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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Osteoporose: a doença silenciosa dos ossos

Shutterstock
Recomendação é para que mulheres ao entrarem na menopausa e
 homens na andropausa procurem médico para avaliação
No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem da enfermidade, conhecida por atingir principalmente os idosos
 
Rio - "Eu sempre fui saudável, não era de ficar tomando remédio. Não pensava em ir ao médico, pois não tinha doença e nunca havia sido operada. Até que aos 85 anos caí dentro de casa e fraturei a perna", conta a irmã Isolda Hollanda, freira de 95 anos, que descobriu a osteoporose só após a fratura.

No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem da doença. Conhecida por ser silenciosa e atingir principalmente os idosos, ela é mais comum entre as mulheres.
 
É uma doença óssea crônica progressiva que deixa os ossos frágeis, ocasionando a quebra com pouco impacto. É considerada um dos mais importantes problemas de saúde pública, responsável por altos índices de morbidade e mortalidade de pessoas idosas.

Para se ter uma ideia, apenas de fratura do fêmur em idosos foram gastos cerca de R$ 600 milhões em internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2003 e 2012.

Apesar de ser uma doença que atinge quase somente os idosos, a prevenção deve começar ainda na infância.
 
Para manter os ossos saudáveis até a velhice, é preciso ter uma alimentação saudável e rica em cálcio – que além do leite e seus derivados está presente nos peixes, sardinha, salmão, brócolis, espinafre, couve-flor, acelga, entre outros. Além de fazer atividade física, evitar o fumo e álcool, e procurar se expor ao sol – que é fonte de vitamina D.

Segunda fratura
No combate a osteoporose, o Hospital Federal de Ipanema é referência. Ele desenvolve um programa de prevenção de fratura pioneiro no Brasil.
 
O ortopedista e coordenador do Programa de Prevenção a Refraturas (PrevRefrat), Bernardo Stolnick, conta que a segunda fratura decorrente da osteoporose é muito comum para quem não se cuida.
 
"Quem tem osteoporose e teve uma fratura tem muita chance de ter um segundo rompimento, o trabalho que a gente faz busca evitar a refratura", explica Stolnick.

Segunda fratura é um problema que nunca ocorreu à Irmã Isolda Hollanda. Após o susto que teve, ela mudou alguns hábitos.
 
"Comecei a tomar cálcio e nunca mais parei. Também não pego mais ônibus, só saio de casa com carro, além de começar a fazer fisioterapia na água", conta Isolda, que diz ter aberto os olhos após a fratura decorrente da osteoporose.

O Ministério da Saúde recomenda que as mulheres, ao entrarem na menopausa, e os homens, ao entrarem na andropausa, ou ao atingirem idade acima de 60 anos, procurem um médico para avaliação.
 
Caso necessário, poderá ser realizado o exame de densitometria óssea, capaz de detectar o desgaste dos ossos.
 
Folha Web

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