Rio de Janeiro - O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into)
iniciou, ontem (20), um novo mutirão que irá beneficiar 80 pacientes que
necessitam de cirurgia de ombro. A ação vai até a próxima sexta-feira (24) e
está concentrada no tratamento das lesões do ombro.
O mutirão vai ser realizado focando dois grupos: o primeiro com jovens de 20
a 30 anos, que sofreram quedas ou por praticar esportes como lutas,
surf, vôlei e futebol. De acordo com o chefe do Centro de Cirurgia de
Ombro e Cotovelo do Into, Martim Teixeira Monteiro, "a instabilidade é um
problema que causa o desgaste da articulação do ombro dos jovens e há casos de
pacientes que sofreram mais de 15 deslocamentos de ombro, aumentando o defeito
ósseo", disse.
O segundo foco é nos pacientes entre 50 e 70 anos, que também apresentam
lesões. De acordo com o ortopedista Martim Monteiro, o manguito rotador é um
grupo de músculos e tendões que facilitam a articulação do ombro. Quando ocorre
a lesão, os tendões podem se romper e causar dor, fraqueza e perda de força
muscular, dificultando a movimentação do braço. "O tratamento cirúrgico consiste
na fixação dos tendões junto à cabeça do úmero com a utilização de pequenos
parafusos, chamados de âncoras, que são bioabsorvíveis", explicou.
Somente no primeiro dia, as quatro equipes de especialistas em ombro
realizaram 20 cirurgias. Segundo o chefe do serviço, Martim Monteiro, "foi um
dia ótimo dia, com grande sucesso e que rendeu muito".
O Centro de Cirurgia de Ombro e Cotovelo realiza 450 crirugias por ano, em
média, sendo a maioria de reconstituição do manguito rotador. A maioria dos
casos envolve mulheres acima de 50 anos que apresentaram problemas por causas
diversas, como as de origem vascular, degenerativa ou por impacto.
A iniciativa em realizar o mutirão faz parte das medidas do Ministério da
Saúde para ampliar a capacidade de atendimento do Into e reduzir o tempo de
espera por cirurgias ortopédicas no Rio de Janeiro.
Este ano, o Into já realizou cinco ações beneficiando 357 pacientes em um
total de 386 cirurgias, realizadas pelos centros especializados em quadril,
coluna, tumor, ortopedia pediátrica e joelho.
Fonte Agência Brasil
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