Nesta terça-feira (11), a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgou que, no ano passado, 33 mulheres paulistanas foram internadas por dia em decorrência de miomas — tumor benigno localizado no útero.
No total, foram 12 mil internações em todo o Estado em 2012, número 15% maior que em 2008, quando 10,5 mil mulheres foram internadas pelo mesmo motivo.
Como o mioma é “alimentado” pelo estrógeno, — hormônio liberado durante todo o período fértil, que vai da primeira menstruação até a menopausa —, 80% dos casos de internações registrados são em mulheres entre 20 e 49 anos.
Entre as principais causas do aparecimento de miomas, está o fator hereditário. Além disso, mulheres da raça negra tem maior probabilidade de desenvolver o problema. O ginecologista André Luiz Malavasi, diretor do setor de ginecologia do hospital estadual Pérola Byington, ressalta a importância do tratamento.
— É importante que as mulheres façam acompanhamento regular com o médico, já que os miomas, geralmente são assintomáticos. Em casos mais graves, a paciente pode apresentar sintomas como dores durante o período menstrual, hemorragia, desconforto abdominal, infertilidade e até dor durante a relação sexual.
Segundo o médico, o tratamento é escolhido de acordo com alguns fatores, como idade, saúde geral da mulher, gravidade dos sintomas, tipo do mioma e o desejo de engravidar futuramente.
Quando a paciente não apresenta sintomas, o tratamento é ambulatorial. Em mulheres que desejam ter filhos posteriormente, é feita a miomectomia — cirurgia na qual se retiram apenas os miomas.
Como a possibilidade de voltar a ter um mioma é alta, as mulheres não devem retardar a gestação após a cirurgia, pois caso contrário, voltarão a apresentar os mesmos sintomas. Em caso de paciente que não deseja mais engravidar, todo o útero é retirado. Em mulheres com idade próxima da menopausa, é aconselhável o tratamento medicamentoso, visto que ao sair do período fértil, a tendência é o mioma sumir.
— É muito importante lembrar que o mioma não vira câncer, ele é uma neoplasia benigna que cresce com a liberação do hormônio estrógeno, por isso acomete a maioria das mulheres em idade fértil.
Fonte R7
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