Sociedade Brasileira de Glaucoma
Dupla de personagens “Olho e Colírio” interagem com a
população da cidade de 20 a 24 de maio para alertar sobre
cegueira sem cura pelo glaucoma
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Entrar em um ambiente escuro com os olhos vendados e, pelo tato, descobrir quais objetos estão expostos ali. Tudo isso, guiado por voluntários com deficiência visual. Trata-se da sala sensorial, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Glaucoma que faz parte da campanha de conscientização para os riscos da doença. As ações, começaram ontem (20) e vão até a sexta-feira (24).
A sala sensorial é o principal destaque da iniciativa. Ela abre ao público apenas quinta-feira (23), entre 9h e 16h, no vão livre do MASP, na avenida Paulista.
Além da visita guiada, o local vai proporcionar aos visitantes sensações olfativas como identificar cheiros de canela, manjericão, café, gengibre, entre outros alimentos.
O glaucoma é uma doença ocular hereditária, que pode causar cegueira irreversível. Ela atinge 60 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que os brasileiros afetados somam mais de 1 milhão. É uma doença silenciosa, causada pelo aumento da pressão intraocular, lesando o nervo óptico.
Segundo uma pesquisa do IBOPE, grande parte dos brasileiros não tem o hábito de visitar um oftalmologista – ou até mesmo nunca passou por uma consulta. Essa falta de cuidados resulta no diagnóstico tardio da doença, quando já houve uma perda significativa da visão, não sendo possível reverter o quadro.
O foco da campanha é justamente conscientizar a população da importância dos exames preventivos – especialmente para pessoas de etnia negra ou afrodescendente, já que esse grupo étnico-racial tem mais quatro vezes mais chances de desenvolver glaucoma.
“Lutar contra o glaucoma é um grande desafio. A doença não tem cura, mas pode ser tratada e evitar a perda da visão desde que seja descoberta o quanto antes.”, afirma Vital Paulino Costa, presidente da SBG e Chefe do Setor de Glaucoma da Unicamp.
A campanha na capital paulista terá ainda os personagens “Olho” e “Colírio”, posicionados em pontos estratégicos da cidade para alertar a população sobre os riscos da cegueira sem cura.
Pessoas a partir de 40 anos estão mais propensas a desenvolver o glaucoma e esse número chega a triplicar em idosos acima de 70. Míopes com lentes acima de seis graus, diabéticos e outros que já tiveram alguma doença ocular também estão no grupo de risco.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados cerca de 2,4 milhões de novos casos da doença a cada ano no mundo. Por conta disso, a dupla "Olho e Colírio" também distribuirá cartilhas educativas, conscientizando sobre a importância do uso do colírio para o tratamento do glaucoma.
Fonte iG
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