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Dietas restritivas privam organismo de nutrientes fundamentais
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Quem nunca ouviu falar de alguém que passou mal após fazer uma dieta radical? Pois é, vez ou outra surge uma notícia dessa natureza. Nesta semana, foi a vez de Karina Gonçalves, jovem de 20 anos moradora do estado do Espírito Santo, ganhar o noticiário.
Após passar oito meses substituindo as refeições por um 'shake' e um chá, ela perdeu mais do que os 10 quilos que queria: ficou 13 quilos mais magras. Mas, com o peso foi-se também o movimento das pernas. Karina não consegue mais andar sozinha.
A explicação é simples: a moça entrou num estado de desnutrição profunda que afetou seus movimentos. Um copo de shake, por mais que as propagandas prometam, não tem a quantidade de vitaminas que o corpo precisa.
Quanto mais restritiva a dieta for, mais rápido será o resultado na balança, mas também mais trágicas serão as consequências para o organismo, que fica privado de nutrientes fundamentais. O resultado é o aparecimento de doenças como osteoporose, fragilidade imunológica, anemia e problemas cardíacos.
A questão se agrava porque algumas doenças não aparecem rapidamente. Muitas vezes, o corpo demora anos para cobrar a conta. O que pode ser ainda pior e irreversível.
Por isso, a ordem é fugir das dietas da moda e das celebridades. O melhor caminho é seguir aquele conselho sem graça e sem milagre que os bons nutricionistas insistem em repetir: dieta boa é aquela em que a pessoa não passa fome e consome de todas as famílias de alimentos - das proteínas aos carboidratos. Tudo com moderação e sem passar perto de frituras ou receitas açucaradas, claro.
Principais deficiências
A falta de nutrientes é chamada pelos médicos de fome oculta. Significa que a pessoa não sente fome, pois está saciada pela ingestão de alimentos pobres em nutrientes, mas o organismo sente “fome”, devido à falta de substâncias importantes.
Sem ferro na alimentação (presente nas carnes e em alguns vegetais), a pessoa pode ter anemia; sem cálcio (encontrado no leite e em seus derivados), há a chance de desenvolver osteoporose; e, sem selênio (rico em grãos e frutos do mar), o sistema imunológico se enfraquece e a pessoa se torna mais vulnerável a doenças oportunistas, além de dores musculares.
iG
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