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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Fabricante indiana de medicamentos busca receita de R$ 1 bilhão com genérico

Brasil Econômico/ Rodrigo Capote
Famá considera fábrica no Brasil se
 as vendas aumentarem
Meta dever ser atingida pela empresa em cincoanos com 40 novos produtos
 
A Torrent, fabricante indiana de medicamentos, presente no Brasil há 10 anos, vai dar um novo passo para se consolidar de vez no país. A empresa que só atuava por meio da venda 30 medicamentos similares (produto que possuem os mesmo princípios ativos do original mas com marca diferente) anuncia agora sua entrada no mercado de genéricos.
 
“Vamos iniciar as vendas até junho deste ano a partir de 12 moléculas, sendo três exclusivas”, revela Orlando Famá Júnior presidente da Torrent para o Brasil. Entre os medicamentos estão um anti-hipertensivo e um antidiabético.
 
Com faturamento de R$ 250 milhões em 2012 — 23% a mais do que no ano anterior, o executivo conta que sua intenção é atingir uma receita de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos a partir da expansão da linha de genéricos. “Nos próximos anos queremos ter 40 novos produtos na linha de genéricos”, afirma Famá, que já espera atingir participação de mercado entre 1% a 2% em até dois anos.
 
Segundo ele, mesmo com a expansão na oferta de produtos no Brasil, a empresa não pretende mudar, no curto prazo, o local de fabricação dos produtos, que ocorre na Índia onde a companhia possui quatro fábricas. Mas se o cenário da Torrent se mantiver positivo, o executivo considera mudar essa estratégia.
 
“Temos a intenção de instalar uma fábrica no Brasil mas estamos aguardando o volume de venda crescer. Achamos que a fábrica será necessária a partir do momento que atingirmos o faturamento de R$ 1 bilhão”, explica Famá.
 
Para este ano, a previsão da Torrent é atingir uma alta de 23% no faturamento — motivado principalmente pela entrada dos genéricos. “É uma aposta conservadora e acreditamos que os números serão ainda maiores nos próximos anos.”
 
Disposta a se adequar ao novo cenário, a Torrent já ampliou seu centro de armazenagem, localizado em São Paulo. “Agora estamos operando em um espaço de 3.400 metros quadrados com um estoque disponível para quatro meses.”
 
Avanço
A Torrent chegou ao Brasil buscando um caminho diferente de seus concorrentes. “Há 10 anos quando o governo lançava os genéricos optamos por seguir na contramão apostando nos similares, mas com o diferencial de ter preços mais acessíveis.”
 
Segundo Famá, a aposta foi assertiva. “Nesse período criamos um bom canal comercial com os médicos o que fez com que a marca se tornasse conhecida dos consumidores. A partir dessa consolidação foi possível dar o novo passo”, revela o executivo. E o Brasil já se tornou a “menina dos olhos” dos indianos da Torrent. O país já aparece como o segundo mercado em faturamento, na frente de 78 países onde também atua a companhia.
 
Por aqui a empresa tem focado em medicamentos para as áreas de cardiologia, neurologia, psiquiatria e endocrinologia. A aposta tem uma simples justificativa: “São medicamentos de uso contínuos”, destaca o presidente que com a nova oferta de medicamentos para os próximos anos não descarta a possibilidade de entrar em outras áreas.
 
Fonte Brasil Econômico

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