Exames descartaram a possibilidade de a vacina contra a poliomielite ter
provocado paralisia no menino Octávio Teixeira, 2. No ano passado, ele perdeu parte dos movimentos depois de tomar as gotinhas contra a paralisia infantil em Pouso Alegre, no sul de Minas.
Médicos suspeitaram que a criança tivesse contraído a doença com a
imunização. Segundo o Ministério da Saúde, o risco de reações como esta é
de 1 a cada 3,2 milhões.
Exames feitos no início do ano mostraram, porém, que Octávio tem uma doença genética degenerativa.
A notícia foi recebida com desânimo pela família do menino, já que as
consequências da doença são mais graves do que as prováveis sequelas da
pólio. Atualmente, a rotina do menino inclui fisioterapia, hidroterapia,
fonoaudiologia e psicopedagogia. Mesmo assim, ele não vai poder andar.
A mãe de Octávio, Sidnéia Teixeira, 39, viu um fato positivo em tudo
isso: para ela, com a repercussão do caso de seu filho, houve pressão
para que o Ministério da Saúde adotasse a forma injetável da vacina, que
não expõe as crianças ao risco de paralisia pós-vacinal.
"Não aconteceu com o Octávio, mas poderia ter acontecido. Agora vamos proteger outras crianças", disse.
No sábado (16), começa
a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite, ainda só com
gotinhas. No segundo semestre, terá início um sistema de vacinação
misto, com algumas doses injetáveis e outras orais.
Segundo Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério,
a mudança no esquema de vacinação não ocorreu devido ao caso específico
de Octávio, mas um dos fatores que motivou a troca foram os riscos,
mesmo raros, que a vacina oral pode trazer.
Fonte Folhaonline
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