Uma enorme rede de programas de computador, que estão sendo criados por cientistas europeus, promete revolucionar os cuidados com a saúde em todo o mundo, salvando inúmeras vidas e bilhões em recursos.
Trabalhando com parceiros da iniciativa privada, os acadêmicos vão começar a receber recursos de um programa de pesquisas europeu para criar "pacientes virtuais".
Pacientes virtuais são modelos computacionais de pessoas individuais - uma espécie de simulador humano - o que poderá no futuro permitir que cada pessoa tenha seu próprio sistema de saúde individualizado, com base na sua genética e na sua fisiologia.
Programa Apolo da Medicina
Quando o novo sistema estiver pronto, os médicos terão de forma instantânea dados aprofundados das necessidades de um paciente individual, além de seu histórico médico.
Isto irá permitir o diagnóstico correto e rápido de inúmeras doenças e condições, poupando os pacientes de efeitos colaterais, de medicamentos prescritos erroneamente, e do gasto desnecessário com medicamentos com pouco efeito sobre sua fisiologia em particular.
Um consórcio de mais de 25 instituições acadêmicas e de parceiros industriais, com experiência em tecnologias da informação, ciências da vida, saúde pública e medicina já se reuniram para iniciar o processo de dar vida ao projeto.
Segundo os pesquisadores, à medida que o projeto avança, mais parceiros serão incorporados, tornando este um dos maiores esforços de colaboração desde o programa espacial Apolo.
Medicina do futuro
Mas uma vasta gama de desenvolvimentos deverão ocorrer para tornar realidade essa medicina do futuro.
Isso incluirá novas técnicas para a aquisição e avaliação rápida dos dados dos pacientes, armazenamento dinâmico e processamento de dados em tempo real em modelos matemáticos relevantes, e o desenvolvimento de novos sistemas informatizados capazes de aprender, prever e informar os profissionais de saúde.
Isto será necessário para dar aos profissionais de saúde e aos pacientes dados sem precedentes em matéria de saúde e tratamento.
O primeiro objetivo é dar a cada médico a capacidade de usar o genoma individual de uma pessoa para embasar todas as fases de cuidados com a doença, incluindo diagnóstico, tratamento e acompanhamento.
Os sistemas vão criar modelos matemáticos usando grandes quantidades de dados - na verdade, todo o nosso conhecimento até o momento sobre como os humanos funcionam.
O projeto também irá fornecer cenários - como o que aconteceria se o paciente tomasse uma determinada droga, o que aconteceria se ele começasse a correr três vezes por semana, etc.
Computação na Medicina
Através do sequenciamento do genoma e das informações clínicas coletadas, o modelo geral de paciente virtual será capaz de ser adaptado para atender às necessidades específicas de qualquer indivíduo, incluindo problemas como alergias, defeitos congênitos e tratamentos já em andamento.
O projeto, chamado ITFoM, foi criado pela constatação de que, enquanto a tecnologia da informação e a computação atualmente desempenham um papel crucial em muitas áreas, tanto científicas quanto comerciais, seu poder potencial de revolucionar a medicina ainda não foi explorado.
A ideia é fazer isto ao longo dos próximos 10 anos, que é o tempo previsto de duração do ITFoM (IT for Medicine: tecnologia da informação para uso na medicina).
Fonte diariodasaude.com.br
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