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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Só uma em cada três pessoas lê a tabela nutricional dos restaurantes

supermercado - Foto Getty ImagesAqueles que analisam informações fazem escolhas mais saudáveis, diz estudo
 
Muitas redes de fast food e restaurantes estão divulgando as calorias de outras informações nutricionais de seus alimentos - entretanto, um estudo sugere que apenas uma em cada três pessoas se interessa por ler essa informação. O trabalho foi desenvolvido pelo National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion, do Centers for Disease Control and Prevention, localizado na Georgia (EUA).

A equipe analisou 4.363 pessoas, que responderam questionários sobre seus hábitos em restaurantes, incluindo a leitura das informações nutricionais. Para aqueles que liam as tabelas, foi perguntado se eles levavam aquela informação em conta.

Mais da metade dos entrevistados disseram ter feito refeições em fast food ou restaurantes menos de uma vez por semana, enquanto 10% relataram ir três ou mais vezes por semana e outros 10% disseram que nunca frequentavam restaurantes, mostram os resultados publicados dia 20 de novembro no Journal of Public Health.

A boa notícia é que aqueles consumidores que se preocupam com as informações nutricionais acabam por fazer escolhas mais saudáveis e inteligentes. Das 36% pessoas que viram a informação de calorias em restaurantes pararam para analisá-la. Destes, 95% relataram usar as informações pelo menos às vezes. Os entrevistados que foram para a cadeia de fast food e restaurantes três ou mais vezes por semana eram menos propensos a ler contagens de calorias do que aqueles que foram menos frequentemente. As mulheres eram mais propensas a ler as tabelas do que os homens.

Os autores afirmam que é importante observar as informações calóricas dos alimentos dos restaurantes antes de escolher, para fazer escolhas mais saudáveis. Segundo eles, pessoas que comem nos restaurantes com mais frequência tendem a ignorar essas tabelas, ingerindo alimentos mais calóricos - e essas deveriam ser as mais beneficiadas.

Traduza os rótulos e escolha bem os alimentos
Colesterol, gordura trans, carboidratos, proteínas... já foi o tempo em que ir ao supermercado era uma coisinha simples, acomodada entre uma atividade e outra. Escolher bem os alimentos que bom! é uma preocupação cada vez mais comum. Mas a tarefa leva tempo e requer preparo. Ei, mas nada de torcer o nariz.
 
A nutricionista do Minha Vida, Roberta Stella, encarou a missão de traduzir o que está por trás da maioria dos rótulos existentes por aí, incluindo aqueles mais complicados e cheios de palavras difíceis. A seguir, ela destrinça tudo (tu-di-nho mesmo) sobre os principais conceitos que precisam estar na ponta da língua de qualquer pessoa interessada em manter a alimentação saudável e o peso em dia.
 
supermercado - Foto Getty ImagesCalorias
Nos alimentos, a unidade correta a ser usada é quilocalorias (kcal. No dia a dia, o nome foi substituído simplesmente por calorias. Os nutrientes que fornecem energia para o corpo são três, denominados macronutrientes: carboidratos (4 kcal/g), proteínas (4 kcal/g) e as gorduras (9 kcal/g). 
                   
carboidratos - Foto Getty ImagesCarboidratos
Eles são a primeira fonte de energia para o organismo e não devem jamais ser cortados da alimentação. São de três tipos: monossacarídeos (frutose, glicose e galactose), dissacarídeos (sacarose, maltose e lactose) e polissacarídeos (amido, dextrina, celulose e glicogênio).

Não existe alimentação saudável sem frutas, legumes, verduras e grãos integrais, todos exemplos de carboidratos. Mas, cuidado: evite os açúcares simples ou refinados, porque eles fornecem muita energia sem uma variedade de nutrientes importante para o bom funcionamento do organismo. De toda a quantidade de calorias ingeridas no dia, de 50 a 60% devem vir dos carboidratos.
 
