Foto: Carlinhos Rodrigues / Agencia RBS Em até 85% dos casos, a doença é idiopática, ou seja, com causa desconhecida |
Ombros ou quadris que parecem assimétricos, coluna vertebral encurvada anormalmente para o lado, fadiga na coluna após longa permanência de pé ou sentado.
Os sinais da escoliose, um dos mais conhecidos desvios da coluna vertebral, são muitos, e o diagnóstico da doença é mais comum do que se imagina — chega a estar presente em até 3% da população em geral.
A escoliose é um desvio anormal da coluna vertebral e pode ser avaliado pelo médico em exame clínico, observando a curvatura ao olhar o paciente de frente ou de costas. O neurocirurgião Paulo Porto de Melo afirma que a doença não causa necessariamente dor ou incapacidade, mas também não melhora com a idade.
— É uma doença progressiva e somente um diagnóstico e intervenção precoces podem minimizar a curvatura e impedir a sua progressão — explica.
Existem várias causas diferentes para o aparecimento da escoliose. A doença pode ser congênita, quando a pessoa nasce com a má formação, sindrômica, em que é associada a outras doenças, neuromusculares, que provém de doenças neurológicas ou musculares, e idiopática, com causa desconhecida. Em até 85% dos casos, a doença é idiopática, ou seja, não se pode encontrar a causa.
Curvatura pode ser estigmatizante
Entre as idiopáticas, a mais comum é a escoliose do adolescente, que corresponde a aproximadamente a 80% dos casos. Nessa fase, o risco de progressão da curva é maior, porque a taxa de crescimento do corpo é mais rápida e muitas vezes não tem nenhum sintoma visível, até que tenha progredido significativamente.
É mais prevalente em meninas do que em meninos e, geralmente, elas são oito vezes mais propensas a precisar de tratamento. O neurocirurgião alerta que, após o diagnóstico da doença, o paciente deve ser observado periodicamente.
No caso em que a escoliose é progressiva, o uso de colete ortopédico pode ser o primeiro tratamento para impedir a sua progressão. Mas, se observadas numa fase mais avançada, as deformidades não respondem mais a esse tipo de tratamento, passando então a ter indicação cirúrgica.
Além dos sintomas clínicos, sintomas psíquicos também podem estar presentes e, eventualmente, originar a principal indicação cirúrgica. Isto se deve ao fato da curvatura ser estigmatizante, levando usualmente o paciente à retração social que, em casos extremos, pode até atrapalhar o desempenho no trabalho.
Melo explica que, se diagnosticada ainda criança ou adolescente, a escoliose usualmente leva a situações de brincadeiras constrangedoras para o paciente.
— A avaliação psicológica no momento do diagnóstico e o seguimento do paciente por profissional habilitado é importante, pois garantirá não somente um desenvolvimento psíquico adequado, como também a eventualidade da deformidade se tornar insuportável para o paciente do ponto de vista psíquico.
Quando é necessária a cirurgia?
A cirurgia de escoliose é um dos procedimentos mais complexos e pode durar de cinco a 10 horas. Em alguns casos, ela necessita ser realizada em duas etapas, dependendo da gravidade.
A opção pela operação, no entanto começa a ser recomendada quando as curvas são maiores do que 40 a 45 graus e continuam a progredir, ou para pacientes com curvas maiores que 50 graus.
Pessoas que possuem curvaturas inferiores a 25 graus são usualmente acompanhados em consultas trimestrais, monitorados e tratados com fisioterapia e RPG. Já os pacientes com potencial de crescimento e curvaturas entre 25 e 50 graus são tratados com coletes específicos, no intuito de direcionar o crescimento da coluna em um ângulo adequado, minimizando a possibilidade de cirurgia futura.
— No caso de adolescentes, ás vezes é preciso aguardar até que os ossos parem de crescer. Entretanto, pode ser que se necessite de cirurgia antes disso, se a curva na coluna for grave ou estiver se agravando rapidamente — esclarece o médico.
Os sinais da escoliose, um dos mais conhecidos desvios da coluna vertebral, são muitos, e o diagnóstico da doença é mais comum do que se imagina — chega a estar presente em até 3% da população em geral.
A escoliose é um desvio anormal da coluna vertebral e pode ser avaliado pelo médico em exame clínico, observando a curvatura ao olhar o paciente de frente ou de costas. O neurocirurgião Paulo Porto de Melo afirma que a doença não causa necessariamente dor ou incapacidade, mas também não melhora com a idade.
— É uma doença progressiva e somente um diagnóstico e intervenção precoces podem minimizar a curvatura e impedir a sua progressão — explica.
Existem várias causas diferentes para o aparecimento da escoliose. A doença pode ser congênita, quando a pessoa nasce com a má formação, sindrômica, em que é associada a outras doenças, neuromusculares, que provém de doenças neurológicas ou musculares, e idiopática, com causa desconhecida. Em até 85% dos casos, a doença é idiopática, ou seja, não se pode encontrar a causa.
Curvatura pode ser estigmatizante
Entre as idiopáticas, a mais comum é a escoliose do adolescente, que corresponde a aproximadamente a 80% dos casos. Nessa fase, o risco de progressão da curva é maior, porque a taxa de crescimento do corpo é mais rápida e muitas vezes não tem nenhum sintoma visível, até que tenha progredido significativamente.
É mais prevalente em meninas do que em meninos e, geralmente, elas são oito vezes mais propensas a precisar de tratamento. O neurocirurgião alerta que, após o diagnóstico da doença, o paciente deve ser observado periodicamente.
No caso em que a escoliose é progressiva, o uso de colete ortopédico pode ser o primeiro tratamento para impedir a sua progressão. Mas, se observadas numa fase mais avançada, as deformidades não respondem mais a esse tipo de tratamento, passando então a ter indicação cirúrgica.
Além dos sintomas clínicos, sintomas psíquicos também podem estar presentes e, eventualmente, originar a principal indicação cirúrgica. Isto se deve ao fato da curvatura ser estigmatizante, levando usualmente o paciente à retração social que, em casos extremos, pode até atrapalhar o desempenho no trabalho.
Melo explica que, se diagnosticada ainda criança ou adolescente, a escoliose usualmente leva a situações de brincadeiras constrangedoras para o paciente.
— A avaliação psicológica no momento do diagnóstico e o seguimento do paciente por profissional habilitado é importante, pois garantirá não somente um desenvolvimento psíquico adequado, como também a eventualidade da deformidade se tornar insuportável para o paciente do ponto de vista psíquico.
Quando é necessária a cirurgia?
A cirurgia de escoliose é um dos procedimentos mais complexos e pode durar de cinco a 10 horas. Em alguns casos, ela necessita ser realizada em duas etapas, dependendo da gravidade.
A opção pela operação, no entanto começa a ser recomendada quando as curvas são maiores do que 40 a 45 graus e continuam a progredir, ou para pacientes com curvas maiores que 50 graus.
Pessoas que possuem curvaturas inferiores a 25 graus são usualmente acompanhados em consultas trimestrais, monitorados e tratados com fisioterapia e RPG. Já os pacientes com potencial de crescimento e curvaturas entre 25 e 50 graus são tratados com coletes específicos, no intuito de direcionar o crescimento da coluna em um ângulo adequado, minimizando a possibilidade de cirurgia futura.
— No caso de adolescentes, ás vezes é preciso aguardar até que os ossos parem de crescer. Entretanto, pode ser que se necessite de cirurgia antes disso, se a curva na coluna for grave ou estiver se agravando rapidamente — esclarece o médico.
Zero Hora
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