Hoje não há um limite de quantos exames uma pessoa pode fazer em segurança. Quanto menos, melhor |
Há mais de uma década, os periódicos científicos publicam artigos sobre os
perigos da tomografia para as crianças. Em 2001, um estudo no "Jornal Americano
de Radiologia" dizia que elas estariam recebendo doses de radiação até cinco
vezes maiores do que o necessário.
Os novos estudos estão cada vez mais assertivos, ainda que se levem em conta
as limitações metodológicas.
O fato é que existe um movimento mundial por menos exames radioativos nos
pequenos. No caso de doenças pulmonares crônicas, já se discute dispensar fases
do protocolo do tratamento (que prevê exames periódicos) para evitar a radiação.
Hoje não há um limite de quantos exames uma pessoa pode fazer em segurança.
Quanto menos, melhor.
Nos hospitais brasileiros, porém, pouca coisa mudou. Exceto por instituições
de referência que já adotam mecanismos para reduzir a radiação, com programas ou
aparelhos mais novos, ou por médicos que deixaram de pedir exames
desnecessários, a maioria parece que ainda não se convenceu dos riscos.
O Instituto da Criança do Hospital das Clínicas vem tentando motivar os
médicos a só pedir tomografias em situações necessárias. A proposta é que
invistam no exame clínico ou em testes sem radiação, como o ultrassom.
É um caminho, mas que deve ser trilhado em conjunto com uma fiscalização mais
atuante da segurança dos tomógrafos. Já a população deveria pedir por escrito a
dose de radiação a que foi submetida e se conscientizar de que exame demais (e
desnecessário) faz mal à saúde.
Fonte Folhaonline
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