O hábito de dormir menos de seis horas por noite aumenta as chances de um AVC (acidente vascular cerebral ou “derrame”) entre adultos que não apresentam fatores de risco comuns para doenças cardiovasculares, como excesso de peso ou histórico do problema na família. Essa é a conclusão de um novo estudo apresentado durante o encontro anual das Sociedades de Sono Associadas (APSS, na sigla em inglês), nos EUA.
Realizado por pesquisadores da Universidade de Alabama, o estudo envolveu o acompanhamento de 5,6 mil participantes durante três anos. Quando a pesquisa começou, nenhuma dessas pessoas havia sofrido qualquer evento cardiovascular ou apresentava sintomas de derrame ou risco para apneia do sono.
Ao final do estudo, a equipe encontrou uma forte associação entre os aqueles que costumavam dormir menos do que seis horas por noite e incidência de sintomas de derrame cerebral. A relação encontrada não foi diferente entre pessoas com excesso de peso e com peso considerado normal.
“Nós especulamos que dormir pouco possa ser um precursor de fatores de risco tradicionais para doenças cardiovasculares e, uma vez que uma pessoa passe a ter esses outros fatores de risco, eles se tornam mais expressivos do que a restrição do sono sozinha”, diz Megan Ruiter, uma das autoras da pesquisa.
Para Ruiter, estes resultados devem incentivar a realização de outras pesquisas sobre o assunto para que a população se sensibilize sobre o impacto do sono restrito para a saúde do coração.
“Comportamentos relacionados ao sono podem ser modificados com abordagens cognitivas e comportamentais, assim como com intervenções com medicamentos. Nossas conclusões podem servir como uma base preliminar para o uso de terapias para o sono para evitar eventos cardiovasculares”, conclui.
Fonte O que eu tenho
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