Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Um quinto das vítimas de acidentes de trânsito atendidas em hospitais ingeriu álcool, aponta pesquisa

Pessoas entre 20 e 39 anos respondem por 56% dos casos
de agressão e 39% dos acidentes de trânsito
Levantamento do Ministério da Saúde também indica que metade das vítimas de agressão também consumiu bebida alcoólica
 
Um quinto das vítimas de acidente de trânsito atendidas nos pronto-socorros brasileiros ingeriu bebida alcoólica. Também teve contato com álcool metade das pessoas (49%) que precisaram de socorro por algum tipo de agressão. São as conclusões de um estudo inédito, realizado pelo Ministério da Saúde, que reforça a ligação da bebida com a violência.
 
Apresentado na tarde desta terça-feira em Brasília, com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o estudo batizado de Viva (Vigilância de Violências e Acidentes) compilou dados de 2011, colhidos em 71 hospitais de todo o país que realizam atendimentos de urgência e emergência pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
 
A pesquisa reuniu informações de 47 mil vítimas de violência e acidentes de trânsito, e serve como bases para ações preventivas do governo federal. O levantamento identificou os jovens como as principais vítimas do álcool. Pessoas entre 20 e 39 anos respondem por 56% dos casos de agressão e 39% dos acidentes de trânsito.
 
— As vítimas estão no auge da capacidade produtiva e têm boa escolaridade, o que afeta as famílias e a economia — apontou o ministro Padilha.
 
Responsável por 42,4 mil óbitos em 2011 — quase um terço das mortes por causas não naturais no país —, o trânsito recebeu atenção especial de Padilha e do ministro interino das Cidades, Alexandre Cordeiro Macedo. Os dados indicaram que entre as vítimas do trânsito, 21,4% dos pedestres, 22,3% dos condutores e 17,7% dos passageiros apresentavam sinais de embriaguez ou confirmaram o consumo de álcool. O maior rigor na Lei Seca, com punições e fiscalização mais severas, foi apontado como caminho para diminuir os índices.
 
— Os Estados que aumentaram as blitze foram exatamente os que estão conseguindo reduzir acidentes e óbitos — ressaltou Padilha.
 
O estudo também revelou que mais da metade das vítimas do trânsito (56,8%) estavam em motos, o que coloca os motociclistas no foco da próxima campanha de conscientização que será realizada pelo Ministério das Cidades.
 
— A segurança no trânsito está relacionada a três pilares: conscientização, legislação efetiva e fiscalização eficiente — afirmou o ministro interino Alexandre Macedo.
 
Já dentro das agressões, o levantamento ajudou a desfazer dois mitos. Não é somente o agressor que age sob efeito álcool. Quase metade das vítimas de violência admitiu o consumo de bebida ou apresentava sinais de embriaguez. O estudo também indicou que as agressões são rotineiras com pessoas escolarizadas.
 
— Quase um terço das vítimas (28%) de violência tem de nove a 11 anos de escolaridade. A imagem de que vítima de violência é algo presente apenas em pessoas de baixa renda e baixa escolaridade não se sustenta — destacou o ministro Padilha.
 
Fonte Zero Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário