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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Parceria: Brasil e Alemanha avançam nas pesquisas em tecnologia médica

Sírio-Libanês e outros centros brasileiros de câncer testam um software alemão para controle do tumor e nanomateriais estão sendo desenvolvidos em conjunto
 
Brasil e Alemanha fortalecem suas relações com o “Ano da Alemanha no Brasil 2013 – 2014″. A cooperação internacional engloba parcerias em tecnologias médicas e pesquisas clínicas, incluindo o desafio de combater o câncer. Além do Brasil, o governo alemão promove redes de pesquisa em outros seis mercados alvo.
 
Sob o lema “Alemanha – País de Ideias”, a campanha – liderada pelo Ministério Federal da Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF) – focará a atratividade de sua estrutura propícia às pesquisas, além de apresentar organizações de pesquisa alemães, incluindo universidades, institutos e empresas privadas que são ativas no campo.
 
No Brasil
Uma das ações em conjunto de combate ao câncer é o trabalho realizado pela rede de pesquisas Quantitative Imaging in Oncology (QUINO), do Centro Alemão de Pesquisas do Câncer (DKFZ) em Heidelberg, e pelo Centro Paulista de Oncologia e o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. Os centros brasileiros do câncer estão testando um software único para controle do acompanhamento do tumor, desenvolvido pela Mint Medical.
 
Com a ajuda de procedimentos de imagem, é possível diagnosticar doenças tumorais e controlar o andamento do tratamento. Em um único exame de tomografia por ressonância computadorizada ou magnética é possível fornecer até 2 mil imagens isoladas. Estes dados devem ser avaliados com base em parâmetros rastreáveis, a fim de obter um quadro afetivo da doença. De acordo com informações divulgadas ao mercado, o software desenvolvido pela QUINO prepara os dados médicos de forma compacta, permitindo que o médico reconheça até que ponto um paciente está respondendo a um tratamento específico. “Desta forma, o paciente ganha um tempo valioso na luta contra o câncer“.
 
“Através da sua especialização como centros de oncologia, que ainda não existem na Alemanha nesse formato, os nossos parceiros brasileiros oferecem as condições ideais”, explica Matthias Baumhauer, participante da rede QUINO e diretor executivo da Mint Medical GmbH em Heidelberg. Desta forma, uma única clínica oncológica pode fornecer muitos dados padronizados que simplificam a avaliação da eficácia de um tratamento.
 
Nanotecnologia
Atualmente, Cristian Strassert, químico alemão do grupo científico BioNanoMedTech, em Münster, e o professor Rodrigo Q. de Albuquerque, do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo, trabalham juntos num projeto de pesquisa contra bactérias danosas com auxílio de nanoestruturas que podem ser ativadas por meio de luz.
 
Os especialistas estudam um meio de tornar visíveis as bactérias danosas, nas quais as nanoestruturas aderem de forma direcionada, por meio de um corante fluorescente. Em contato com a luz, as nanoestruturas criam um oxigênio singleto, que destrói as bactérias. Strassert e Albuquerque pesquisam alternativas de utilização dessa descoberta e pretendem desenvolver esses nanomateriais no Brasil para que possam ser ativados também com luz solar.
 
Essa descoberta pode ser aplicada, por exemplo, na descontaminação águas potáveis comercializadas em garrafas de vidro. Os vasilhames poderiam ser revestidos internamente por nanopartículas funcionalizadas. Dessa maneira, seria possível atingir níveis mais rígidos de descontaminação. “Como em muitas regiões do Brasil a água apresenta carga bacteriana, isso seria uma grande ajuda para as pessoas”, afirma Albuquerque.
 
O computador como treinador e supervisor
Para apoiar a formação dos futuros cientistas profissionais e definir os potenciais de cooperação entre universidades brasileiras e alemãs, Tobias Zobel, do Instituto Central de Tecnologia Médica da Friedrich-Alexander-Universität em Erlangen (FAU), organiza workshops em universidades brasileiras. Como parte do ano da Alemanha no Brasil, são realizados uma série de workshops especiais sobre a “A análise de sinais biomédicos – compreensão da linguagem do nosso corpo”,
 
Minisensores sem fio nas roupas, sapatos ou equipamento reconhecem movimentos ou biosinais por meio da atividade coronária ou muscular. Esses sinais são enviados para um aparelho receptor para serem analisados. O objetivo dos pesquisadores de Erlangen é, no entanto, desenvolver uma plataforma de informática introduzida em sapatos ou roupas para análises complexas no esporte, que também pode ser usada para fins médicos. Os sensores sensíveis ao movimento poderiam, por exemplo, reconhecer quedas de pacientes e até mesmo solicitar o socorro automaticamente.
 
A tecnologia médica é um setor em expansão baseado numa elevada intensidade de conhecimento e possui extraordinária força inovadora. A campanha da Alemanha tem o objetivo de iniciar mais colaborações P&D mutuamente benéficas entre instituições e empresas alemãs e estrangeiras. O lançamento internacional da campanha ocorreu na Hospitalar 2012 em São Paulo.

SaudeWeb

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