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terça-feira, 21 de maio de 2013

Homens são prejudicados por políticas globais de saúde, afirmam especialistas

Instituições de saúde globais devem começar a lidar com as normas sociais e os interesses comerciais que levam os homens a assumir riscos para sua saúde
Foto: UN Photo/Tim McKulka
Instituições de saúde globais devem começar a lidar com
as normas sociais e os interesses comerciais que levam
os homens a assumir riscos para sua saúde
Análise de dados do Global Burden of Disease: 2010 revela ausência de estratégias globais com foco nas necessidades masculinas
 
Os homens experimentam uma maior carga de doença e menor expectativa de vida do que as mulheres, mas as políticas de saúde com foco nas necessidades dos homens são notavelmente ausentes entre as estratégias das organizações de saúde globais, de acordo com um artigo publicado na revista The Lancet.
 
O artigo reinterpreta os dados do estudo Global Burden of Disease: 2010 que mostra que todas as dez principais causas de morte prematura e incapacidade e os dez principais fatores de risco comportamentais que conduzem as taxas de problemas de saúde em todo o mundo, afetam mais os homens do que as mulheres.
 
Em cada região do mundo, homens morrem em uma idade mais jovem do que as mulheres e os menores declínios nas taxas de mortalidade globais ao longo dos últimos 40 anos tem sido experimentado por jovens com idades entre 25 e 39 anos.
 
O artigo, escrito pela pesquisadora Sarah Hawkes do University College London Institute for Global Health e por Kent Buse da UNAIDS, analisou as respostas das principais instituições de saúde globais e descobriu que os esforços e recursos estão focados mais frequentemente em necessidades de saúde das mulheres.
 
Os autores argumentam que as instituições de saúde globais devem começar a lidar com as normas sociais e os interesses comerciais que levam os homens a assumir riscos para sua saúde.
 
"O consumo de álcool e tabagismo, em particular, estão sujeitos a pressões sociais que resultaram em homens correndo globalmente três vezes mais risco de contrair doenças devido a esses comportamentos em relação às mulheres. Estas normas e costumes são claramente perpetuadas por todos nós, e exploradas por interesses comerciais", afirma Hawkes.
 
Segundo Hawkes, a comunidade global de saúde tem feito progressos reais em reconhecer e tratar o sexo inseguro, agora devemos fazer o mesmo para o ' gênero inseguro' .
 
"Nós reconhecemos que as mulheres estão em desvantagem em muitas sociedades e consideramos o avanço das mulheres central para o desenvolvimento sustentável, mas isso não implica que a comunidade internacional não tenha responsabilidade de promover e proteger a saúde dos homens também", destaca Hawkes.
 
De acordo com Buse, a comunidade global de saúde está tendo uma visão míope. Os fatores que desencadeiam problemas de saúde nos homens são os mesmos emergentes das doenças nas mulheres. "É o momento de os decisores políticos confrontarem o gênero na saúde global e enfrentarem os interesses que se interpõem entre nós e a boa saúde para todos".
 

Fonte isaude.net

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