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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Aplicação de anestésico durante cirurgias pode ser personalizada

Estudo pode levar ao primeiro método personalizado para administrar doses adequadas de anestésico durante as operações
Estudo pode levar ao primeiro método personalizado para
administrar doses adequadas de anestésico durante as operações
Medindo as ondas lentas no cérebro foram encontrados padrões de comportamento em momentos únicos para cada indivíduo
 
Pesquisadores da Universidade de Oxford mostraram que medir um tipo de atividade cerebral de paciente sob anestesia oferece a imagem mais nítida já conseguida de graus de consciência perceptiva no cérebro, enquanto eles são anestesiados.

A pesquisa pode levar ao primeiro método personalizado para administrar doses adequadas de anestésico durante as operações e, potencialmente, reduzir os riscos associados ao uso da anestesia geral.

"Apesar das centenas de milhares de anestésicos administrados diariamente aos pacientes, ainda não temos indicadores confiáveis de consciência perceptiva. Hoje nós somente podemos avaliar se um paciente responde fisicamente ao seu ambiente. Este novo método de imagem oferece uma abordagem muito mais sutil", disse a professora Irene Tracey, da Universidade de Oxford

Atualmente, quando um indivíduo é anestesiado para uma cirurgia, as respostas dos seus órgãos são monitoradas em todo o corpo, como frequência cardíaca e respiração. Mas não existe um método direto, preciso com o qual se possa identificar o nível de consciência do seu cérebro.

Embora o risco de efeitos colaterais da anestesia seja baixo e o risco de o paciente acordar durante uma operação ainda menor; pessoas idosas, com problemas cardíacos ou neurológicos estão mais vulneráveis à complicações decorrentes da administração de doses desnecessariamente elevadas de anestésicos.

A equipe de pesquisa administrou um anestésico padrão, o propofol, durante um período prolongado de tempo a 16 pacientes expostos a diferentes tipos de estímulos. Todo procedimento foi acompanhado pela gravação da atividade elétrica do cérebro utilizando eletroencefalografia (EEG).

Por medição da atividade de ondas lentas no cérebro, eles descobriram que havia padrões comuns de comportamento entre o grupo que perdeu a consciência, e que estes comportamentos aconteceram em diferentes momentos, únicos para cada indivíduo.

O estudo mostrou, ainda, que ao ultrapassar a fase em que os pacientes pararam de responder aos padrões de estímulos externos, eles atingiram um estado onde as ondas cerebrais permaneciam no mesmo nível, mesmo com o aumento das doses de anestésico.

A Ressonância Magnética Funcional (fMRI) ajudou a revelar que neste ponto de saturação de atividade das ondas lentas, o cérebro torna-se isolado do mundo externo. As regiões do cérebro que responderiam aos estímulos padrões já teriam sido desativadas.

Este resultado mostra que existe um ponto além do qual o aumento das doses de anestésicos se torna desnecessário. "Com o crescente uso de anestésicos nos grupos de risco como os idosos, conseguir dimensionar uma dose mínima necessária para induzir um nível esperado de sedação é extremamente importante," afirmou o professor Hugh Perry.
 
Isaude.net

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