Tratar de maneira preventiva as pessoas infectadas com o vírus HIV é mais vantajoso para os países de menor renda, de acordo com um estudo divulgado na edição desta quinta-feira (31) do jornal New England Journal of Medicine.
Uma terapia antirretroviral permite reduzir o risco de transmissão e preservar a saúde dos soropositivos, destaca a análise de um teste clínico realizado na África do Sul e na Índia. Nesses países, as taxas de infecção com HIV estão entre as mais elevadas do mundo.
Um dos autores do trabalho, Rochelle Walensky, do Hospital Geral de Massachusetts, disse que esse estudo demonstra que um tratamento antirretroviral iniciado muito cedo apresenta não apenas benefícios clínicos em longo prazo para as pessoas tratadas, como também econômicos, ao reduzir os custos globais da saúde.
Na África do Sul, um programa desse tipo permitirá economizar dinheiro, diante da redução do número de infecções, especialmente tuberculose, contraídas pelas pessoas soropositivas. Esse grupo fica com o sistema imunológico menos resistente de um modo geral.
A terapia antirretroviral preventiva permitirá "salvar milhões de vidas ao longo da próxima década", garantem os pesquisadores.
Em 2011, a publicação dos resultados de vários testes clínicos realizados em nove países mostrou que uma terapia desse tipo — iniciada antes que o sistema imunológico do paciente se enfraqueça - reduzia fortemente o risco de transmissão do HIV, assim como a ocorrência de infecções e de outros problemas de saúde nos soropositivos.
AFP/R7
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