(Jose Jordan/AFP)
O médico Pedro Cavadas, responsável por realizar, em 2011,
o primeiro transplante de duas pernas no mundo
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"O paciente transplantado no Hospital La Fe em 2011 precisou ser submetido a
uma cirurgia para amputar as duas extremidades enxertadas (...), porque sofria
de complicações por uma doença que não está relacionada com o transplante",
indicou o hospital público, localizado em Valência, na costa leste da Espanha,
em um comunicado.
"Para receber o tratamento adequado para a doença, ele precisou parar de
tomar o medicamento imunossupressor que precisava após o transplante, já que
essas drogas dificultam o processo de recuperação", explicou a instituição.
"Nesses casos, o protocolo estabelece que, se o órgão transplantado não é um
órgão vital, deve ser removido do paciente, de modo que ele possa receber um
tratamento para a doença que parece ser mais grave e urgente", afirma o
hospital, que explicou não ter sido autorizado pelo paciente a dar mais
informações sobre o seu estado de saúde.
O transplante foi realizado em julho de 2011 pelo cirurgião espanhol Pedro
Cavadas em um jovem biamputado. Em 2008, Cavadas realizou o primeiro transplante
duplo de braço e, em 2009, o primeiro transplante de rosto, todos na Espanha.
O transplantado, cuja identidade não foi revelada, tinha perdido as duas
pernas em um acidente de carro e teve de ser amputado acima do joelho.
A Espanha manteve-se em 2011 como o primeiro país no mundo em transplantes de
órgãos, apesar da crise, de acordo com dados da Organização Nacional de
Transplantes (ONT), com mais de 4.200 transplantes realizados e uma taxa de 35,3
de doadores por milhão de habitantes, contra 28,1 em Portugal, 26 nos Estados
Unidos e 25 na França.
Fonte Folhaonline
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