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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Gaúchas lideram ranking de mães que engravidam após os 30 anos

Número reflete no aumento da procura por tratamentos
 
Quando inúmeros casais se preparam para uma gravidez, nem sempre tudo ocorre como o planejado. Cada vez tendo filhos mais tarde — afinal, a realização na carreira profissional e a estabilidade financeira são uma busca constante —, as mulheres optam por ser mães, muitas vezes, após os 35 anos, idade em que a fertilidade está desacelerando com velocidade, já que a reserva de óvulos diminui consideravelmente.
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde no Brasil, um em cada 10 casais apresentam problemas de fertilidade, sendo que o aumento da idade da primeira gravidez é um dos principais motivos. Dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que esta é uma tendência natural já seguida por outros países, como a Europa e os Estados Unidos.


No Brasil, o Rio Grande do Sul aparece como o primeiro Estado onde um terço das crianças nascidas no ano de 2011 são filhas de mulheres acima dos 30 anos. Cinco anos atrás, esse percentual estava em 32,3%. De acordo com o especialista em reprodução humana Nilo Frantz, esses números se refletem pelo aumento da procura pelas técnicas de fertilização in vitro nos últimos dois anos:
 
— A cada dia, mais mulheres têm adiado a decisão de ter filhos por causa da carreira profissional, da falta de relacionamentos estáveis, da condição financeira ou simplesmente devido à dúvida: "Ser ou não ser mãe?".
 
Porém, não é só a idade o problema. Segundo Marco Melo, especialista no assunto, há outras causas envolvidas.
 
— Podemos dividir em causas masculinas, responsáveis por cerca de 40% dos casos, causas femininas, em cerca de 40% dos casos, infertilidade sem causa aparente (10% dos casos) e fator misto (outras 10% das causas, quando há um problema com o homem e com a mulher simultaneamente). A idade, sem dúvida, é um problema que vem se tornando cada vez mais frequente — ressalta o especialista.
 
Do ponto de vista reprodutivo, o mais importante sobre a idade é que este é o fator de prognóstico mais importante em reprodução humana. Quer dizer: quanto maior a idade da mulher, piores são suas possibilidades de conseguir uma gravidez, o que não ocorre com os homens.
 
O também especialista em reprodução humana, Mauro Bibancos, explica que exames são fundamentais para ajudar a revelar as causas e traçar diagnósticos para cada disfunção, tanto em mulheres quanto em homens:
 
— É importante ressaltar que caso haja suspeita de problemas de fertilidade, o casal deve saber que isto não significa incapacidade permanente de concepção. Com o auxílio profissional para investigar as causas que dificultam a gravidez, é possível partir para o tratamento adequado — afirma.
 
Quanto mais próxima dos 40 anos estiver, mais urgente deve ser iniciado o tratamento de reprodução assistida, pois a fertilidade da mulher diminui após esta idade. Bibancos ressalta, ainda, a importância do planejamento e preparação emocional para quem deseja seguir o tratamento.
 
A medicina reprodutiva tem um arsenal de técnicas e procedimentos que resolvem muitos casos de infertilidade. Mesmo em casos mais severos, quando a mulher não tem um estoque de óvulos de boa qualidade, há a alternativa da doação de óvulos.
 
— Se uma mulher infértil com menos de 30 anos tem até 55% de possibilidade de engravidar em cada tentativa de fertilização in vitro, após os 35 anos esse índice diminui progressivamente, até transformar a ciência num ato de heroísmo. Isso sem falar nos custos e no trauma psicológico — afirma Frantz.
 
Fonte Zero Hora

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