Proteínas - Foto Getty ImagesProteínas
São os nutrientes envolvidos com a formação de células, enzimas e hormônios, daí sua denominação de construtores. São fontes de substâncias que nosso organismo não produz, conhecidas por aminoácidos essenciais.

Por isso, alimentos ricos em proteínas devem fazer parte do cardápio diário , explica a especialista do Dieta e Saúde. Os alimentos fontes de proteínas são os de origem animal (carnes, leites) e alguns de origem vegetal (leguminosas, como soja e feijão). De toda a quantidade de calorias ingeridas no dia, de 15 a 20% devem vir das proteínas.
 
supermercado - Foto Getty ImagesGordura Trans
Desde 31 de julho de 2006, as empresas são obrigadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a indicar, no rótulo dos alimentos, a quantidade de gordura trans. Trata-se de um tipo de nutriente originado na gordura vegetal (que, naturalmente, é insaturada e não prejudica a saúde). Para a gordura vegetal dar sabor, forma e textura aos alimentos industrializados, ela passa por um processo denominado hidrogenação (daí o termo gordura hidrogenada).

Nesse momento, a gordura que era líquida e insaturada passa a ser sólida e saturada, trazendo riscos quando consumida em grandes quantidades. Bolos e tortas industrializadas, biscoitos salgados, biscoitos recheados, pratos congelados, sorvetes cremosos e margarinas incluem essa gordura em suas receitas.

Ainda não existe uma recomendação de quantidade de gordura trans para a dieta, mas sugerimos o consumo de, no máximo, 2 gramas por dia , afirma Roberta.
 
cebola frita - Foto Getty ImagesGordura saturada
Sólida em temperatura ambiente e, assim como a gordura trans, está relacionada com o aumento do colesterol ruim. Consequentemente, o excesso dela é fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Os alimentos de origem animal são a principal fonte de gorduras saturadas. Mas os óleos de coco e de dendê (origem vegetal) também fornecem esse tipo de gordura.
 
colesterol - Foto Getty ImagesColesterol
O colesterol é um tipo de gordura, importante para o organismo, pois está envolvido na produção de hormônios sexuais e das glândulas suprarrenais, na formação da membrana celular e da bile, usada na digestão das gorduras.

O corpo obtém o colesterol de duas maneiras: o próprio organismo produz, no fígado, e a partir das refeições. Mas somente os alimentos de origem animal contêm colesterol, explica Roberta Stella. Todos os tipos de carnes, leite e derivados, por exemplo. Bacon, vísceras, embutidos e gema de ovo são campeões em quantidade de mau colesterol, cuja ingestão diária não deve ultrapassar 300mg.
 
cereal com framboesas - Foto Getty ImagesFibras
É um termo genérico para várias substâncias que não são absorvidas pelo organismo durante a digestão dos alimentos. Há dois tipos de fibras: as solúveis e as insolúveis.

As fibras solúveis, durante o processo de digestão, absorvem água e formam um gel, ajudando na redução dos níveis de colesterol ruim no sangue. Já as fibras insolúveis estão relacionadas com a melhora do funcionamento intestinal e com a prevenção de câncer do cólon e reto.

Os alimentos ricos em fibras são as frutas, os grãos integrais, as leguminosas, os legumes e verduras. A quantidade de fibra recomendada por dia é de 30 gramas.
 
mulher escrevendo - Foto Getty ImagesAnote as dicas
O ganho de peso acontece devido ao consumo excessivo de calorias não gastas durante o dia. Assim, as calorias excedentes serão depositadas no corpo na forma de gordura.

Entretanto, a recomendação é que todos os nutrientes sejam distribuídos entre todas as refeições do dia. Se você não conhece a composição dos alimentos, é fácil: varie. Inclua no seu cardápio alimentos de origem animal (carnes e leites), vegetais (cereais, frutas, legumes e verduras) e faça pequenos lanches entre essas refeições.

Assim, você terá uma variedade de alimentos e evitará o acúmulo de um determinado nutriente. 
 
Minha Vida

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