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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Médicos americanos fazem reciclagem nos hospitais do Rio de Janeiro

Universidade de Miami, que dá suporte ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em parceria com o Governo do Rio de Janeiro, viabilizaram que médicos que atendem soldados no front do Afeganistão conhecessem o serviço de saúde brasileiro
 
Médicos responsáveis pelas equipes americanas de atendimentos nos campos de batalha dos Estados Unidos estiveram no Rio este mês para conhecer a rede estadual de saúde. O objetivo é estabelecer uma parceria com o Governo do Estado e, a partir de 2013, os hospitais estaduais que possuem centros de trauma receberão os profissionais norte-americanos que hoje trabalham no atendimento aos soldados no front do Afeganistão.
 
A troca de experiências entre os profissionais de lá e daqui vai ser amplamente favorável aos médicos estaduais, que terão a oportunidade de aprender técnicas novas com profissionais seniores. Por sua vez, a equipe de saúde dos EUA vai cumprir o período regulamentar de reciclagem internacional a que devem passar anualmente.
 
A Universidade de Miami é um dos centros de pesquisa que dá suporte ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Parceira também do Governo do Rio de Janeiro, recentemente recebeu profissionais da Secretaria de Estado de Saúde em sua sede para treinamento no campo da telemedicina.
 
- Atualmente, esses médicos que atuam no Iraque ficam nove meses por ano no país, retornando a cada três meses aos Estados Unidos e ficando por lá por um mês. Em um desses intervalos ele deve fazer uma reciclagem. Nossa ideia é que eles passem 15 dias na Universidade de Miami e os outros 15 aqui no Rio de Janeiro, atuando nos centros de trauma da rede estadual – adiantou Antonio Marttos, diretor de Telemedicina do Trauma da Universidade de Miami.
 
A visita começou pelo Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, que possui o maior CTI adulto e pediátrico do estado (75 leitos adulto e 11 infantil) e que dá suporte a uma população de mais de 2 milhões de pessoas. Lá, conheceram a estrutura do futuro centro de trauma, as UTIs adulto e pediátrica e o tomógrafo da unidade, que realiza cerca de 2,3 mil exames por mês.
 
Em seguida, o grupo visitou a UPA São Gonçalo I, no Colubandê. Um dos integrantes da comitiva, o médico e comandante do Exército americano, Casper Jones, ficou impressionado com o sistema de Business Intelligence (BI) usado nas Unidades de Pronto-Atendimento. O sistema permite visualizar o número de atendimentos de cada unidade, quantas vezes o mesmo paciente foi até à UPA em determinado período, acompanhar o desempenho da equipe multiprofissional, entre outras informações.
 
- De tudo que vi aqui, o que mais me impressionou foi esse sistema que consegue controlar informações muito importantes para a gestão das unidades. Vocês podem ver as estatísticas e controlar tudo o tempo todo – comentou Casper.
 
Novos projetos – Da UPA, o grupo seguiu para Rio Bonito para conhecer o tomógrafo móvel e, de lá, foi para a sede da Secretaria assistir a uma apresentação sobre a estrutura de assistência do estado e os planos para o futuro, incluindo o legado para a saúde pública após Copa do Mundo e Olimpíadas. O secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, falou sobre os novos projetos, como os hospitais do Cérebro, de Cardiologia, de Transplante, do Idoso, de Oncologia da Baixada e o Rio Imagem 2, e comentou os próximos desafios.
 
- Diferentemente da estrutura americana, nós optamos por fazer hospitais especializados em determinadas áreas. Com isso, pretendemos criar polos de excelência. Nossos desafios futuros são a implantação da telemedicina em algumas de nossas unidades e a preparação para os grandes eventos que vamos receber. Já temos a experiência do Réveillon em Copacabana e o carnaval, mas o tipo de turista que vem para esses eventos é diferente – explicou o secretário.
 
Ao final da apresentação, os médicos da comitiva aproveitaram para contar um pouco de sua experiência no Iraque e no Afeganistão e comentaram suas impressões sobre o que viram nas unidades da SES.
 
- Estou muito impressionado com o que a secretaria conseguiu construir em apenas seis anos. Isso é fenomenal – comemorou David Angelette, ex-médico do Exército americano que atuou no Iraque e no Afeganistão.
 
Parcerias estrangeiras – Em agosto, uma equipe formada por médicos e enfermeiros da SES embarcou para os Estados Unidos onde recebeu treinamento no Ryder Trauma Center, da Universidade de Miami. A programação incluiu, além de aulas teóricas, o acompanhamento de plantões, onde puderam ver in loco os conhecimentos adquiridos em aula. A programação também contou com minicursos com aplicação direta ao atendimento do politraumatizado.
 
Em janeiro, um outro grupo de médicos e enfermeiros fez um treinamento de algumas semanas no Shock Trauma Center Adams Cowley, Centro de Trauma da Universidade de Maryland, em Baltimore, referência para o atendimento ao presidente norte-americano Barack Obama em casos de emergências. Os dois treinamentos são frutos de convênios assinados entre a SES e as respectivas universidades americanas.
 
Os profissionais que passaram pelos treinamentos estão sendo preparados para atuar nos futuros centros de trauma do Estado do Rio de Janeiro. Eles ficarão nos hospitais estaduais Alberto Torres, Albert Schweitzer, Adão Pereira Nunes, no novo Hospital Rocha Faria e no Hospital Estadual de Trauma, que será construído na Baixada Fluminense.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro
 
Fonte SaudeWeb

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