Das 455 pacientes avaliadas, 18,2% apresentavam dificuldade de chegar ao orgasmo e 9,2% sofriam dor intensa durante a relação sexual
Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo no Centro de Referência e Especialização em Sexologia (Cresex) do hospital estadual Pérola Byington, aponta que a falta ou diminuição do desejo sexual afeta 48,5% das mulheres que procuram auxílio médico por conta de disfunções sexuais.
A pesquisa, realizada com 455 pacientes do ambulatório de sexologia, também revelou que a grande maioria dos distúrbios teve como causa aspectos psicológicos e socioculturais.
Além das alterações no desejo sexual, 18,2% das pacientes avaliadas apresentavam dificuldade de chegar ao orgasmo, 9,2% tinham dispareunia (dor intensa durante a relação sexual) e 6,9%, inadequação sexual (níveis diferentes de desejo em relação ao parceiro).
Vaginismo, disfunção sexual generalizada e distúrbios de excitação também estão entre as principais queixas das mulheres atendidas pelo Cresex.
Do total de distúrbios sexuais avaliados, apenas 13% tiveram causas predominantemente orgânicas, como alterações hormonais ou problemas originados por alguma doença.
“O tratamento das disfunções sexuais, em geral, é realizado por meio de terapias comportamentais cognitivas. Já o uso de medicamento só é indicado quando a causa orgânica dos problemas é identificada”, diz Tânia das Graças Mauadie, coordenadora do Cresex.
Entre as mulheres atendidas pelo serviço, 45% têm entre 40 e 55 anos, 36,4% entre 25 e 39 anos e 7,9% estão entre a faixa etária dos 20 aos 24 anos.
Cresex
Fundado no dia 8 de março de 1998, o Cresex é um grupo de atendimento especializado no tratamento de mulheres com problemas sexuais, formado por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, educadores e auxiliares de enfermagem.
Além do Pérola Byington, na rede estadual, o ambulatório de sexologia também está implantado no Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, unidade da Secretaria na zona leste da capital.
O atendimento dos pacientes é feito via encaminhamento realizado pelos centros de referência em saúde da mulher e Unidades Básicas de Saúde municipais e, em média, o serviço oferece cerca de 40 novas consultas por mês.
iG
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