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A poucos anos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016, pesquisadores de instituições do Brasil, Austrália e do Reino Unido se reuniram para analisar os possíveis legados do evento à saúde pública.
Parte dessas reflexões são apresentadas no artigo Legado olímpico para o Brasil: questão de saúde pública?, publicado na seção Perspectivas da Revista Cadernos de Saúde Pública. De acordo com os pesquisadores, o legado olímpico se refere às formas de compensação para o país-sede, em áreas como sustentabilidade, infraestrutura, emprego, turismo, acessibilidade e promoção da saúde, diante dos investimentos bilionários na organização desses megaeventos.
O artigo destaca a ausência de estudos sobre os impactos das Olimpíadas para o contexto da saúde pública e sugere que, entre os legados possíveis, está o aumento dos níveis de atividade física e desportiva entre a população, a partir de ações como incentivo a esporte em escolas, ampliação da infraestrutura para prática esportiva e apoio financeiro a jovens atletas.
Além disso, os autores apontam a realização de uma série de eventos associados aos Jogos Olímpicos pelo país como outra estratégia para influenciar positivamente a prática de atividade física, podendo associá-la ao combate de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) pelos serviços de atenção primária à saúde.
O artigo foi elaborado por Marcelo Marcos Piva Demarzo (Universidade Federal de São Paulo), Kamal R. Mahtani (Brisbane Initiative, Reino Unido), Sarah P. Slight (Universidade de Oxford, Reino Unido), Christopher Barton (Universidade Flinders, Austrália), Thomas Blakeman (Universidade de Manchester, Reino Unido) e Joanne Protheroe (Universidade Keele, Reino Unido).
Para eles, “é fundamental que o Brasil monitorize e avalie o impacto dos Jogos do Rio de Janeiro-2016, gerando evidência científica que dê suporte aos formuladores de políticas locais e nacionais, como também aos organizadores das futuras Olimpíadas”.
SaudeWeb
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