Ácidos clorogênicos presentes na bebida reduzem a incidência de diabetes, fator de risco para a doença coronariana
Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que o café, consumido moderadamente, oferece diversos benefícios à saúde, em especial para o coração. O estudo, publicado no periódico científico Circulation Heart Failure, demonstrou que o consumo de quatro xícaras de café por dia diminui em até 11% as chances de sofrer com insuficiência cardíaca.
Para chegar ao resultado, a pesquisa analisou estudos anteriores sobre o consumo do café. Foram 140.220 participantes avaliados, sendo que 6.522 apresentaram insuficiência cardíaca. Os pesquisadores consideraram dados levantados entre janeiro de 1996 e dezembro de 2011.
— Durante muitos anos, o café foi alvo de críticas e acusações que agredia o estômago e causava dependência, por conta da cafeína, mas nos últimos anos diversos estudos têm revelado que a bebida auxilia na manutenção de uma boa saúde e ajuda a prevenir algumas doenças — explica a gerente de nutrição do HCor, Rosana Perim, pesquisadora da bebida.
Outros estudos que avaliaram as propriedades do café e a sua ação no organismo humano, descobriram que, além da cafeína, outras substâncias presentes na bebida, como os ácidos clorogênicos, reduzem a incidência de diabetes, fator de risco importante para o desenvolvimento da doença coronariana. Além disso, o café pode ter efeito benéfico nos níveis de colesterol no sangue, dependendo do modo de preparo.
Rosana estudou as diferentes formas de preparo do café e concluiu que o café filtrado ou coado não altera os níveis de colesterol no sangue, mas, em processos de preparo sem a filtragem, há um discreto aumento. De acordo com a nutricionista, o consumo moderado da bebida diminui a oxidação do LDL, que é o colesterol ruim, que causa inflamação nas artéria.
— Esse efeito está ligado aos compostos antioxidantes do café, que também possui ação benéfica na melhora dos sintomas de algumas doenças degenerativas, como Alzheimer, Parkinson e depressão — conclui a nutricionista.
Fonte Zero Hora
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