São seres humanos que têm esse problema e têm direito a atendimento digno, como todas as outras pessoas |
“Aqui no Rio não tem onde internar os pacientes. Além disso, é necessário que
se tenha uma equipe preparada para atender a esse tipo de problema”, disse o
representante do Cremerj. Ele se mostrou favorável à internação involuntária.
“Nós somos a favor da internação do paciente, que infelizmente não tem o
autocontrole. Essa droga [o crack] tira completamente o desejo do
indivíduo de fazer qualquer coisa, a não ser quando ele cai em si e vê que está
acabando com sua vida”.
Geraldes disse que essas operações só podem ocorrer com acompanhamento direto
de um profissional de medicina. “Só pode ser feito com médico, que tem de
avaliar se é caso de internação ou não, inclusive na internação compulsória, que
é feita pelo juiz. Ele consulta o médico para saber realmente se o caso seria de
internação.”
O representante do Cremerj salientou que as ações de recolhimento devem ser
feitas com cuidado, respeitando a dignidade dos usuários. “A operação deve ser
feita com os profissionais preparados para isso. Não pode ser feita de forma
atabalhoada nem policialesca. São seres humanos que têm esse problema e têm
direito a atendimento digno, como todas as outras pessoas.”
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) foi procurada para
comentar a avaliação do Cremerj, mas não se pronunciou até a publicação desta
matéria.
Fonte Agência Brasil
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