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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mulher morre após receber glicerina em vez de soro no Ceará



A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a morte de uma aposentada de 75 anos que recebeu glicerina em vez de soro no Hospital Geral de Missão Velha, no Ceará, na última quarta-feira. A técnica em enfermagem que teria aplicado a substância foi afastada de suas atividades, ontem.

Depois de passar mal, a paciente, que sofria de insuficiência respiratória aguda, foi levada para o Hospital São Vicente de Paulo, em Barbalha, cidade vizinha. A equipe médica que atendeu a idosa em Barbalha percebeu o erro e trocou a medicação, mas a mulher morreu horas depois. Funcionários do hospital de Missão Velha serão ouvidos.

A polícia quer descobrir se alguém confundiu a bolsa de soro com a de glicerina. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontará a causa da morte. O resultado deve sair em cerca de 20 dias.

"A primeira providência foi afastar a funcionária para que se apure o caso, até que se tenha uma decisão e um laudo definitivo com a causa da morte da paciente", declara o prefeito de Missão Velha, Washington Fechine.

Ele reconhece que a unidade hospitalar onde Maria Carmelita foi atendida é de responsabilidade do município.

O secretário Executivo do Hospital São Vicente de Paulo, Antônio Ernani de Freitas, diz que logo que a paciente foi transferida de Missão Velha e deu entrada no hospital, o médico que a atendeu percebeu que ela estava com aplicação de glicerina, ao invés de soro. Segundo Freitas, imediatamente, foi trocada a medicação. Cerca de duas horas depois, ela morreu, e a direção do hospital registrou um boletim de ocorrência.

Testemunhas já foram ouvidas

O delegado Marcos Antônio dos Santos - do município de Barbalha, onde foi aberto inquérito para apurar a morte da aposentada - afirma que já foram tomados depoimentos das testemunhas. "Também solicitamos que a empresa produtora de medicamentos nos envie os frascos", explica. A direção do Hospital Geral de Missão Velha informou que só vai se pronunciar sobre o assunto após receber o resultado do laudo, previsto para ser concluído em 20 dias.

Hospital é mais arriscado que avião

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que milhões de pessoas morrem todos os anos em função de erros médicos e infecções hospitalares. Dar entrada em um hospital é mais arriscado, por exemplo, do que fazer uma viagem de avião. Os riscos de morrer em um hospital são de um para 300, enquanto em um acidente aéreo ele seria de um em 10 milhões de passageiros.

"Já as chances de acontecer um erro médico são de uma em dez. Isso demonstra que a saúde, em geral, ainda tem um longo caminho a percorrer", diz Liam Donaldson, da OMS. Mais de 50% das infecções adquiridas dentro de um hospital poderiam ser prevenidas se os profissionais de saúde lavassem as mãos com sabão e água ou com uma loção à base de álcool antes de tratar os pacientes.

De cada 100 pacientes hospitalizados em um determinado momento, sete (em países desenvolvidos) e dez (em países em desenvolvimento) irão adquirir pelo menos uma infecção associada ao tratamento médico.

"Quanto mais tempo o paciente fica na UTI, maiores são os riscos de ele adquirir uma infecção", alerta a OMS. Procedimentos como cateteres urinários e ventiladores, estão associados com altos índices de infecção.

Fonte gazetaonline.globo

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