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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Saiba mais sobre o linfoma, tumor que afeta o sistema de defesa do organismo

Doença afeta principalmente pessoas com sistema imune comprometido como consequência de doenças genéticas hereditárias, infecção por HIV ou uso de drogas imunossupressoras

Por ano, 186 mil pessoas morrem vítimas de linfoma. De acordo com um levantamento realizado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), cerca de 350 mil novos casos são diagnosticados anualmente. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima, para 2012, mais de 9,6 mil ocorrências no Brasil.

O linfoma age diretamente na defesa natural contra infecções do organismo, o sistema linfático. A doença se desenvolve nos linfonodos, que, quando atacados, podem ter como sintoma um aumento indolor no pescoço, porção superior e interior do peito, axilas, abdome ou virilha, bem como febre, suor (principalmente à noite), perda de peso inexplicada e coceira. Porém, se diagnosticado precocemente, a chance de cura do câncer é muito alta.

Foi o caso, por exemplo, da presidente Dilma Rousseff, em 2009, e do ator Reynaldo Gianecchini, no ano passado. Ambos desenvolveram o linfoma não-Hodgkin, que é o mais comum (80% dos casos) e atinge, na maioria das vezes, pessoas com mais de 55 anos. Existe ainda o linfoma de Hodgkin, que é mais raro e acomete, principalmente, jovens e pessoas de meia idade.

Para a médica hematologista Jalise Wolski, da CliniOnco, a incidência do linfoma não-Hodgkin aumenta progressivamente com a idade, passando de 40 casos a cada 100 mil pessoas acima de 65 anos para 80 casos a cada 100 mil pessoas depois dos 75 anos de idade, o que significa um acréscimo 20 vezes maior na faixa etária. Fatores químicos e ambientais podem estar relacionados.

— Em alguns estudos, verifica-se o crescimento aparente da incidência de linfoma em comunidades agrícolas, já outras pesquisas associam componentes específicos de herbicidas e pesticidas à ocorrência da doença, mas não se sabe ao certo quais as razões para esse aumento — observa Jalise.

A especialista explica ainda que, embora ainda não haja consenso para as causas, há um risco maior em pessoas com sistema imune comprometido, como consequência de doenças genéticas hereditárias, infecção por HIV, uso de drogas imunossupressoras, alguns casos de membros da família que apresentaram diagnóstico da doença, além de pessoas que fazem uso de medicações imunossupressoras para evitar rejeição de órgãos transplantados.

Entre os tipos Hodgkin e não de Hodgkin, há subtipos específicos, sendo que entre os linfomas Não-Hodgkin há mais de 20 subtipos. Esses tumores também são classificados pelo grau de multiplicação das células doentes, o que os classifica com de baixo grau ou indolentes, intermediários e agressivos ou de alto grau, de acordo com o tempo de crescimento.

Alta possibilidade de cura
Os pacientes com linfoma de Hodgkin têm alta possibilidade de cura, sendo que esse é considerado o mais curável dos tumores do sangue, com cura em torno de 80% ou mais, dependendo do uso do tratamento adequado e do estadiamento da doença (local onde se instala no organismo), conforme a hematologista.

Para os linfomas não-Hodgkin, a chance de sobrevivência depende do subtipo, da fase em que se encontra o câncer, da saúde do paciente e da resposta ao tratamento, porém entre 50% e 80% dos pacientes sobrevivem cinco anos ou mais. Os linfomas de alto-grau ou agressivos são curados com maior eficácia com o uso de poliquimioterapia, já os linfomas não-Hodgkin de baixo-grau ou indolentes podem ter frequentemente taxas de sobrevida mais longas, alcançando até 10 anos ou mais em alguns casos.

Na visão da especialista, os estudos sobre novas drogas e tecnologias de tratamento estão sendo incorporados ano a ano, o que muda esse cenário em benefício do paciente e aumenta cada vez mais a possibilidade de sucesso no tratamento desse tipo de tumor.

Fonte Zero Hora

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