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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Sais de banho que causam alucinações têm comércio proibido no país pela Anvisa

Sais de banho que causam alucinações têm comércio proibido no país pela Anvisa Bangor Police Department/
Tomar uma ducha ou relaxar numa banheira pode ser um hábito alucinante. Principalmente depois que sais de banho alucinógenos foram encontrados no mercado americano. Os produtos, vendidos em lojas e na internet, ameaçam desembarcar no Brasil. Aparentemente inofensivos, eles causam alucinações e delírios, seguidos de depressão profunda. Tanto que a Drug Enforcement Administration (DEA), agência americana que controla drogas, proibiu a venda dos sais Bliss, Wave Purple, Vanilla Sky e Wave Ivory. Todos imitam os efeitos de metanfetamina.

Os verdadeiros sais de banho, aprovados para este fim, agem como energizantes, esfoliantes suaves, espumantes e aromatizantes. Já os produtos proibidos, além dos efeitos alucinógenos, causam aumento de pressão arterial e agressividade impulsionada por surtos de paranoia. Isso porque contêm mefedrona, methylenedioxypyrovalerone (MDPV) e methylone. Os sais estão na categoria mais restritiva da DEA - a de substâncias com alto potencial de abuso e vetadas, sem supervisão médica. O problema é que os sais perigosos são similares aos cosméticos, vendidos em pó ou cristais. E, apesar de não serem aprovados pela Food and Drug Administration, órgão americano que controla fármacos e alimentos, eles se tornaram populares, sobretudo entre jovens.

— São ameaça à saúde — diz Michele Leonhart, da DEA.

Eles custam entre US$ 25 e US$ 50, 50 miligramas. E alguns levam um estimulante orgânico chamado khat, comum em países árabes e do leste africano. Este também é ilegal nos Estados Unidos.

Os usuários podem ter paranoia durante meses, e há relatos de casos de violência extrema entre consumidores. Um usuário invadiu um mosteiro e esfaqueou um padre na Pensilvânia. Em outro episódio de surto paranoico, uma mulher em West Virginia cortou o próprio corpo várias vezes.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diz que, desde agosto, a mefedrona é tratada no país como droga ilícita, de uso e venda proibidos. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União, atendendo a pedido da Polícia Federal. A Anvisa diz que a "mefedrona - usada em droga sintética - causa euforia e delírios, além de levar seus usuários à dependência química em curto espaço de tempo". Por isso, a mefedrona está classificada, na Portaria 344/1998, na categoria de drogas proscritas, e vender, manipular ou consumi-la é crime. Quanto à methylenedioxypyrovalerone (MDPV) e à methylone, elas não podem ser usadas em fórmulas de sais de banhos por causar riscos à saúde, ainda que não levem à dependência, de acordo com a Anvisa.

Fonte Zero Hora

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