A capacidade de salvar um dente lesionado ou doente é uma das grandes conquistas da odontologia. No passado, esses dentes frequentemente precisavam ser removidos. Porém, com o tratamento endodôntico – mais comumente conhecido como tratamento de canal – realizado por um endodontista ou dentista clínico geral, um dente restaurado pode durar uma vida inteira.
A Associação Americana de Endodontistas comemorou a Semana de Conscientização do Canal Radicular, de 27 de março a 2 de abril, em parte para ajudar a dispersar o mito de que o tratamento de canal radicular dói. Uma pesquisa recente da AAE mostrou que 70% dos norte-americanos têm medo de perder um dente natural. Entretanto, essa mesma porcentagem também tem medo do tratamento de canal, exatamente o procedimento que pode salvar o dente.
O tratamento do canal envolve a remoção e substituição da polpa do dente, que é o tecido mole que contém vasos sanguíneos, nervos e tecido conectivo. A polpa está dentro do canal que passa através do dente, da coroa até a ponta da raiz, que está dentro do osso.
Se a polpa for agredida por uma lesão ou doença e não conseguir se reparar sozinha, bactérias podem penetrar na polpa e provocar sua morte. Sem o tratamento do canal radicular, um abscesso pode se formar na ponta da raiz e provocar dor considerável. Mesmo sem dor, o osso que ancora o dente na maxila pode ser danificado. Sem tratamento, o dente pode precisar ser removido.
O tratamento de canal é recomendado como uma maneira de realmente salvar o dente, que é uma alta prioridade para a maioria dos pacientes. Na pesquisa da AAE, mais entrevistados indicaram um desejo de evitar perder um dente permanente ou obter um tratamento de canal do que pagar impostos ou falar em público. Porém, dois terços também classificaram o tratamento de canal como o procedimento odontológico que mais temem, mais do que ter o dente extraído ou uma restauração feita.
Esse medo baseia-se em conceitos ultrapassados, diz a Associação Americana de Endodontistas. Como parceiros no tratamento do paciente, endodontistas e clínicos gerais oferecem tratamentos de alta qualidade e sem dor. Na verdade, uma pesquisa anterior da AAE apontou que 89% dos pacientes ficaram satisfeitos quando receberam tratamento feito por um endodontista, e a AAE também descobriu que a vasta maioria dos clínicos gerais, 93%, concorda que os endodontistas são parceiros importantes na prestação de tratamentos odontológicos de qualidade.
"A AAE alegra-se com o fato de os clínicos gerais, tanto quanto os endodontistas, apreciarem a importância da parceria para o bem estar de todos os pacientes", diz Dra. Clara M. Spatafore, presidente da AAE. "A principal meta é fornecer aos pacientes uma transição fácil e confortável entre seu dentista e o endodontista, através da comunicação aberta entre os profissionais. Queremos que os dentistas entendam que trataremos de seus pacientes com o melhor de nossa capacidade e os encaminharemos de volta carregando uma experiência positiva".
Geralmente é preciso mais de uma consulta para o tratamento de canal. Na primeira consulta, utiliza-se anestésico local para manter o conforto do paciente enquanto a polpa é removida através de uma abertura na coroa do dente. O canal é limpo e modelado, e uma medicação pode ser adicionada à câmara pulpar e ao canal radicular para ajudar a eliminar bactérias. Uma restauração temporária é colocada na abertura da coroa. Antibióticos podem ser prescritos se uma infecção estiver presente.
Na segunda consulta, o canal radicular é obturado e permanentemente selado. Um bastão de metal ou plástico ou um pino pode ser colocado no canal radicular para suporte estrutural. Geralmente, quando um endodontista realiza o procedimento, ele encaminha o paciente de volta para o clínico geral para a confecção de uma coroa a ser colocada no dente.
A Associação Americana de Endodontistas oferece recursos para pacientes e dentistas clínicos gerais a respeito de encaminhamentos e tratamento endodôntico. Visite www.aae.org (em inglês) para mais informações.
Fonte colgate.com.br
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