Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 14 de julho de 2011

Variedades de cigarro aumentam consumo

No Brasil, jovens começam a fumar a partir de 13 ou 14 anos; vários tipos de cigarro oferecidos pelo mercado podem ser estímulo
O narguilé apesar de ser menos irritante para a mucosa das vias aéreas, leva a ingestão de 10l de fumaça por hora

A idade de iniciação de fumantes no Brasil está entre 13 e 14 anos, segundo dados da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Os dados podem estar ligados ao estímulo oferecido pelo mercado aos iniciantes, como criação de cigarros flavorizados ou de opções como narguilés, cachimbos, cigarros eletrônicos, de palha e charutos.

Os flavorizados, que são cigarros com sabor, podem ser um forte atrativo para a população mais jovem, mas têm efeitos tão nocivos quanto os tradicionais. “A composição destes cigarros é semelhante à do cigarro comum, com a diferença de ter, entre os cerca de 600 aditivos, alguns com a função de oferecer um sabor diferenciado”, explica o Sérgio Ricardo Santos, membro da subcomissão de Tabagismo da SPPT (Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia).

Segundo o especialista, além da adição do sabor para inibir o gosto amargo do cigarro, existem várias estratégias de estímulo, como as novas embalagens, mais atrativas ao público, e a divulgação em pontos de venda.

Cigarro eletrônico
Outra novidade do mercado é o cigarro eletrônico. Um dispositivo que produz vapor inalável, com ou sem nicotina. Entretanto, é um equivoco pensar que esta alternativa não é prejudicial. “Estudos mostram que os cigarros eletrônicos possuem substâncias cancerígenas em sua composição. Por esta razão, está proibido na maioria dos países do mundo, inclusive no Brasil”, adverte Santos.

Cigarros que trazem a denominação light ou slim – proibidas no Brasil – também oferecem risco aos fumantes. Segundo o médico, estes cigarros têm reduzido teor de algumas substâncias, porém aquelas que causam câncer de pulmão, enfisema pulmonar, e outras doenças tabaco-relacionadas, continuam presentes em sua composição.

“Estes cigarros possuem baixo teor de nicotina, fazendo com que o dependente fume ainda mais para suprir suas necessidades”.

Narguilé


Os cigarros de palha também são prejudiciais. Além da ausência de filtro, não passam por inspeção, pois são produzidos artesanalmente. “Tanto cigarros de palha, como charutos e cachimbos não utilizam o filtro, que é obrigatório em vários países. Este componente não é 100% eficaz, mas confere uma pequena proteção ao fumante”, explica o especialista.

O narguilé, cachimbo de água utilizado para fumar, que virou moda entre jovens e adultos também é listado pelo médico como produto perigoso para a saúde. “Esta forma de consumo veicula fumaça no meio aquoso. Apesar de ser menos irritante para a mucosa das vias aéreas, a quantidade de fumaça inalada em uma hora de narguilé é de 10l, já o consumo de um cigarro não chega a 0,5L” explica o médico.

Além de a fumaça ser potencialmente tóxica, Santos alerta para outros riscos associados ao uso do narguilé. “A maioria das pessoas acaba compartilhando a piteira. Por esta razão, existe o risco de transmissão de doenças infecto-contagiosas, como herpes, tuberculose e hepatite”.

Ações

O Brasil é considerado um dos países com legislação anti-tabagística rigorosa. Políticas como a restrição ao consumo em ambientes fechados, proibição da venda para menores de idade, tentativa de restringir a adição de substâncias flavorizantes no cigarro e proibição da veiculação de propagandas de cigarro, contribuem para reverter a situação atual. “Algumas destas ações ainda são recentes, devemos aguardar para observar os impactos positivos destas práticas”, explica o médico.

A taxa de sucesso para quem tenta abandonar o tabagismo é de 40% a 70%, variando de acordo com o tipo de medicamento escolhido e a forma de tratamento. Mas o médico adverte que qualquer forma de consumo de tabaco leva às doenças tabaco-relacionadas. “Até o momento, não existe nenhum tipo de tabaco que não prejudica a saúde”.

Fonte Band

Nenhum comentário:

Postar um comentário