Pesquisa mostra que sul asiáticos e africanos são mais vulneráveis a este perigoso influente da saúde
Alguns grupos étnicos são mais vulneráveis do que outros para armazenar uma gordura perigosa em volta de seus órgãos internos, conhecida como gordura invisível ou visceral, mostra um novo estudo.
Esta gordura, que “abraça” as vísceras e pode levar ao diabetes e às doença arteriais coronarianas, é mais comum entre as pessoas do sul da Ásia, relataram os pesquisadores canadenses na edição online da revista PLoS ONE.
"O novo estudo mostrou sul-asiáticos têm menos espaço para armazenar gordura abaixo da pele do que brancos caucasianos," afirmou Sonia Anand, professor de medicina e epidemiologia na Universidade de McMaster.
"Nestas etnias sul asiáticas, o excesso de gordura, portanto, transborda para compartimentos na região do abdome e do fígado, onde pode afetar a função deste órgão", completou Hamilton Ontario, em um comunicado da Universidade.
Este excesso de gordura ao redor dos órgãos vitais também está associado a problemas metabólicos, incluindo a metabolização do açúcar no sangue – fatores de risco que conduzem finalmente à doença arterial coronariana, explicaram os autores do estudo.
Os pesquisadores descobriram que, comparados com caucasianos com o mesmo índice de massa corporal (IMC), as pessoas originárias do subcontinente indiano têm mais fatores de risco para doença cardíaca, incluindo diabetes do tipo 2, níveis baixos de HDL ("bom" colesterol) e obesidade.
"Muitos canadenses de descendência sul-asiática, bem como aqueles de descendência aborígene, africana e chinesa , estão enfrentando níveis históricos de risco para doença cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC). É somente por meio de pesquisas como esta que podemos aprender como melhor tratar e prevenir estas condições", disse Mary Lewis, uma das autoras da pesquisa.
"Este estudo ajuda a explicar porque os sul asiáticos experimentam problemas de saúde relacionados ao peso, mesmo com IMC menor do que os brancos. Para os médicos, isso também significa que os indivíduos com essa descendência mais suscetível precisam ser testados com mais frequência para doença cardíaca e diabetes, ainda que o IMC esteja normal”, avalia Arya Sharma, co-autor do estudo e diretor da Rede Obesidade Canadense.
Fonte IG
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