Brasília - Dos 79 índios diagnosticados com tuberculose em uma ação de
controle da doença implementada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei)
de Manaus na comunidade indígena de Lago do Capanã Grande, 37 passaram por
exames de raio X. O Dsei é da estrutura da Secretaria Especial de Saúde Indígena
(Sesai), do Ministério da Saúde.
Segundo a coordenadora da ação, a enfermeira Wildys Feitosa, desse total,
sete começaram o tratamento para o esquema básico de saúde, 13 são medicados
para infecção latente e 17 aguardam o resultado do exame radiológico.
Em entrevista à Agência Brasil, Wildys Feitosa disse que os
índios estão orientados a procurar a equipe de técnicos e enfermeiros instalados
em um laboratório montado no município de Manicoré. “A adesão tem sido positiva.
Eles querem ser tratados o mais rápido possível”. Para Wildys, a distância de
onde está situado Lago do Capanã Grande para Manaus faz com que os indígenas
façam os exames aos poucos.
Wildys ressaltou que o acesso limitado às aldeias dificulta a identificação
da doença. Há casos em que todos os membros da família têm a doença, mas não
apresentam nenhum sintoma, fazendo com que o paciente não procure tratamento. “O
problema é histórico e estava camuflado. Eles precisam de ajuda”.
Para que o tratamento seja eficaz, agentes indígenas de saúde monitoram os
índios diagnosticados por meio do chamado tratamento diretamente observado, que
consiste na observação da ingestão dos medicamentos, preferencialmente todos os
dias, para evitar que abandonem o medicamento. “Muitos começam a tomar o remédio
e pensam que já estão curados, abandonando a medicação”. A duração do tratamento
é seis meses.
Wildys informou que haverá ações como essa durante todo o ano. A próxima ação
será feita em junho em Boca do Jauari. Em agosto, será a vez de Punta Natal.
Fonte Agência Brasil
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