O congelamento pode preservar mais vitaminas, mas o processo exige cuidados Tente imaginar a vida sem geladeira. Retrato do caos, certo? Não poder armazenar alimentos e refeições prontas atrasaria muito o cotidiano já tão atribulado. E mais: geladeira é tão essencial quanto amiga da sua saúde, de acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa em Alimentação do Reino Unido (IFR Extra), que descobriu que congelar alguns alimentos ajuda a preservar seus nutrientes.
Os pesquisadores analisaram o valor nutricional de vegetais como couve-flor, ervilha e cenoura 16 dias após a colheita, tempo médio que eles levam para chegar até sua mesa e constataram que à temperatura ambiente as perdas de nutrientes chegam de 10 a 25%. As maiores perdas se deram nas vitaminas.
O feijão verde é outro alimento que se beneficia do congelamento. Um trabalho conduzido pela nutricionista Barbara Klein, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, prova que ele retém o dobro de vitamina C quando refrigerado.
Existem alguns alimentos que não podem ser congelados, porque perdem todas suas características de sabor e textura, como maionese, saladas, gelatinas, cural e pudins, batatas e ovos cozidos. "O tempo de conservação de cada alimento varia, as três meses é a recomendação geral", de acordo com o instrutor de gastronomia do SENAC Paraná, Marcos Pimentel.
Para os pratos prontos, é importante congelar aos poucos, ou na geladeira ou em uma vasilha em outro recipiente com água gelada e pedras de gelo. "Divida o prato ainda quente em vasilhas com tampa e na quantidade exata que será descongelada. Diferentes pratos devem ser congelados separadamente", diz a nutricionista Tânia Rodrigues.
Os alimentos que serão congelados prontos devem ser apenas levemente temperados e cozidos pelo tempo mínimo necessário, pois o congelamento tende a acentuar os temperos e amaciar os alimentos.
As embalagens devem ser sempre à prova d'água e com o mínimo de ar possível, de preferência a vácuo. Uma vez descongelado, o alimento não pode voltar ao freezer, exceto no caso de um produto cru que venha a ser transformado em receita.
A embalagem ideal é aquela que não permite que o alimento entre em contato com o ar do freezer, não se rasga facilmente, resiste à gordura, adere ao alimento antes do congelamento e solta-se com facilidade do produto congelado. Esse processo é importante porque preservará as características, textura e nutrientes dos alimentos , explica Tânia. Para descongelar, basta usar o microondas em potência mínima ou deixar o alimento na geladeira por cinco horas e, em seguida, aquecer em forno convencional.
Congelados |
Para congelar frutas, com exceção da banana e da pera d'água, que não podem ser congeladas, todas as frutas podem ser colocadas no freezer inteiras ou cortadas, devendo-se descascar e retirar os caroços imediatamente antes do congelamento.
Carnes de todos os tipos podem ser congeladas. É ideal que ela esteja fresca. A carne que já tenha sido congelada crua, só pode ser recongelada sob forma de prato pronto. Não se deve lavar, nem temperar a carne a ser congelada, apenas tire os ossos e seu excesso de gordura. A embalagem ideal é o saco plástico ou de papel aderente, pois as folhas de alumínio são difíceis de soltar da carne e podem ressecá-la. A carne deve ser embalada sem ser dobrada, e em porções individuais.
Na hora de descongelar
Para descongelar, cada tipo de alimento tem suas especificidades. Tortas, bolos, doces e frutas, devem ser mantidos fora da geladeira, à temperatura ambiente e devem descongelar ainda embalados.
Carnes cruas e queijos devem ser sempre mantidos em refrigerador até o descongelamento, para depois serem utilizados.
Os alimentos prontos são os únicos que podem ser aquecidos instantaneamente. "Para descongelar os alimentos prontos, não é necessário passá-los antes pela geladeira, como no caso de legumes e carnes, mas o microondas ou fogão pode acentuar a perda de vitaminas", diz Marcos.
Minha Vida
Nenhum comentário:
Postar um comentário