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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Viva Planos tem auditoria Baker Tilly como braço direito

Consultoria internacional é parceira da operadora para disputar o, cada vez mais concentrado, mercado da saúde suplementar

Difícil sobreviver no mercado de planos de saúde, ainda mais nos últimos anos, quando o processo de aquisições se tornou constante. Mas isso está longe de ser um percalço para a Viva Planos de Saúde, empresa de medicina de grupo com três anos de mercado. Para brigar dentro de um segmento tão competitivo, a operadora é gerida pela consultoria e auditoria internacional Baker Tilly.

A Baker Tilly é muito mais que uma consultoria dentro da operadora. Além de responsável pela gestão, ela tem o representante da filial no Brasil, Marcelo Sávio, como sócio da própria Viva Planos. A empresa foi idealizada por Sávio e o outro sócio, Ricardo Almeida, após atuarem como consultores na área de saúde em diversas empresas pelo Brasil. ”O que desenvolvemos na Viva é fruto de um trabalho de 15 anos. Idealizamos uma operadora de saúde a partir do benchmark que fizemos em varias empresas de saúde do País. Identificamos o que poderia ser melhor nesse mercado”, conta Almeida.

Além de operadora, a empresa oferece serviços como saúde ocupacional, medicina preventiva e programa de medicamentos com lista de remédios gratuitos e com descontos para usuários. Já na contratação de um plano corporativo é traçado o perfil epidemiológico daquela população e as informações são usadas para o gerenciamento de crônicos e programas de medicina preventiva. Um desses programas é o Qualiviva – que tem foco na qualidade de vida dos funcionários. Ele é realizado em parceria com os gestores de RH das empresas no processo de acompanhamento de consultas médicas, peso e alimentação daqueles que pertencem a grupos de risco como é o caso dos doentes crônicos.

A operadora tem atuação local, suas 30 mil vidas estão na Região Metropolitana de Recife (PE) e municípios vizinhos, totalizando 50 cidades. Neste semestre, a operadora lançou um plano de expansão para interior do estado envolvendo cidades do Agreste e Sertão pernambucano.

As mudanças não se restringem aos locais de atendimento, a carteira da Viva Planos também está se transformando. Apesar de o segmento pessoa física representar 58% da carteira, a realidade dos novos contratos tem seguido a tendência do mercado geral, ou seja, planos empresariais. “Nós iniciamos a operação crescendo de carteira pessoa física, mas nos últimos dois anos a empresa está focando nos planos corporativos. Na comercialização atual temos um volume maior de pessoa jurídica do que pessoa física”, afirma o executivo.

A empresa pretende fechar 2011 com R$ 38 milhões de faturamento. Para 2012, a perspectiva é que a cifra fique entre R$ 60 e R$ 70 milhões. Para os próximos anos, a operadora pretende consolidar a marca no estado pernambucano, mas já tem em vista, a expansão para outras regiões brasileiras.

Gestão
Para brigar no mercado de saúde suplementar, a Viva aposta no relacionamento com a rede prestadora. Sem a menor pretensão de verticalizar sua atuação, a operadora investe em treinamento para rede credenciada e para seus próprios corretores. De acordo com Almeida, são cerca de R$ 700 mil por ano gastos em treinamento. “Não tem como nos dias de hoje não pensar na qualificação e capacitação de pessoas que participam da nossa prestação de serviços”, diz o executivo.

São oferecidos cursos para recepcionistas a líderes de clínicas, laboratórios e hospitais, além dos próprios corretores da Viva. Os treinamentos englobam desde temas como administração financeira, Balanço Scored Card, técnicas de comercialização e motivação, entre outros.

Este é um diferencial da operadora apontado por Almeida, e uma das estratégias para garantir uma boa relação com a rede credenciada para a disputa no mercado pernambucano. “É preciso muita coragem para enfrentar esse mercado de gigantes. Ele é extremamente difícil, pois são vários atores: médicos, hospitais, justiça, a judicialização da área de saúde, o próprio associado que às vezes não entende o que está contratando, órgãos reguladores. Tem que fazer um trabalho focado na qualidade e respeito ao consumidor, pois é fundamental que a operadora de saúde tenha a visão de entrega do produto final, ou seja, o usuário tem que receber o produto conforme adquiriu”, finaliza.

Fonte SaudeWeb

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