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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Drama de jovem que perdeu movimento das pernas expõe riscos de dieta restritiva

Getty Images
Dietas restritivas privam organismo de nutrientes fundamentais
Após 8 meses tomando apenas shake, Karina teve quadro de desnutrição profunda que afetou o movimento de suas pernas
 
Quem nunca ouviu falar de alguém que passou mal após fazer uma dieta radical? Pois é, vez ou outra surge uma notícia dessa natureza. Nesta semana, foi a vez de Karina Gonçalves, jovem de 20 anos moradora do estado do Espírito Santo, ganhar o noticiário.
 
Após passar oito meses substituindo as refeições por um 'shake' e um chá, ela perdeu mais do que os 10 quilos que queria: ficou 13 quilos mais magras. Mas, com o peso foi-se também o movimento das pernas. Karina não consegue mais andar sozinha.
 
A explicação é simples: a moça entrou num estado de desnutrição profunda que afetou seus movimentos. Um copo de shake, por mais que as propagandas prometam, não tem a quantidade de vitaminas que o corpo precisa. 
 
Quanto mais restritiva a dieta for, mais rápido será o resultado na balança, mas também mais trágicas serão as consequências para o organismo, que fica privado de nutrientes fundamentais. O resultado é o aparecimento de doenças como osteoporose, fragilidade imunológica, anemia e problemas cardíacos.
 
A questão se agrava porque algumas doenças não aparecem rapidamente. Muitas vezes, o corpo demora anos para cobrar a conta. O que pode ser ainda pior e irreversível.
 
Por isso, a ordem é fugir das dietas da moda e das celebridades. O melhor caminho é seguir aquele conselho sem graça e sem milagre que os bons nutricionistas insistem em repetir: dieta boa é aquela em que a pessoa não passa fome e consome de todas as famílias de alimentos - das proteínas aos carboidratos. Tudo com moderação e sem passar perto de frituras ou receitas açucaradas, claro. 
 
Principais deficiências
A falta de nutrientes é chamada pelos médicos de fome oculta. Significa que a pessoa não sente fome, pois está saciada pela ingestão de alimentos pobres em nutrientes, mas o organismo sente “fome”, devido à falta de substâncias importantes.
 
Sem ferro na alimentação (presente nas carnes e em alguns vegetais), a pessoa pode ter anemia; sem cálcio (encontrado no leite e em seus derivados), há a chance de desenvolver osteoporose; e, sem selênio (rico em grãos e frutos do mar), o sistema imunológico se enfraquece e a pessoa se torna mais vulnerável a doenças oportunistas, além de dores musculares. 
 
iG

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