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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dieta de baixo índice glicêmico eleva risco para doenças cardiovasculares

Em uma intervenção nutricional realizada com a população do norte da Suécia, pesquisadores mostram que apesar de colaborar na perda de peso, a dieta de baixo índice glicêmico eleva o risco para doenças cardiovasculares.

O estudo teve início na década de 1970, quando o governo local percebeu um aumento no número de pessoas com doença cardiovascular naquela região, principalmente entre os homens – na época, as taxas mais altas em todo o mundo. Para combater estes números, foi desenvolvido um programa (The Västerbotten Intervention Programme, ou VIP) em 1985, que, entre outras ações, visou rotular melhor os alimentos, divulgar informações sobre alimentação e hábitos saudáveis, promover aulas de culinária, exames de saúde e aconselhamento de dietas, que estão disponíveis até hoje.

A avaliação do programa se baseou também em dados de uma outra pesquisa, um projeto que monitorou os fatores de risco para doença cardiovascular naquela população. Pesquisadores de três universidades suecas colaboraram na revisão destas informações recolhidas durante 25 anos de estudo.

Os resultados, divulgados no periódico Nutrition Journal, mostraram que o impacto da VIP foi claramente visto na mudança de ingestão de gorduras e carboidratos. Em 1992, o consumo de gordura reduziu em 3% entre os homens e 4% para as mulheres e manteve-se estável até 2005. Estes resultados refletiram também na redução dos níveis de colesterol da população.

No entanto, após 2005, foi observado um aumento na ingestão de gordura total e saturada – os índices eram maiores, inclusive, do que os de 1986 – e uma queda na ingestão de carboidratos complexos (como arroz, pão, batata, massa e fibras). Segundo os autores, estes resultados coincidiram com a popularização da dieta de baixo índice glicêmico. A principal consequência para a população foi o aumento dos níveis de colesterol, que se mantiveram altos mesmo com a distribuição de remédios para controle.

Para Ingegerd Johansson, pesquisadores que conduziu esta investigação, a associação entre a nutrição e a saúde é complexa. “Trata-se de componentes alimentares específicos, interações entre esses componentes alimentares e interações com fatores genéticos e necessidades individuais”, diz. Para ele, a conclusão é que enquanto dietas que priorizam o consumo de proteínas, como a de baixo IG, realmente ajudem na perda de peso em curto prazo, os resultados deste estudo demonstram que a perda de peso a longo prazo não é mantida e que esta dieta aumenta os níveis de colesterol no sangue, que têm grande impacto no risco para doença cardiovascular.

Fonte O que eu tenho

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