Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



domingo, 31 de julho de 2011

Grávidas com câncer ganham ambulatório para tratamento especial em SP

A realização de um sonho para muitos casais é ter um filho. Durante a gravidez, a ida ao médico é fundamental não só para a saúde do bebê. Mas imagine, em uma dessas consultas, descobrir que a mãe tem um câncer. É um susto difícil até difícil de imaginar, uma mistura de emoções. Em São Paulo, foi criado um ambulatório no Instituto do Câncer justamente para cuidar desses casos.


Foi um turbilhão. No mesmo mês, a saladeira Marenize Gomes descobriu que estava grávida e também que tinha um câncer de mama. Ela teve medo de perder o bebê. “O médico já me despreocupou. Falou que eu não ia precisar tirar o bebê que dava para eu fazer o tratamento, dava para fazer a quimioterapia mesmo eu estando grávida e que a cirurgia seria feita depois. Aí eu já fiquei mais aliviada, graças a Deus”, conta.

Marenize Gomes foi encaminhada para um ambulatório do Instituto do Câncer, especializado em casos como o dela. O tratamento é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A maior parte das pacientes tem entre 35 e 40 anos, faixa de idade da saladeira, quando o risco de desenvolver a doença é maior. O tratamento é à base de quimioterapia.

“Tem algumas regras fundamentais que a gente tem de tomar cuidado. Uma delas é não administrar durante o primeiro trimestre da gestação. Tem que cuidar do tipo de medicamento que administra com a dose. A gente tem uma clinica separada, a gente tem mais tempo para dedicar para paciente. É uma clinica multidisciplinar, em que ela vai rodando os vários especialistas, especialmente o mastologista, o oncologista e o obstetra”, explica o oncologista do Instituto do Câncer, Max Senna Mano.

O tratamento do câncer de mama durante a gravidez tem uma série de restrições. Não dá para fazer muitos exames necessários como, por exemplo, a tomografia. Por causa da radiação, ela pode provocar a má formação do bebê.

Três semanas antes de dar à luz, a quimioterapia tem de ser suspensa para evitar baixa imunidade da mãe e da criança. Não há problema quanto ao parto normal ou à cesariana. Só não vai ser possível amamentar o bebê. “Não pode amamentar nesta gestação. Se ela tiver outra, sim, aí ela pode amamentar”, conta o chefe do setor de mastologia José Roberto Filassi.

Com o filho no colo, o tratamento se intensifica: mais quimioterapia, radioterapia, hormônios e vacina. A engenheira civil Elaine Lima Maciel está vivendo essa fase. Nada que abale a alegria de carregar nos braços a pequena Lucille. A menina nasceu saudável. Gulosa como ela só, fica mais forte a cada dia.

“Eu fiquei muito contente, porque ela não tem nenhum resquício, nada. Fez todos os exames está super bem e eu estou muito feliz”, comemora a engenheira civil.

Segundo os médicos, a incidência de casos de câncer de mama durante a gravidez é de um caso a cada quatro mil gestações. Imagine como ficam as emoções dessa mulher, preocupada com a criança e com a criança. É fundamental um atendimento especializado como isso.

Fonte G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário