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terça-feira, 21 de maio de 2013

Entenda os medos de seu filho

Entenda os medos de seu filho Stock Photos/Divulgação
Adultos devem ajudar as crianças a superar seus medos
 sem maiores percalços
Sentimento normal das crianças pode se tornar patológico
 
Ter medo é sinal de saúde e de normalidade. Faz parte do desenvolvimento infantil se assustar com o escuro, com trovões ou com monstros. O que deve preocupar é a criança que não tem medo nenhum ou a que leva o medo a extremos patológicos.
 
— Os medos estão ligados às etapas do desenvolvimento que as crianças inevitavelmente irão passar — tranquiliza a psicóloga Ana Carolina Andrade Coelho, especialista em psicoterapia de infância e adolescência.
 
Tome-se o medo de trovões e tempestades, por exemplo. Ele é típico de uma fase entre os dois e os quatro anos, quando a criança está percebendo que não tem controle sobre todos os eventos do mundo. Ela vive um conflito entre aceitar e negar essa realidade.
 
— A criança tem a ilusão de que cria o universo e domina o ambiente. O trovão vem como ameaça a essa onipotência. A descoberta de que o mundo é maior do que ela imaginava gera resistência e ansiedade. Isso tem a ver com todo o processo de reconhecimento da autoridade e de regras — explica a doutora em Psiquiatria Fernanda Serralta.
 
Cabe ao adulto ajudar na construção de pontes para que a criança supere seus temores sem maiores percalços. Ele também precisa ficar atento para identificar quando o medo começa a virar fobia — o que requer um atendimento especializado. É motivo de preocupação um pânico intenso, prolongado e que não cessa quando a ameaça não está mais presente.
 
Em muitos casos, em vez de ajudar, o adulto cria a dificuldade. Para começar, há uma tendência de que a criança reproduza os temores, ansiedades e inseguranças que observa nos pais. Se na hora de buscar o filho na escola a mãe embarca no carro tremendo, com medo de ser assaltada, fica difícil evitar que a criança também se torne tensa. Outra forma prejudicial de agir é educar a criança por meio de ameaças.
 
— Não podemos dizer para a criança que não existe bruxa debaixo da cama quando ela chora no quarto e, na manhã seguinte, ameaçar que a bruxa vai pegá-la se ela não comer. Lamentavelmente, vejo acontecer muito isso na meu cotidiano profissional — diz a psicóloga Solange Lompa Truda.
A psicóloga Luciana Suárez Grzybowski, professora da Unisinos, acrescenta:
 
— Todo tipo de sofrimento físico e psíquico causado aos filhos pode gerar medo e marcar a criança pela vida toda. Educar em cima do pressuposto do medo é algo extremamente danoso e com consequências psíquicas e sociais já comprovadas.

Fonte Blog Meu Filho

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