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sexta-feira, 7 de março de 2014

HPV pode ser transmitido pelo contato com a pele, alerta médica

Thinkstock
HPV pode ser transmitido durante as preliminares, avisa médica
Especialista reforça que vacina é a melhor forma de prevenir as doenças causadas pelo vírus 
 
O HPV (papiloma vírus humano) é um vírus muito prevalente na população feminina e sua principal forma de contágio é via sexual. No entanto, a ginecologista Neila Speck, professora afiliada do Departamento de Ginecologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), alerta que não é preciso penetração para contrair o vírus.
 
— O HPV também pode ser transmitido pelo contato direto com a pele durante as preliminares, por exemplo. O sexo oral ou anal desprotegidos são outras formas de "pegar HPV". Embora a camisinha não seja 100% protetora neste caso, ela é fundamental na prevenção de outras doenças sexualmente transmissíveis, como hepatite, Aids, sífilis.
 
Segundo a médica, cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas foram ou serão infectadas por um ou mais tipos de HPV ao longo da vida, mas apenas 10% delas desenvolve algum tipo de lesão, que pode ser verrugas ou câncer.
 
— Entre as infecções causadas pelos mais de 150 tipos de HPV, a mais grave é o câncer de colo de útero. Por isso, se existe uma vacina que previne a doença, por que não tomar?
 
Embora a vacina não “blinde” o organismo de todos os tipos de HPV, Neila enfatiza que ela previne os mais graves (típo 16 e 18), responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Além disso, a imunização também afasta o risco de câncer na vagina, vulva, ânus, boca e faringe.
 
— No caso de meninos, previne o câncer de pênis. Embora o governo não ofereça a vacina gratuitamente para este público, é possível recorrer a clínicas privadas.
 
Entre os efeitos colaterais, a pediatra Isabella Ballalai, presidente da SBim-RJ (Sociedade Brasileira de Imunização do Rio de Janeiro), cita dor ou inchaço no local de aplicação e vermelhidão.
 
— Esta história de que a vacina não é segura, causaria doenças autoimunes e interrompe a ovulação não têm comprovação científica. Não tenho a menor dúvida de que a vacina é segura e eficaz.
 
A ginecologista da Unifesp concorda e acrescenta que “os benefícios são 300 milhões de vezes superiores aos riscos que ela representa”.
 
Prevenção
Mesmo vacinadas, as meninas devem exigir dos parceiros o uso da camisinha nas relações sexuais, reforçam as médicas. Além disso, Neila lembra a importância de realizar o exame ginecológico pelo menos a cada três anos.
 
— A infecção por HPV não causa sintoma, por isso, a mulher deve realizar o papanicolau a partir dos 25 anos, conforme o Ministério da Saúde. No caso de verrugas ou lesões na região genital é importante procurar o médico para avaliar a causa.
 
Segundo a médica, a evolução do câncer de colo de útero causado pelo HPV é bem lenta, mas o diagnóstico precoce é o que determina as chances de cura.

R7

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