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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Consumo diário de oleaginosas reduz em 20% risco de morte, diz pesquisa

Prato de longevidade: pesquisadores afirmam que um punhado de
 castanhas por dia reduz risco de morte
Estudo que acompanhou quase 120 mil pessoas por 30 anos desbancou o mito de que castanhas, pistaches, macadâmias e nozes são alimentos que engordam
 
Comer castanhas, pistaches, macadâmia e toda a variedade de oleaginosas faz bem para a saúde e está relacionado com a longevidade. A afirmação é resultado do maior estudo já feito sobre o consumo de oleaginosas e que acompanhou por 30 anos quase 120 mil pessoas nos Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que apenas um punhado por dia de oleaginosa pode reduzir em 20% o risco de morte, ou em 29% os riscos de morte por doenças cardíacas e 11% do risco de morrer de câncer.
 
Além de viverem por mais tempo, os consumidores regulares de oleaginosas que participaram do estudo eram mais magros que os que não tinham o hábitos de consumir o alimento. De acordo com o estudo publicado no New England of Medicine, a descoberta coloca em descrença o mito de que comer muitas castanhas, pistaches ou amendoins acarreta em sobrepeso.
 
Os pesquisadores ainda precisam descobrir como funciona o mecanismo biológico exato que faz com as castanhas sejam tão boas para a saúde. “Ainda é preciso fazer mais pesquisas para entender como este alimento atua no corpo, mas alguns nutrientes como gordura insaturada, proteínas, fibras e vitaminas, fitoquímicos devem conter propriedades anticancerígenas, cardioprotetoras além de efeitos anti-inflamatórios”, disse Ying Bao, um dos autores do estudo e também pesquisador do departamento de medicina do Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos.
 
No estudo, pesquisadores acompanharam por três décadas 76.464 mulheres e 42.498 homens que de quatro em quatro anos responderam questionários onde indicavam com que frequência eles haviam comido oleaginosas no ano anterior. Paralelamente aos questionários, os pesquisadores também apuraram as causas de morte entre os participantes.
 
“Observamos que aqueles que consumiram oleaginosas sete ou mais vezes por semana tinham uma taxa de mortalidade 20% menor do que os participantes que não comeram. Observou-se também que aqueles que consumiram oleaginosas cinco ou mais vezes por semana tiveram um risco de 29% menor de morrer de doença cardíaca e 11% menor risco de morrer de câncer, em comparação com os participantes que não quis comer oleaginosas”, disse.
 
Estudos anteriores haviam mostrado que o consumo tem efeitos benéficos para vários medidores de doenças crônicas, como a taxa de colesterol no sangue, inflamações e resistência à insulina. “No entanto, poucos estudos haviam relacionado o consumo de oleaginosas com a taxa de mortalidade e nem com uma amostragem tão ampla quanto a nossa”, disse.
 
Ying Bao lembra que mesmo com resultados tão impactantes, as oleaginosas não fazem milagres.
 
“Elas estão relacionadas com a redução da taxa de mortalidade, portanto vale a pena comer um punhado de oleaginosas por dia. Mas é importante destacar que alimentação saudável e atividade física também são fatores importantes que não devem ser esquecidos”, afirma.

iG

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