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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Óxido nítrico torna células do melanoma resistentes à quimioterapia

Pesquisa fornece novas opções para enfraquecer as células cancerosas por meio do corte no suprimento do gás NO
 
Estudo realizado por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, nos EUA, descobriu como as células do melanoma utilizam o óxido nítrico (NO) para resistir à quimioterapia.
 
A pesquisa abre a possibilidade de enfraquecer as células de câncer cortando seu suprimento de NO.
O pesquisador Luiz Godoy e seus colegas desvendaram o mecanismo por trás da resistência do melanoma à cisplatina, droga de quimioterapia. Estudos em andamento descobriram que o tratamento com cisplatina também aumenta os níveis de NO no câncer de mama e cólon.
 
"Isso pode ser um mecanismo que é amplamente compartilhado em diferentes tipos de câncer, e se você usar os medicamentos que já são utilizados para tratar o câncer, juntamente com outros medicamentos que poderiam limpar ou diminuir a produção de NO, poderíamos ter um efeito sinérgico", afirma Godoy.
 
NO tem muitas funções dentro de células vivas. Em baixas concentrações, ele ajuda a regular processos tais como a morte das células e a contração muscular. NO, que é um radical livre, é também importante para a função do sistema imune. Células do sistema imunológico, tais como os macrófagos, produzem grandes quantidades de NO durante a infecção, ajudando a matar micróbios invasores, danificando o seu DNA ou outros componentes celulares.
 
Segundo os pesquisadores, NO é uma molécula que tem um duplo efeito. A baixas concentrações, pode atuar como uma molécula de sinalização, enquanto a concentrações elevadas são tóxicos.

Eliminando NO
No novo estudo, os pesquisadores trataram células de melanoma cultivadas em laboratório com drogas que capturam NO antes que ele possa agir. Eles, então, trataram as células tratadas com cisplatina e monitoraram a taxa de morte celular.
 
As células sem NO tornaram-se muito mais sensíveis à droga, confirmando observações anteriores.
 
A equipe, em seguida, foi um passo além, investigando como NO confere benefícios a sua sobrevivência. Já se sabia que o óxido pode alterar a função da proteína por meio de um processo conhecido como S-nitrosação, que envolve a ligação entre NO e a proteína alvo. S-nitrosação pode afetar muitas proteínas, mas, neste estudo, os investigadores centraram-se em duas que estão fortemente relacionadas com a morte celular e sobrevivência, conhecidas como caspase-3 e PhD2.
 
O papel da caspase-3 é o de estimular o suicídio celular, sob as condições apropriadas, mas a adição de NO à proteína a desativa. Isso impede que a célula morra, mesmo quando tratadas com cisplatina.
 
PhD2 também está envolvida na morte da célula, sua função é ajudar a quebrar uma outra proteína chamada HIF-1-alfa, que é uma proteína pró-sobrevivência. Quando NO inativa PhD2, HIF-1 alfa permanece intacta e mantém as células vivas.
 
Os pesquisadores também descobriram que em algumas células cancerosas, os níveis de NO foram cinco vezes maiores do que o tratamento normal após cisplatina. Godoy está investigando agora como a cisplatina estimula esse aumento de NO, e está também à procura de outras proteínas que NO pode atacar.
 
A equipe agora planeja iniciar testes com cisplatina em combinação com fármacos que bloqueiam a produção de NO, em animais.
 
Fonte isaude.net

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