgada no último dia 15 relacionou a calvície precoce a um maior risco de câncer de próstata.

Fonte IG

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